sábado, 23 de maio de 2009

PORQUE A CARROCERIA DE UM CARRO DEFORMA TANTO EM UMA COLISÃO?


Muita gente se espanta ao ver o estrago causado por uma simples colisão entre dois veículos. Os próprios ocupantes, muitas vezes ilesos, olham perplexos para as chapas de metal retorcidas como finas folhas de papel alumínio.

“Bons eram os carros de antigamente que eram feitos para aguentar um impacto sem se desmanchar”- comentam. Bem, se você viveu a uma colisão naquela época, e está aqui para contar, com certeza não terá nenhuma saudade daqueles tempos.

Digo isso porque, a mais de trinta anos atrás, o conceito era de que a carroceria de um veículo deveria oferecer proteção aos seus ocupantes, resistindo bravamente a uma colisão. Para tanto eram utilizadas chapas de aço, grossas como um muro de arrimo, ostentando para-choques dignos do nome. E essa pesada armadura oferecia realmente uma eficiente proteção. Só que para os componentes mecânicos, que permaneciam muitas vezes intactos. Mas o mesmo não se podia dizer dos passageiros.

Esqueça um pouco dos modernos dispositivos de segurança atuais, e concentre-se na capacidade que a carroceria de um veículo tem de proteger seus ocupantes. Essa sim, pode salvar sua vida. Daí advém o termo “célula de sobrevivência “.

A lógica por trás desse conceito define que a carroceria tem a função de absorver a energia do impacto, distribuindo ao logo de toda a estrutura, preservando apenas o habitáculo. Ou seja, quanto mais a carroceria se deforma, mais energia é absorvida pela estrutura metálica, fazendo com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar.

Para facilitar o entendimento vamos considerar que quando um veículo colide a apenas 40km/h, os passageiros em seu interior também estão a 40Km/h !!! E, em uma fração de segundos, essa velocidade é reduzida a zero, fazendo que seus corpos seja submetidos a esforços equivalentes a várias vezes seu próprio peso devido aos efeitos da desaceleração.

Os carros atuais são feitos, sim, para desmancharem em uma colisão, só que utilizam finas chapas de aço que deformam de maneira programada, em pontos específicos da carroceria. E, é essa elevada capacidade de absorver a energia do impacto que faz com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar, reduzindo a fatalidade dos acidentes.

Apenas par que você tenha uma noção da quantidade de energia envolvida em uma colisão, é só reparar no estado do pára-lamas do seu carro após uma batida, simplesmente dobrado como uma lata de refrigerante amassada. Pois é, toda essa energia que deformou esse paralamas poderia ter sido direcionada para seu corpo. Pense nisso.

Até o próximo Post.

Alexandre

Um comentário:

shaso disse...

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