sábado, 30 de maio de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE III

Esse é o terceiro Post da série que desvenda as funções do Painel de instrumentos. Hoje falaremos da luz de emergência do sistema de freios ABS.

Como identificar a luz espia
A luz espia do ABS, assim como a da injeção eletrônica é uma lâmpada de anomalia. Isto quer dizer que na ocorrência de algum defeito no sistema o led acenderá no painel informando o condutor sobre o problema. Normalmente, essa lâmpada é um círculo vermelho ou laranja, ladeado por duas barras laterais, constando a sigla ABS no centro.

Como Funciona
O Sistema de freios ABS é composto por sensores que medem a velocidade das rodas, informando a central através de pulsos elétricos. Baseado na informação desses sensores a central aciona eletroválvulas que controlam o fluxo de fluido de freio nas rodas, evitando seu travamento. Continuamente a Central eletrônica monitora o funcionamento dos sensores e válvulas, a procura de sinais incoerentes ou mesmo ausência deles, que venha a caracterizar um defeito. Qualquer anomalia identificada resulta no acendimento da luz espia no painel.

O que fazer
Em caso de falha no sistema a estratégia da central eletrônica é inibir o seu funcionamento. Assim, o motorista passa a contar com o sistema convencional de freios, só que sem a assistência eletrônica. Mas não se iluda com isso, pois nem o Jason Button consegue frear melhor que um carro com ABS. Portanto, o recomendado é levar a uma oficina ou concessionária para realizar os reparos, que, normalmente, é identificado como uma falha em alguns dos sensores de roda ou mal contato nos conectores.

Até o próximo Post

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 23 de maio de 2009

PORQUE A CARROCERIA DE UM CARRO DEFORMA TANTO EM UMA COLISÃO?


Muita gente se espanta ao ver o estrago causado por uma simples colisão entre dois veículos. Os próprios ocupantes, muitas vezes ilesos, olham perplexos para as chapas de metal retorcidas como finas folhas de papel alumínio.

“Bons eram os carros de antigamente que eram feitos para aguentar um impacto sem se desmanchar”- comentam. Bem, se você viveu a uma colisão naquela época, e está aqui para contar, com certeza não terá nenhuma saudade daqueles tempos.

Digo isso porque, a mais de trinta anos atrás, o conceito era de que a carroceria de um veículo deveria oferecer proteção aos seus ocupantes, resistindo bravamente a uma colisão. Para tanto eram utilizadas chapas de aço, grossas como um muro de arrimo, ostentando para-choques dignos do nome. E essa pesada armadura oferecia realmente uma eficiente proteção. Só que para os componentes mecânicos, que permaneciam muitas vezes intactos. Mas o mesmo não se podia dizer dos passageiros.

Esqueça um pouco dos modernos dispositivos de segurança atuais, e concentre-se na capacidade que a carroceria de um veículo tem de proteger seus ocupantes. Essa sim, pode salvar sua vida. Daí advém o termo “célula de sobrevivência “.

A lógica por trás desse conceito define que a carroceria tem a função de absorver a energia do impacto, distribuindo ao logo de toda a estrutura, preservando apenas o habitáculo. Ou seja, quanto mais a carroceria se deforma, mais energia é absorvida pela estrutura metálica, fazendo com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar.

Para facilitar o entendimento vamos considerar que quando um veículo colide a apenas 40km/h, os passageiros em seu interior também estão a 40Km/h !!! E, em uma fração de segundos, essa velocidade é reduzida a zero, fazendo que seus corpos seja submetidos a esforços equivalentes a várias vezes seu próprio peso devido aos efeitos da desaceleração.

Os carros atuais são feitos, sim, para desmancharem em uma colisão, só que utilizam finas chapas de aço que deformam de maneira programada, em pontos específicos da carroceria. E, é essa elevada capacidade de absorver a energia do impacto que faz com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar, reduzindo a fatalidade dos acidentes.

Apenas par que você tenha uma noção da quantidade de energia envolvida em uma colisão, é só reparar no estado do pára-lamas do seu carro após uma batida, simplesmente dobrado como uma lata de refrigerante amassada. Pois é, toda essa energia que deformou esse paralamas poderia ter sido direcionada para seu corpo. Pense nisso.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 16 de maio de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE II

Dando continuidade a série sobre o Painel de instrumentos, falaremos hoje da mais importante de todas as luzes espia – a do sistema de injeção eletrônica.

Como identificar a luz espia ...

A Luz espia do sistema de injeção eletrônica, conhecida como luz de anomalia, é caracterizada pela cor laranja ou vermelha, e normalmente apresenta a forma de um motor, raio ou um triangulo, estando localizada numa região de destaque no painel.

Como Funciona...

Sempre que giramos a chave na ignição, sem ligar o motor, percebemos um pequeno zumbido, que dura breves segundos. Esse ruído é o funcionamento da bomba de combustível no interior do tanque, pressurizando o combustível. Enquanto a bomba funciona, a Central de injeção eletrônica realiza o Check, procedimento onde é verificada a continuidade elétrica de todos os sensores e atuadores do sistema.

Caso haja algum defeito, a luz espia permanece acesa no painel, e o inconveniente é registrado em uma memória permanente dentro da central, chamada de Memory Fault ou memória de Falhas. Isso irá permitir que um técnico, utilizando um scanner, tenha acesso aos principais defeitos apresentados pelo veículo, facilitando o diagnóstico.
E nem tente desligar a bateria, pois isso não apaga o erro registrado na memória da Central !!!

O que fazer...

Durante a condução, caso a luz espia acenda é preciso ter cautela, pois é indício de falha no sistema de injeção. Normalmente, o acendimento da luz espia é acompanhado por uma falha de funcionamento. Caso isso ocorra, o mais indicado é procurar um local seguro e desligar o carro. Após alguns instantes, funcione o motor e veja se o problema persiste. Em muitos casos o problema é intermitente, aparecendo em outra ocasião. Sendo um defeito permanente ou não, para nossa sorte, o sistema de injeção possui estratégias para manter o motor em funcionamento, mesmo com falhas, de modo que você possa procurar uma oficina.

O que pode ocorrer se nada for feito...

A menos que você tenha dinheiro sobrando para gastar com manutenção, o recomendado é levar o carro a uma concessionária ou oficina, afim de evitar que os danos se estendam ao motor ou outros componentes do sistema. E lembre-se, a luz espia apenas irá apagar se o defeito for solucionado e a peça danificada substituida.
Até o Próximo Post

Alexandre

sábado, 9 de maio de 2009

É NORMAL O CARRO FLEX FALHAR AO TROCAR O COMBUSTÍVEL?


A tecnologia dos motores Flex é relativamente recente. O primeiro veículo movido à gasolina e álcool foi lançado em outubro de 2003. Passado quase seis anos, muitas dúvidas assolam os usuários e em poucos sites podemos encontrar informações realmente esclarecedoras.

Alguns leitores do Blog comentam que ao trocar de combustível o carro falha. Eu mesmo já passei por isso. Como já postei aqui, priorizo o uso do álcool ( clique aqui para saber mais ), porém, de vez em quando, mudo para gasolina para ver como o sistema reage. Aí percebo que após utilizar três tanques consecutivos de gasolina para em seguida encher o tanque com álcool, o carro falha por alguns instantes.

Mas porque isso ocorre? Podemos considerar isso normal? Bem, posso afirmar que não é bem um defeito, mas sim, uma característica dos carros Flex. Isso se deve a estratégia de aprendizado, que é o momento em que a central de injeção identifica a mistura presente no tanque e ajusta a injeção de combustível.

É preciso entender que ao mudar de combustível, por exemplo, de gasolina para álcool, o motor funciona nos primeiros instantes com o ajuste do combustível antigo enquanto a central não aprende o novo combustível. Isso ocorre porque, mesmo com combustível novo presente no tanque, uma pequena quantidade do combustível antigo ainda está presente na linha de alimentação.

E, até que o novo combustível seja queimado pelo motor e seus gases cheguem à sonda de oxigênio no escapamento para que seja enviado um sinal elétrico à central, já se passaram alguns segundos – tempo suficiente para fazer o carro falhar.

Alguns fatores contribuem ainda mais para essa falha como qualidade do combustível e baixa temperatura do ambiente. Mas, caso isso ocorra, não há motivo para pânico, basta aguardar alguns segundo para que o sistema reconheça o combustível e seguir acelerando o carro gradativamente.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:
Como funciona o carro Flex – Parte IV
Como funciona o carro Flex – Parte III
Misturar álcool e gasolina prejudica o carro Flex?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

TUDO SOBRE PAINEL DE INSTRUMENTOS - PARTE I


A partir de hoje, você poderá acompanhar uma nova série de Posts exclusivos sobre as funções do Painel de instrumentos. Isso mesmo!! Será a primeira vez que um Blog irá esmiuçar cada detalhe, cada funcionalidade por trás de um painel. E, para mostra que estamos falando sério, vamos iniciar nossa “viagem” falando da mais básica e simples das funções – a luz espia.

Mas não vamos apenas falar sobre aquelas pequeninas luzes coloridas que acendem e apagam no painel. Vamos sim explicar a função de cada uma delas, assim como indicar qual ação tomar para cada caso.

Conhecida também como luz de serviço, luz de emergência ou luz de sinalização e alerta, esses pequenos leds, que no início eram minúsculas lâmpadas, são responsáveis por informar ao condutor do veículo quando algo está errado, ou simplesmente indicar uma ação específica.

Sempre que giramos a chave na ignição percebemos que todas as luzes acendem, e após o funcionamento do motor, elas luzes apagam. Esse momento é chamado de checking, ou seja, é uma verificação dos sistemas do veículo. Cada sistema possui uma luz específica, e nos primeiros segundos de funcionamento do motor é feita uma verificação funcional e elétrica. Se tudo está em perfeito funcionamento, a luz apaga. Do contrário, permanece acesa para informar que há uma anomalia ao Condutor.

As funções vitais adotam cores mais chamativas a fim de chamar a atenção. Por exemplo, os leds de cor azul ou verde indicam ações cotidianas como farol alto ligado, enquanto que os de coloração vermelha ou laranja indicam falha no sistema de injeção eletrônica ou problemas no ABS.

E, associado a uma cor está um logotipo. Mas, nem sempre o logotipo utilizado é comum a vários fabricantes, o que normalmente dificulta um pouco a familiarização das funções por parte do condutor. É certo que deveríamos ter uma padronização, como existe na engenharia aeronáutica, afim de facilitar a leitura dos instrumentos. Eu pessoalmente já acompanhei diversos casos onde dados ao motor poderiam ter sido evitados caso o motorista identificasse rapidamente a luz espia.

Nos próximos Posts veremos cada luz espia, sua função e como agir em cada caso.

Alexandre

sexta-feira, 1 de maio de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO ABS


Já comentamos aqui no Blog sobre o amadurecimento das leis que regem o trânsito no País e a nova Regulamentação 11.910 do Cotran. E, para a surpresa de todos, não apenas os Airbags serão itens de segurança obrigatórios, mas também o ABS passará a ser item de série a partir de 2014.

Era justamente o que faltava para que os veículos nacionais se tornassem realmente seguros. É que o Air BAg é um item de segurança passiva, ou seja, atua apenas no momento do acidente. Já o sistema de freios ABS é considerado um elemento de segurança ativa, reduzindo a possibilidade de um acidente.

É uma tecnologia conhecida e confiável, e que já equipa cerca de 15% dos veículos novos vendidos no mercado doméstico, contra 90% dos EUA. E, Apesar da diferença, iremos superar os Estados unidos em 2014, onde 100% dos veículos produzidos no País utilizarão o equipamento.

De acordo com a resolução, o cronograma de implementação utilizado pelas Montadoras para veículos que já estão em linha é o seguinte:

1° de janeiro de 2010 – 8% da produção
1° de janeiro de 2011 – 15% da produção
1° de janeiro de 2012 – 30% da produção
1° de janeiro de 2013 – 60% da produção
1° de janeiro de 2014 – 100% da produção

Essa determinação é válida para veículos com até oito lugares, e os de carga com peso de até 3,5 toneladas. Para micro-ônibus, ônibus e caminhões a obrigatoriedade começa em 2013, para 40% dos veículos, sendo 2014 o prazo final para a instalação em toda a frota nova.

Afinal, daqui a cinco anos teremos carros realmente mais seguros.

Até o próximo Post.

Alexandre

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APRENDA A IDENTIFICAR AS CAUSA DO CONSUMO ELEVADO- PARTE II


Hoje, vamos falar de mais um grande vilão do consumo – o Filtro de Ar, que pode ser considerado um caso clássico de desvio de comportamento. Quando o Filtro de ar está limpo, não há nada que desabone sua conduta. Ele é capaz de realizar o seu trabalho de reter partículas sólidas, impurezas e poeira impedindo que os mesmos cheguem ao interior do motor de forma honesta.
Mas sua face obscura vem à tona quando o elemento filtrante está saturado de impurezas. A restrição causada pela saturação do elemento filtrante é comparado à experiência de respirar colocando um pano grosso sobre o rosto. Em pouco tempo você irá ficar cansado, com o fôlego curto. É mais ou menos o que ocorre no motor.

Quando o período de troca do filtro é extrapolado o acúmulo de impurezas sobre o elemento filtrante é tão grande que a passagem do ar fica restringida. Com menos ar a disposição o motor sua potência será reduzida, exigindo do motorista uma maior pressão sobre o acelerador. Ou seja, mais combustível será injetado, e consequentemente o consumo de combustível irá aumentar consideravelmente.

Há ainda outro agravante. O Filtro de Ar sujo não é apenas vilão do consumo, mas também das emissões. É que com menos ar admitido e mais combustível queimado para compensar a perda de potência, maior será o nível de poluentes lançados na atmosfera.

Agora, fazendo o papel de Advogado do Diabo, posso afirmar que o Filtro de Ar na verdade, é mais vítima que bandido. Afirmo isso porque ele nunca age sozinho. Na verdade é induzido por um comparsa – o proprietário do veículo. Isso mesmo. É ele quem desvia o Filtro de ar de sua nobre função, passando de herói a vilão.

Portanto, para evitar que isso ocorra é preciso respeitar o período de troca do Filtro estabelecido
pelo fabricante do veículo. Agindo assim, você estará protegendo seu próprio bolso.

Até o Próximo Post.

Alexandre

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domingo, 26 de abril de 2009

COMO CALCULAR A EMISSÃO DE CO2 DO SEU CARRO


Que o álcool derivado da cana-de-açucar é uma alternativa ecológica e economicamente viável aos combustíveis derivados do petróleo, isso todos nós já sabemos há décadas. Mas somente de uns cinco anos pra cá é que os estrangeiros têm demonstrado interesse pelo combustível nacional. Mudamos até a denominação de Álcool para Etanol com o objetivo de facilitar a divulgação de nosso combustível verde mundo afora.


O Etanol é o combustível do momento por emitir cerca de 73% menos CO2 que a Gasolina, e ser obtido através de um processo renovável. Mas como podemos constatar os benefícios do Etanol em nossos carros em termos de emissões? Bem, no Site etanolverde.com.br, criado pela UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar ) existe uma ferramenta extremamente interessante - a Calculadora de CO2.

Respondendo a um pequeno questionário é possível ter uma noção da quantidade de gás carbônico que deixou de ser emitido na atmosfera quando adotamos o Etanol como combustível. Eu mesmo fiz uso da ferramenta e verifiquei que contribuo com o planeta evitando a emissão de 396 kg de CO2 por mês, somente pelo fato de utilizar álcool em meu carro Flex !!! Sensacional !!!

O que a Calculadora CO2 faz é mostrar a redução na emissão de Gás Carbônico do Etanol em relação à gasolina. Para realizar os cálculos considera-se que para cada litro de etanol produzido, são emitidos pouco mais de dois quilos de CO2. No cálculo é considerado também o quanto de CO2 foi evitado durante o processo de fabricação do Etanol. A base de consumo é de 12 km/l para gasolina comum, com 25% de álcool anidro, e 9,2 km/l para o Etanol.

Após usarmos a Calculadora CO2 passamos a ter consciência de que a redução do efeito estufa não é apenas uma responsabilidade dos governos e grandes empresas, e que ações simples, como a escolha do combustível, certo podem fazer a diferença.

Click aqui para ter acesso a calculadora de CO2

Até próximo Post

Alexandre

terça-feira, 21 de abril de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO AIR BAG – PARTE II


No Post anterior sobre a Obrigatoriedade do Air BAg comentamos sobre o amadurecimento das normas que regem o trânsito e a produção de veículos no País, assim como os benefícios que a vigência da nova Lei nos trás. No Post de hoje, estaremos focados em esclarecer as dificuldades técnicas por trás da Lei.


Bem, para começar podemos dizer que, ao contrário do que muitos imaginam, a exigência não trará grandes dificuldades técnicas às Montadoras. Digo isso porque vários modelos já trazem o item de série, e mesmo modelos populares oferecem o equipamento como opcional. Traduzindo isso em números, segundo dados do Cesvi, algo como 4% da frota nacional já possui o equipamento.

Apenas em alguns casos onde os projetos dos veículos são antigos é que sua instalação exigirá um trabalho de adequação do painel, volante e habitáculo. E, em pouquíssimos casos a saída de um modelo antiquado de linha será antecipada até a vigência da Lei. A nova Lei é válida para todos os modelos vendidos no País, sejam os produzidos em solo brasileiro ou importados, e apenas estão livres os modelos exportados.

Fala-se também que o custo do equipamento, que é estimado em R$ 2000,00 para um veículo popular, será reduzido em função do aumento da produção. Isso não é bem verdade, pois todos os Air Bags são importados. É que existem no Brasil apenas três empresas responsáveis pelo fornecimento do produto no Brasil, e a maior delas, em função da crise mundial, adiou para o ano que vem o projeto para criação de uma planta industrial para produção de Air Bags com capacidade de produção de até 150 mil peças por ano. Isso quer dizer que para temos um Air Bag mais em conta seria necessário uma redução de impostos por parte do governo.

É importante perceber que foi dado um grande passo para reduzir as mortes no trânsito brasileiro. E que ao tornarmos o Air Bag um item de série estamos nos antecipando as Normas técnicas mais rigorosas que veremos nos próximos anos. Mas lembramos que o Air Bag é um item de segurança passiva, ou seja, atua no momento do acidente. O passo seguinte é tornar obrigatório o uso de equipamentos de segurança ativa, que atuam prevenindo a ocorrência de acidentes, como o ABS, por exemplo.

Mais isso é assunto para um próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

segunda-feira, 20 de abril de 2009

SELO PROCEL PARA CARROS


Você já deve ter visto um selo, semelhante ao mostrado na figura acima, relacionado a algum eletrodoméstico como uma geladeira, por exemplo. Mas se levassem esse conceito aos automóveis? Bem, parece mais uma daquelas boas idéias que nunca sairão do papel. Errado. Desde a última sexta, dia 17, um modelo similar ao Selo Procel será utilizado também para orientar os clientes na hora da compra de um carro.

Isso mesmo, aquele selinho, chamado de Selo Procel de Economia de Energia, foi instituído através de um Decreto Presidencial de 08 de dezembro de 1993, sendo um produto do Programa Nacional de Conservação de Energia elétrica. Só que é utilizado para equipamentos domésticos como geladerias e ar condicionados com o objetivo de orientar o consumidor na hora da compra, indicando os produtos com maior eficiência energética através de uma classificação que varia de A, para o mais econômico, a E, o menos econômico.

Nos automóveis o Selo irá se chamar Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) e é o resultado de uma parceria entre o Inmetro e a Petrobrás através do CONPET, Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural. Serão oito categorias: subcompacto, compacto, médio, grande, esportivo, fora-de-estrada, comercial leve e comercial derivado de carro de passeio. E o Selo indicará o consumo de combustível no ciclo urbano e rodoviário, em Km/l para álcool e gasolina, ou Km/m3 para carros GNV.

Mas, por tratar-se de um assunto polêmico, os testes de consumo são realizados pelo Inmetro, seguindo padrões estabelecidos na Norma Técnica ABNT 7024, utilizando combustível padrão. Nesse teste o veículo funciona sobre um dinamômetro de rolos, simulando diferentes condições de tráfego. Os valores obtidos são médias de consumo e servem como referência para o consumidor.

Portanto, a partir de agora a etiqueta poderá ser utilizada nos Show Rooms das Concessionárias com o objetivo de ajudar o Cliente na escolha do modelo mais econômico. Na Europa existe uma classificação semelhante, mas voltada a emissão de poluentes, onde um selo indica a quantidade de poluentes emitida pelo motor.

A adesão ao Programa é voluntária, e até o momento apenas 05 montadoras participam da classificação. A expectativa é que este ano aproximadamente 30 modelos de cinco categorias sejam etiquetados.

Click aqui e veja a tabela com os carros que já receberam o Selo ENCE.


Alexandre

sábado, 18 de abril de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO AIR BAG – PARTE I

O ano de 2009 é sem dúvidas um marco para a indústria automobilística nacional. No dia 19 de março o presidente Lula sancionou a Lei 11.910 que obriga todos os automóveis a serem equipados com Air Bags Duplos no prazo de até cinco anos.


Explicando melhor, a Lei 11.910 de 18 de março de 2009 altera o artigo 105 da Lei de número 9.503, de 23 de setembro de 1997, do Código de Trânsito Brasileiro, determinando que, até 2014, o uso do equipamento suplementar de retenção, ou seja, Air Bag, torna-se obrigatório para veículos leves.

Quem lembra, no início da década de 90, os automóveis foram obrigados a utilizar espelho retrovisor do lado direito, até então item opcional em carros mais baratos. Se voltarmos um pouco mais no tempo, mas precisamente na década de 80, vamos lembrar que os cintos subabdominais deram lugar gradativamente aos cintos transversais, e seu uso tornou-se obrigatório. Foram decisões importantes, mas que não tiveram grande impacto quando comparado à obrigatoriedade do Air Bag.

Segundo o CESVI, entre 2001 e 2007, mas de três mil mortes poderiam ter sido evitadas caso os veículos acidentados possuíssem Air Bags. Se considerarmos apenas os ferimentos leves, foram mais de setenta mil casos no mesmo período que poderiam ter sido minimizados pelo uso do equipamento. Isso quer dizer que a cada ano, 490 pessoas, ou seja, 1,4% dos 35 mil mortos anuais no trânsito podem ter suas vidas salvas com o uso da bolsa.

Portanto, não há dúvidas. A Bolsa de Ar é o item de segurança mais significativo em um automóvel na atualidade, tendo sido responsável por salvar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Tudo isso graças ao acionamento de uma bolsa de ar em menos de oito décimos de segundo.

E, além de salvar vidas, o impacto econômico em função da redução de casos de morte e ferimentos graves seria na ordem de R$ 225 milhões por ano, segundo o IPEA.

Nos próximos Posts veremos as questões técnicas por trás da obrigatoriedade do Air Bag.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

quinta-feira, 9 de abril de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE FREIOS – PARTE III


Em 1902, quando os automóveis apresentavam sistemas mecânicos simples e rudimentares, um engenheiro Inglês, chamado Frederick Lanchester, teve a idéia de utilizar um disco como elemento principal de um sistema de freios.

Apesar do conceito revolucionário para a época, o disco de freio iniciou sua vida apenas quatro décadas depois, na aviação militar. Durante a segunda guerra mundial, os aliados precisavam pousar os aviões cargueiros em pistas curtas na Europa e o sistema de freio a tambor não mostrava eficiência quando submetido a tamanho esforço. Daí a opção pelos discos.

A primeira aplicação em um automóvel ocorreu em 1953 quando um bólido de competição utilizou um sistema de freios a disco na dianteira durante as 24 Horas de Le Mans. Mas foi somente dois anos depois que o sistema entrou em produção.

Desde então, o sistema de freios a disco pouco mudou, e olha que lê já tem mais de de cem anos de existência !! Basicamente, é constituído por um disco metálico, normalmente feito em ferro fundido, que é pressionado por pastilhas de um material de fricção. A opção pelo ferro fundido advém das características de suportar os esforços mecânicos elevados, além de garantir bom coeficiente de atrito e elevada capacidade de dissipação de calor.

E é em relação a essa capacidade de dissipar o calor que está a vantagem sobre o sistema convencional a tambor. É que o sistema a tambor, por ser fechado retém o calor, reduzindo sua eficiência, limitando assim sua aplicação apenas às rodas traseiras. Ao contrário do Sistema a disco que, por estar exposto a passagem do ar, possui refrigeração mais eficiente, reduzindo a possibilidade de fading, e garantindo uma excelente frenagem.

Os discos de freio podem ser sólidos, quando feitos em uma peça maciça de ferro fundido, ou ventilados, quando possui canaletas entre as duas superfícies de atrito, cuja função é direcionar o fluxo de ar e assim, melhorar a dissipação de calor. Alguns discos de alto rendimento ( como os da foto acima ) possuem furos na superfície de atrito e ranhuras que expelem água e impurezas.

Nos próximos Posts veremos um pouco mais sobre o sistema de freios.

Alexandre


Saiba mais sobre o assunto:



quarta-feira, 1 de abril de 2009

APRENDA A IDENTIFICAR AS CAUSAS DO CONSUMO ELEVADO - PARTE I


Recebo sempre e-mails de leitores reclamando de consumo elevado de seus carros. Mas Para tentar esclarecer essas questões preciso desprezar os efeitos causados por vícios de direção, como troca de marchas no tempo incorreto e me concentrar na busca por problemas mecânicos que influenciam diretamente no consumo.


Para isso vamos fazer uma varredura no motor e no sistema de injeção eletrônica na busca pelos principais vilões da “bebedeira“. Mas lembre-se do seguinte: quando uma peça defeituosa provoca a elevação do consumo perceberemos isso com o passar dos dias, ou em alguns casos, de um momento para outro. Mas, se seu carro sempre consumiu muito, lamento informar, mas o problema é a maneira como você dirige!! Bem, esse assunto vamos deixar para um próximo Post...

Agora, o mais procurado entre todos os malfeitores do consumo está o sensor de temperatura do líquido de arrefecimento. Não, não se engane pelo nome pomposo, esse sensor, mais conhecido como sensor de temperatura da água, é um dos maiores causadores do consumo elevado. Quando defeituoso, ele age informando à central um valor incorreto da temperatura em que o líquido de arrefecimento se encontra. Até aí não parece nada de mais, afinal de contas o que é que a temperatura da água que arrefece o motor tem a ver com aumento no consumo? Bem, é aí que está a maldade !!!

Esse ardiloso sensor, quando defeituoso, informa valores de temperatura abaixo do real, ou seja, a lábia do malandro convence a Centra eletrônica que o motor está mais frio do que na verdade está. Partindo desse princípio, a pobre e inocente Central aumenta o tempo de abertura dos injetores, elevando consideravelmente a quantidade de combustível consumido pelo motor.

Portanto, não se deixe enganar por esse sensor. Ele tem o costume de apresentar defeito em sistemas sujos e sem manutenção. Por isso, procure fazer a limpeza do sistema de arrefecimento a cada 10.000 Km, substituindo o aditivo.

Nos próximos Posts continuaremos a busca pelos vilões do consumo.

Alexandre

domingo, 29 de março de 2009

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR - DIESEL


Essa semana recebi um e-mail de um leitor que tinha dúvidas sobre o tipo de óleo utilizado no motor de seu veículo utilitário. Seu questionamento foi tão interessante que resolvi escrever esse Post sobre as características do óleo lubrificante para motores a Diesel.

A principal diferença em relação a outros lubrificantes está na classificação API. Segundo a Norma, a letra C, de Comercial, é utilizada para designar lubrificantes utilizados em motores à combustão por compressão. A classificação segue o padrão dos veículos de passeio onde uma letra padrão é acompanhada por outra letra que indica o nível tecnológico do lubrificante. Ou seja, iniciando no código CA, passando pelo CB, CC e CD. A partir desse ponto o lubrificante é subclassificado em categorias distintas.

Isso é necessário para distinguir o óleo utilizado em motores a diesel de dois tempos, que utilizam os códigos CD-II, por exemplo, cujos mais avançados recebem a denominação CF-2. Já para os de quatro tempos, são utilizados lubrificantes mais avançados, do tipo CE, CF-4, CG-4, CH-4 e CI-4.

Mas, o lubrificante para motores Diesel, por trabalhar em condições mais severas, deve atender a algumas especificações, o que os diferencia dos utilizados em motores a gasolina e álcool. É que as temperaturas na câmara de combustão são muito mais elevadas, e, portanto, o óleo deve conseguir manter uma película lubrificante, auxiliando na redução da formação de fuligem e material particulado, além da redução de consumo de óleo.

Os lubrificantes têm conseguido acompanhar o desenvolvimento dos motores Diesel, resultando em uma geração de óleo tecnologicamente avançados, adotando base sintética e aditivação concentrada. É o caso dos lubrificantes CI-4, utilizados nos novos motores eletrônicos, comparáveis aos de classificação SL utilizados em carros de passeio.

Até o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 28 de março de 2009

TECNOLOGIA POR TRÁS DA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL – PARTE II


Na busca pela eficiência energética, as montadoras nacionais tem buscado inspiração em modelos europeus. O mais novo lançamento promete uma redução de 15% no consumo de combustível e emissões de poluentes.

É importante entender que tamanha economia não é resultado de uma ação isolada, mas sim, o somatório de modificações que ampliou em 1,5km a distância percorrida para cada litro de álcool, o que é bastante significativo!!!

Entenda quais foram as principais alterações realizadas:

Aerodinâmica
Foram adotados apêndices aerodinâmicos por toda a extensão da carroceria, com o objetivo de reduzir o coeficiente de atrito aerodinâmico, ou Cx. O que pelo jeito deu muito resultado, já que o uso de um spoiler dianteiro sob o pára-choque, grade dianteira mais fechada, saias laterais, e um aerofólio traseiro resultou em uma redução significativa do Cx, que passou de 0,34 para 0,31 !! Tradução disso tudo – uma redução no consumo de 2% !!!

Transmissão
As alterações ao nível da transmissão foram as mais significativas, proporcionando uma economia de quase 4,0% no consumo de combustível. Isso mesmo quase 4,0% !!! Para tanto, os engenheiros alteraram as relações de marcha, tornando-as mais longas, principalmente na última marcha. A relação do diferencial também foi modificada em relação ao modelo atual.

Suspensão
O trabalho na suspensão teve como objetivo rebaixar o veículo, favorecendo assim a aerodinâmica. O resultado é uma distância do solo menor em 12,00mm.

Pneus e Rodas
Os novos pneus e rodas adotam a medida de 14", em vez do aro 15 utilizado na versão convencional. Ou seja, pneus menores e de medidas mais estreitas aliviam 26 quilos no peso total do carro. O composto da borracha utilizado nos pneus, por sua vez, reduz a resistência ao rolamento, possuindo um banda de rodagem mais dura, sendo calibrados com 42 libras – 13 libras a mais que os pneus convencionais!!! Isso garante uma redução de 3,8% no consumo.

Até o próximo Post.

Alexandre
Saiba mais sobre o assunto:

quarta-feira, 25 de março de 2009

TECNOLOGIA POR TRÁS DA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL – PARTE I


Recentemente, uma montadora nacional se utilizou de diversos artifícios técnicos de modo a obter um carro com o título de “ Mais econômico do Pais “. O que poderia ser modificado, melhorado e aplicado com o objetivo de reduzir consistentemente o consumo de combustível?

Foram realizadas alterações no motor, sistema de injeção de combustível, geometria de suspensão, pneus e especificação do óleo lubrificante. Tudo isso, somado a um medidor de consumo no painel para obter uma redução de 10% no consumo de combustível em relação à versão anterior do modelo. Pode parecer pouco, mais é extremamente significativo.

Observe que atingir a meta de redução de consumo não é o resultado de uma única ação, mas sim um conjunto de alterações, que somadas, permitem atingir patamares mais baixos de consumo de combustível.

Motor
Quanto menos energia é utilizada para mover os componentes internos do motor, menor será o nível de consumo. Daí as alterações realizadas em componentes internos do motor. Muitas peças tiveram seu peso reduzido, como o comando de válvulas que passou a ser oco. Os pistões foram aliviados em peso e as bielas deixaram de ser fundidas e passaram a ser forjadas (como nos carros de competição), tornando-as mais leves e resistentes.

A carga das molas das válvulas foi reduzida em 25%, reduzindo o esforço para acioná-las. Os dutos de admissão e escape foram retrabalhados, assim como o catalisador a fim de reduzir a restrição à passagem dos gases.

Óleo do motor
O óleo lubrificante do motor foi alterado, passando a especificação SAE 5W30. Isso significa menor atrito entre os componentes internos do motor. E, quanto menor o atrito, menos energia desperdiçada, e portanto menor consumo.

Sistema de Injeção de combustível
O Software da central eletrônica foi recalibrado, adequando o sistema de injeção de combustível as alterações mecânicas do motor.

Geometria da suspensão
A suspensão dianteira recebeu modificações na geometria, alterando os ângulos de Cáster e camber. O arraste do pneus é reduzido aliviando inclusive o peso ao girar o volante.

Pneus
A montadora encomendou ao fabricante de pneus um modelo de baixa resistência ao rolamento. O novo Pneu é elaborado com um composto especial de borracha e sílica cuja função é reduzir a resistência ao rolamento, mantendo a aderência.
Até o próximo Post.
Alexandre

domingo, 15 de março de 2009

COMO FUNCIONA O AIR BAG - PARTE II


No Post anterior sobre o Air Bag, vimos que existem bolsas para o Mercado Europeu e brasileiro, e bolsa para os EUA. Hoje, vamos entender em que situações o Air Bag dispara.

É importante compreender que o Air Bag é projetado para ser acionado apenas em algumas condições pré-determinadas, ou, falando mais especificamente, numa colisão frontal com ângulo inferior a 60°. Isso significa dizer que em caso de capotamento, colisão lateral ou traseira o dispositivo não será acionado, pois nestas condições seu disparo poderia representar risco de lesão nos passageiros.

Esse ângulo é determinado considerando uma linha imaginária que cruza o veículo longitudinalmente numa vista superior. Os 60° são o somatório de dois ângulos de 30° para cada lado, partindo da dianteira do veículo. Isso quer dizer que uma colisão entre dois veículos, num cruzamento, formando um ângulo 90°, não acionando as bolsas.

Além da posição da colisão, o valor da desaceleração é determinante para o acionamento da bolsa. Ele deve inflar quando a força de colisão for equivalente a uma batida contra uma superfície indeformável, algo como um muro de tijolos, a uma velocidade entre 15 e 25 km/h. Esse valor de desaceleração também é obtido quando a diferença de velocidade entre dois veículos que colidem for superior a 25 Km/h.

Quando temos essas duas condições, ângulo de colisão e desaceleração, o Air Bag é acionado num tempo inferior a oito décimos de segundo - isso é um tempo menor que um piscar de olhos !!! Tamanha velocidade de abertura da bolsa torna-se necessário, pois o objetivo é evitar o choque dos passageiros contra o painel do veículo, formando uma barreira entre eles num espaço físico contido, de aproximadamente vinte e cinco centímetros.

Nos próximos Posts saberemos um pouco mais sobre esse importante elemento de segurança.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

quarta-feira, 11 de março de 2009

DAR "CAVALO-DE-PAU" NUM CARRO COM ABS TRAVA AS RODAS?


Como já sabemos, a função do ABS ou Sistema Anti-travamento das rodas é impedir que em condições de frenagem pânica, uma ou mais rodas travem, prejudicando a dirigibilidade do veículo. Até aí tudo bem.

Mas imagine um carro com ABS realizando uma manobra, tipo “cavalo-de-pau”. Nessa manobra as rodas do carro irão travar? Antes de responder, lembre-se que numa situação como essa o volante é esterçado bruscamente, jogando o carro de lado com as rodas traseiras...travadas!!! Isso mesmo, travadas. Mas, se o carro tem ABS, como pode ocorrer travamento?

A resposta é simples. Observe que ao realizar um “cavalo-de-pau” o motorista não utiliza o sistema hidráulico dos freios, mas sim o freio de mão que é um sistema mecânico acionado através de cabos metálicos ligados às rodas traseiras. Nestas condições, o ABS não atua, apesar da leitura da velocidade das rodas estar sendo realizada pelos sensores. E, além do mais, para que o ABS atue é preciso que o motorista pressione o pedal de freio, o que não acontece durante este tipo de manobra.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

sábado, 7 de março de 2009

COMO FUNCIONA O AIR BAG - PARTE I


Com a obrigatoriedade do air bag sendo discutida no Congresso, surgiu um interesse repentino pelo dispositivo de segurança. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o Air bag, ou Bolsa de Ar, não é um projeto recente. Sua Patente data de 1951, sendo desenvolvido pelo alemão Walter Linderer, morador da cidade de Munique. Seu Projeto, cujo conceito se baseava em uma Bolsa de ar, inflada em milésimos de segundos com o objetivo de proteger os ocupantes do veículo, poderia parecer ridículo. Esta cena, que apenas poderia ser possível nos filmes de ficção científica, tornou-se realidade na década de 80, com o avanço da eletrônica e o desenvolvimento de um tecido mais resistente para a Bolsa. A partir daí o Air Bag não parou mais de desenvolver, conquistando credibilidade junto aos principais Fabricantes do Mundo.

Basicamente, o Air Bag atual é constituído por uma bolsa, inflada através da expansão de um gás gerado pela ignição de um propelente sólido. O material da bolsa é composto por fibras entrelaçadas, altamente resistentes, sendo capaz de suportar o choque dos passageiros em caso de colisão. Após o enchimento, o Air Bag perde rapidamente a pressão interna, facilitando a remoção dos passageiros.

Os Air Bags disponíveis nos veículos nacionais são, na verdade, denominados Eurobags, pois atenderem às Normas vigentes na Europa. Esta bolsa, com capacidade entre 40 e 60 litros para motorista e 120 litros para passageiro, deve obrigatoriamente ser utilizada em conjunto com o cinto de segurança que conta com o auxílio do pré-tensionador. Já, os modelos norte-americanos, conhecidos apenas por Air Bag, apresentam volumes próximos de 80 litros para motorista, e 170 litros para passageiro, não sendo necessário sua utilização em conjunto com o cinto de segurança. Uma observação: Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos o uso do cinto de segurança não é obrigatório. Os motoristas utilizam por educação!!

Nos próximos Posts veremos em que condições os Air Bags disparam

Alexandre


Dicas AutoServiço
  • O AirBag nacional é conhecido como Euro Bag, e deve ser usado em conjunto com o cinto de segurança.
  • O Air Bag americano possui um volume até 40% maior que o Euro Bag.

  • Por segurança, o Air Bag apenas dispara em condições específicas.
  • quinta-feira, 5 de março de 2009

    MISTURAR ÁLCOOL E GASOLINA PREJUDICA O CARRO FLEX?


    Esse Post teve origem na pergunta de uma leitora do Blog que questionava o fato da água do álcool hidratado se separar quando adicionado à gasolina. Sua dúvida era se a separação do combustível poderia danificar a bomba, já que aspiraria primeiramente a água, podendo danificar até o motor.

    Bem, para explicar melhor assunto é preciso voltar um pouco no tempo, mais precisamente à década de 80. Naquela época, a gasolina nacional utilizava chumbo tetraetila como agente anti-detonante. Mas, por ser cancerígeno, esse produto foi substituído pela adição de álcool à composição da gasolina. Mas não foi qualquer álcool, o escolhido foi o anidro, ou seja, que não contém água. Isso garante que ao ser misturado com a gasolina não forme um sistema de duas fases. ( Lembre-se: gasolina e água são líquidos imiscíveis ).

    Desde então, o percentual de álcool anidro na gasolina só aumentou, passando aos atuais 26 %. Só para efeito de conhecimento, a gasolina padrão de testes é conhecida como E22, ou seja, possui 22% de álcool na sua composição. E, devido à mistura com álcool o nome dado à gasolina nacional é, na verdade, Gasohol. Já álcool de bomba ou hidratado possui 5% de água em sua composição, sendo conhecido pelo código E100, ou 100% de etanol.

    Agora, quando misturamos gasohol e álcool hidratado percebemos que a água presente no álcool se combina com o álcool anidro da gasolina, formando duas fases distintas: a gasolina pura por cima, e a mistura de álcool e água embaixo. O que não é motivo para sustos, pois o percentual de água presente na mistura é bem pequeno, ou seja, o que a bomba aspira é na realidade uma mistura com maior percentual de álcool.

    Outro detalhe interessante é que todos os componentes expostos ao combustível "verde" estão preparados para suportar sua oxidação e acidez. A bomba, por exemplo, está preparada para isso, não apresentando defeito mesmo trabalhando com álcool puro. O mesmo podemos dizer dos injetores de combustível, que por serem de aço inox estão aptos a trabalhar com álcool.

    Até o próximo Post

    Alexandre

    Para saber maissobre o assunto: