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terça-feira, 5 de abril de 2016

TUDO QUE VOCE PRECISA SABER SOBRE OS NOVOS MOTORES DE TRES CILINDROS.



Converso com muitas pessoas a respeito das inovações que vem surgindo em nosso mercado automotivo. Motores turbo, novos sistemas Flex...porém, tenho percebido que alguns ainda são reticentes a respeito dos motores de três cilindros. é certo, que pelo tamanho reduzido, eles parecem frágeis e pouco potentes. Até entendo, pois pelo porte eles realmente dão a impressão de que não vão dar conta do trabalho. Muitos inclusive se questionam a respeito da decisão das Montadoras de utilizar esse tipo de motorização.  

Quem acompanha o Blog sabe que sempre procuro desmistificar as questões relacionadas ao uso e manutenção dos carros, e hoje não seria diferente.  Então, caro leitor, mente aberta para o que está chegando. A pergunta certa para se fazer não é porque tiraram um cilindro? Mas sim, e porque não? Portanto, escrevi esse post justamente para que você possa esclarecer todas suas dúvidas a respeito desses pequenos notáveis. Boa leitura.

OS MOTORES DE TRES CILINDROS SÃO UMA NOVIDADE?
Não. O Motor de três cilindros já esteve entre nós. Foi o com o emblemático DKW Vemag e sua versão Perua Vemaguet, que foi fabricado no Brasil entre 1958 e 1967. Eles eram vendidos com um pequeno motor 1.0, de dois tempos, 1000 cm3 arrefecido a liquido, com três bobinas de ignição e mancais roletados. Pelo projeto inovador na época, também nos dias de hoje,  tal veículo conquistou fãs que se mantem por todos esses anos.  Em motos, como a Inglesa Trhyumph os motores de três cilindros são até uma tradição. E na década de 1990, logo após a abertura das importações tivemos o Suzuki Swift, o Dayhatsu Cuore e o Subaru Vivio. Não lembra deles? Sorte sua. Isso mostra que você não é tão velho quanto eu.

PORQUE AS MONTADORAS ESTAO INVESTINDO NESSES MOTORES?
Pela eficiência e economia. Quanto menos componentes móveis tiver um motor, menor as perdas geradas por atrito e maior o seu rendimento geral. Além disso, por ter um cilindro a menos, sua sede por combustível é mais comedida, favorecendo também a emissão de poluentes. Ainda são mais leves, compactos e baratos de serem produzidos. Esses fatores resultam em um motor mais eficiente energeticamente, com baixo índice de emissões. E é justamente por esses Motivos que as Montadoras estão investindo neles. É a maneira que elas encontraram de atenderem as normas de emissões e eficiência exigidas em Lei.( Para saber mais leia o Post sobre o INOVARAUTO )

ENTÃO Os motores de três cilindros vieram pra ficar?
Pode estar certo que sim! Daqui pra frente, todos os motores 1.0 serão três cilindros. É um caminho sem volta! Até o momento, quatro montadoras utilizam esses motores, ( VW, Kia, Hyundai e Ford ), em sete modelos distintos, ( UP!, Fox, Novo Gol, Novo Voyage, Picanto, HB20 e Ka ). Mais três montadoras anunciaram lançamentos até o ano que vem, ( FIAT, Peugeot e Renault ). Essa configuração de três cilindros é ideal para o transito urbano, pois são capazes de produzir mais potencia e o mesmo torque que os motores de quatro cilindros. Além de serem mais leves e econômicos. Então, com tantas vantagens, quem vai querer insistir nos antigos motores 1.0 de quatro cilindros?

COM UM CILINDRO A MENOS, O MOTOR NÃO PERDE POTENCIA?
Não necessariamente. Como a cilindrada é mantida a mesma em relação ao tradicional motor de quatro cilindros não há perda de rendimento. Pelo contrário. O motor de três cilindros tem o mesmo volume interno que o tradicional de quatro, ou seja, ambos são 1.0, então temos uma vantagem para o motor impar, pois ele vai produzir a mesma potencia com um número de peças internas menor. Resumindo, faz o mesmo que o antigo, só que com menos peças.

eles são realmente mais econômicos?
Sim, e muito! Várias publicações especializadas já comprovaram em testes práticos que a configuração de três cilindros traz uma econômica de até 20%!!! Isso é comprovado! Vale lembrar que o modelo Flex mais econômico do País é um três cilindros, com direito a tudo que há de melhor hoje em dia, como turbocompressores e injeção direta de combustível , ( VW UP! TSI ). Vale lembra que ainda anda muito bem!!!

POR TER APENAS TRES CILINDROS O MOTOR VAI VIBRAR MAIS?
Verdade! Diferentemente dos motores pares de quatro, seis, oito ou dozes cilindros, onde o movimento dos pistões aos pares ajuda no equilíbrio do motor, os motores ímpares, de três e cinco cilindros vibram mais, pois não conseguem compensar o movimento de subida e descida dos pistões. Por esse motivo, eles fazem uso de alguns recursos como árvores de balanceamento, calços do motor hidráulicos e volantes com contrapeso. Não são um exemplo de suavidade de funcionamento, mas também não é nada que chegue a incomodar.

ELES SÃO DURÁVEIS?
Sim. Tanto quanto qualquer outro motor atual. Não confunda sua aparência pequena com fragilidade. Sua vida útil é similar ao de qualquer motor moderno, algo previsto pelo fabricante em torno de 250 a 300 mil quilômetros.

E OS CUSTOS DE MANUTENÇÃO DIMINUEM?
Sim. Só pelo fato terem um cilindro a menos eles apresentam menor número de peças móveis o que, consequentemente, reduz a possibilidade de problemas e desgaste. Além do que, pela falta de um cilindro temos uma vela de ignição a menos, o que elimina a necessidade de um cabo e uma bobina. A correia dentada desses carros tem uma razão de troca ampliada. No VW UP!, Por exemplo, o prazo de substituição é de 120 mil quilômetros e o do Ford Ka, 240 mil!!!!! Gostou, né? Com exceção do óleo, ( apesar de pequenos, esses motores utilizam quase a mesma quantidade que um de quatro cilindros convencional ), os custos com manutenção periódica caem consideravelmente.

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO COM MOTOR DE TRES CILINDROS?
Se vale! Principalmente para aqueles bolsos que buscam um carro econômico, para uso urbano. Então não pense duas vezes. Saiba que nesse caso dos motores tri cilíndricos, menos é mais! Até o próximo Post.

domingo, 10 de janeiro de 2010

QUAL O LIMITE PARA ULTRAPASSAR UMA RUA ALAGADA?


O vídeo abaixo me foi enviado por um leitor que também tem um Blog, (htttp://quilometroporhora.blogspot.com ) e mostra uma cena interessante transmitida ao vivo por um canal de televisão...Um carro Off Road ultrapassando uma rua alagada...não, inundada... tem uma rua ali? Sei lá, só sei que não é uma ação de marketing da Montadora, o cara que tá dirigindo é realmente maluco!!! Agora esse vídeo mostra duas coisas importantes.

Primeiro que em algumas cidades brasileiras quando chove muito está ficando cada vez mais complicado de transitar. Só tendo um Off Road mesmo !! Segundo que só é possível fazer o que é mostrado no vídeo com um carro a Diesel e dotado de Snorkel. Quer saber por quê? Vou explicar...

Nos motores a Diesel a ignição é por compressão, ou seja, o combustível é injetado no motor e comprimido juntamente com o ar sob altíssima pressão, provocando sua queima. Ou seja, nesse tipo de motor não há necessidade de vela de ignição, cabos ou muito menos bobina, já que a ignição ocorre por compressão, isso elimina muitos componentes elétricos que poderiam provocar a falha e até a parada do motor quando em contato com a água.

Outro fator que permite atravessar áreas alagadas é a instalação de um Snorkel. O nome é esse mesmo, pois o princípio é o mesmo daquele canudo curvado que os mergulhadores usam em águas rasas...Com o Snorkel instalado a aspiração do ar para o motor é feita em uma posição mais elevada, no caso do carro do vídeo, a extremidade do tubo está acima do teto. Isso permite cruzar trechos alagados sem o risco de o motor aspirar água, o que seria fatal.

Só para se ter uma idéia, num carro normal, a admissão de ar está normalmente na altura dos faróis dianteiros, a uns 50 ou 60 cm do solo, que é uma região onde se pode captar ar mais frio para o motor, mas isso limita sua capacidade de transpor áreas alagadas.

Deixo bem claro que não é recomendado atravessar trechos alagados com mais de 80 cm de água, mesmo num off road...(estou falando sério!!!) e se seu carro ainda for a gasolina..desista...

Até próximo Post

Alexandre

domingo, 29 de novembro de 2009

DICAS PARA SABER SE O SERVIÇO DE RETÍFICA DO MOTOR FOI BEM FEITO.


Você está trocando de carro. Passando para um pouco mais novo. Finalmente você encontra aquele carro que esperava...o ano, modelo, opcionais...até a cor que você desejava...tudo isso no preçinho que cabe no seu bolso. Mas, analisando um pouco mais, você descobre que o motor passou por uma retífica. E aí?

Na verdade, ninguém gosta de comprar um carro sabendo que o motor foi aberto. Isso diminui um pouco a confiança no conjunto mecânico, não é verdade? Nesse momento, a única certeza que temos é que o serviço do motor já foi feito. Resta agora saber se foi bem feito.

Posso afirmar que hoje em dia, os serviços de retífica são bem precisos e confiáveis. Mas um pouco de cautela sempre é bem vinda. Para ficar tranquilo, siga as dicas apresentadas nesse Post:

a) Procure saber o motivo que levou o motor a "bater"... Se foi por falta de lubrificação ou superaquecimento. Se foi por problema de lubrificação os itens mais atingidos são pistões, anéis de segmento, tuchos, árvore de manivelas ( virabrequim )...Se foi por superaquecimento pode ter ocorrido o empeno do cabeçote.

b) Peça a retífica que realizou o serviço ou a loja que está vendendo o carro uma relação com a descrição do serviço e das peças substituídas, para poder ter uma dimensão do problema. Se por exemplo, foi feita uma retífica no virabrequim, é por que o desgaste foi profundo, e o problema foi bem sério!!

c) Com o capô aberto, verifique o estado geral do motor. O mesmo tem que estar seco, sem presença de vazamento de óleo ou água pelas juntas e conexões.

d) Ligue o motor. Verifique se funciona bem em todas as faixas de rotação, sem falhas ou trancos, principalmente em marcha lenta. Perceba também se há ruídos e barulhos estranhos vindos do motor.

e) Dê uma olhada se sai fumaça pelo escapamento, principalmente com o motor frio. Se sair fumaça branca o motor possui alguma trinca no cabeçote ou bloco que está permitindo a entrada de água no motor. Se a fumaça for preta, é sinal de queima excessiva de óleo, que pode ser provocada pelo mal ajuste dos anéis do pistão no interior do cilindro, ou vazamento pelos retentores de válvulas.

f) Verifique o consumo de óleo do motor. Para isso, meça o nível de óleo, e rode 1.000km com o carro. Depois repita a medição. O nível de óleo não pode baixar muito.Verifique no manual qual o consumo de óleo aceitável.

Se após essas verificações estiver tudo OK, vá curtir o carango...

Até o próximo Post

Alexandre

domingo, 22 de novembro de 2009

É VERDADE QUE UM CARRO ACOSTUMADO A RODAR NA ESTRADA ANDA MAIS?


Imagine a seguinte situação. Seu vizinho vive se gabando que o carro que ele usa, além de disposto, é extremamente econômico. Tal conversa não passaria de lorota do morador da casa ao lado, não fosse um pequeno detalhe – o carro sobre o qual ele descarrega elogios é exatamente igual ao que você encosta diariamente na garagem, e que, você vive reclamando do elevado consumo e do péssimo desempenho.

O assunto pode até virar motivo de intriga entre vizinhos, mas será que tem um fundo de verdade? Bem, se o seu vizinho utiliza o carro em viagens constantes a trabalho, enquanto você se arrasta pelo caótico trânsito das cidades, então temos a explicação para o impasse.

Num circuito urbano, o anda-e-pára do trânsito faz com que o motor trabalhe em condições pouco favoráveis, fazendo-o funcionar em baixas rotações, com pouca circulação de ar, e em marchas curtas como a primeira ou segunda. Para manter o motor funcionando nessas condições a quantidade de combustível é elevada, consumindo mais e formando depósitos de carbono no interior do motor. A bomba de óleo trabalha com baixa circulação de óleo e a circulação de líquido de arrefecimento está em baixa.

Já, em uma estrada, o motor trabalha em um regime de funcionamento constante, com marchas altas como quarta e quinta, com ventilação garantida pelo movimento do carro. As rotações mais elevadas do motor favorecem a queima do combustível, reduzindo o consumo e evitando a carbonização do motor.

Daí o motivo pelo qual o carro do vizinho parece mais ágil e econômico. Com o passar do tempo, a condição de rotações elevadas, combinado com velocidade constante na estrada diminui o acúmulo de carbono no interior do motor, fato que não podemos evitar no trânsito lento da cidade.

Resumindo. Quanto mais tempo você passa no engarrafamento, mais carbonizado fica o motor. E, a cada dia que passa, o motor do seu carro ficará ainda mais carbonizado, aumentando o consumo de combustível, e reduzindo, na mesma proporção, o desempenho.

Portanto, uma coisa é certa – o seu vizinho está com toda razão!!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 8 de novembro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE II

Como já falei anteriormente, todo carro fabricado hoje em dia utiliza a solução de água mais aditivo para arrefecer o motor. Mas, para garantir a eficiência do sistema é importante manter a água no estado líquido. E como isso é feito?


Bem, no Post anterior vimos a importância do uso do aditivo no controle da ebulição da água. Mas o aditivo não faz tudo sozinho. Existe outro fator, ainda mais importante – a pressão. E é a pressão o principal fator no controle da mudança de estado físico.

Para tornar mais fácil o entendimento da relação entre a pressão e a temperatura de ebulição da água, basta voltarmos um pouco aos conceitos aprendidos no ensino fundamental. Lá aprendemos que a água muda de líquido para vapor a 100 °C, só que isso ocorre a pressão atmosférica.

Se aumentarmos a pressão sobre a superfície da água, será necessário aumentar também a temperatura, fazendo com que a água vença a pressão adicional e mude de estado físico. Isso quer dizer que quanto maior a pressão, maior a temperatura de ebulição. Entendeu agora?

O mais interessante é que esse conceito físico é aplicado tanto em utensílios domésticos, como uma panela de pressão, que você usa para cozinhar mais rápido, quanto no sistema de arrefecimento do seu carro.

Nesse caso, o sistema de arrefecimento é pressurizado. O reservatório por onde é adicionado o líquido de arrefecimento possui uma tampa, que faz a função de válvula de controle da pressão, assim como a válvula da panela de pressão. O segredo do sistema é manter a água sempre sob uma pressão maior que a atmosférica, assim, mesma à temperatura de 100°C a água permanecerá no estado líquido.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE I


Certa vez me questionaram sobre o motivo pela qual a água do radiador não ferve mesmo o motor estando a mais de 100°C. É no mínimo uma dúvida com bom fundamento.

A água é um recurso natural abundante e há muito tempo é utilizada como fluido de arrefecimento por ser eficiente no transporte do calor do motor para o radiador, mas o controle de seu ponto de ebulição sempre foi um grande tormento para os projetistas. Apenas para se ter uma idéia, o carro mais vendido do mundo durante metade do século XX utilizava um motor arrefecido a ar, por ser mais simples.

Atualmente, todos os veículos fabricados no mundo, digo todos mesmo, utilizam a água como elemento para arrefecer o motor, por ser mais eficiente, termicamente falando, quando comparada ao ar. Mas utilizar somente a água não garante a eficiência do sistema de arrefecimento. É aí que entra o Aditivo.

O Aditivo adicionado à água do radiador possui uma composição à base de um composto chamado Etilenoglicol. Esta substância, além de agregar características específicas a água, tem como função alterar seu ponto de ebulição e congelamento. Logo, quando adicionamos o Aditivo à água formamos uma mistura, conhecida como líquido de arrefecimento, cuja principal característica é o ponto de ebulição superior a 100°C, e ponto de congelamento abaixo de 0°C.

Isso quer dizer que, mesmo que a temperatura do motor atinja mais de 100°C, a água presente no fluido de arrefecimento permanecerá no estado líquido. Isso é sensacional !!! Mas para que esse controle da temperatura seja eficiente, é preciso atender a proporção entre água e aditivo que é de 30% de aditivo para 70% de água.

Até o próximo Post.

Alexandre

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O QUE É DOWNSIZING?

A cada década, uma nova expressão é adotada no Mundo corporativo, e seus conceitos são seguidos pelas Empresas como dogmas religiosos. Value, Reengeneering, e Core Business são alguns dos termos que fizeram fama. Mas um deles tem tido um sobrevida – o Downsizing.

Essa não é bem uma expressão nova. Foi bastante utilizado na década de 90 na reformulação de fábricas e grades empresas. É um termo derivado do inglês, cujo significado pode ser interpretado como “redução”. É um conceito bastante aplicado à administração, cuja principal característica é a redução dos níveis hierárquicos e do quadro de funcionários com o objetivo de tornar a Empresa mais ágil e eficiente. Alguns sindicalistas sugerem que o termo está associado a demissões, só que escrito de uma forma mais elegante.

Tá, tudo bem, esse Post tá com cara de Blog de Administração. Mas, se você continuar lendo vai entender onde quero chegar. É que desde o início do século XXI esse termo tem assumido grande importância na indústria automotiva. Uma revolução silenciosa tem ocorrido na engenharia, onde o termo tem sido utilizado para batizar projetos de automóveis mais eficientes, e que utilizam sistemas mecânicos mais simples e compactos. Algo como tirar mais de menos !!

A principal vantagem de adotar o Downsizing é utilizar unidades motrizes mais eficientes, com menor consumo de combustível e redução significativa na emissão de poluentes, mantendo os mesmos números de desempenho. Essa prática é um reflexo da pressão exercida pelas exigentes normas de emissões vigentes na Europa. Sem o Downsizing as Montadoras não conseguiram atender tais regulamentações tornando impossível homologar novos veículos.

O maior desafio, portanto, é manter os números de desempenho dos motores de maior capacidade utilizando motores cada vez menores. É perceptível o esforço das Montadoras em todo o Mundo em utilizarem motores de menor cilindrada, muitas vezes turbocomprimidos, em substituição aos antigos motores de maior cilindrada.

Esse fenômeno já se faz presente no Brasil e de forma bastante consistente. O ponta-pé inicial foi dado por uma montadora italiana que lançou um sedan médio dotado de um pequeno, mas valente, motor 1.4 turbo em um segmento até então dominado por motores 1.8 e 2.0.

Essa é a tendência do futuro – motores menores, mais eficientes, econômicos e menos poluentes !! Isso é Downsinzing!!

Alexandre

domingo, 23 de agosto de 2009

USAR SOMENTE ÁLCOOL NO CARRO FLEX PREJUDICA O MOTOR?


Recebi vários e-mails na semana passada de leitores que questionam o uso de 100% de álcool no tanque de um carro Flex. Alguns argumentam que o uso exclusivo do álcool deve ser evitado, sendo recomendado o uso de gasolina em intervalos regulares.

Até entendo essa preocupação. Desde que o Etanol passou a ser utilizado como combustível, há cerca de 30 anos, que os danos causados por ele são conhecidos. Oxidação, entupimento das tubulações e desgaste do motor pela deficiência de lubrificação eram alguns dos problemas enfrentados pelos engenheiros e mecânicos da época.

Tudo isso pelo simples fato do Etanol ser um combustível hidratado, ou seja, com 5% de água em sua composição. Isso significa que as peças metálicas com as quais tem contato podem ser atingidas por oxidação. Mas o maior problema do álcool não reside na água, mas sim no seu nível de acidez que é muito elevado, provocando corrosão.

E, é justamente pelo fato do Etanol ser muito ácido que na era dos finados carros carburados todos os modelos movidos a álcool utilizavam tratamentos químicos com níquel ou cromo, a fim de suportar o combustível “verde”. Quem viveu essa época lembra bem disso.

Hoje em dia, na era dos motores Flex, a preocupação com o uso do álcool continua, mas a tecnologia permite o uso exclusivo de álcool hidratado sem problemas ao motor. Todas as peças que têm contato direto com o combustível são tratadas quimicamente. Mangueiras, dutos, válvulas de admissão e escape, bomba de combustível e anéis dos pistões recebem um banho químico, protegendo-os dos efeitos da oxidação.

Mas existe ainda um problema. As sedes e guias de válvulas são pequenos componentes que apóiam as válvulas do motor permitindo que as mesmas abram e fechem corretamente. Ocorre que essas peças são lubrificadas pelo próprio combustível ao ser injetado no interior da câmara de combustão, e não pelo óleo do motor. O álcool, diferentemente da gasolina, não possui propriedades lubrificantes, ocasionando desgaste prematuro e perda de compressão do motor. A solução encontrada foi modificar o tipo de material utilizado nessas peças, adotando um metal mais resistente.

Portanto não há motivo para preocupação. Abasteça seu carro Flex com álcool, coloque gasolina aditivada no reservatório de partida a frio e seja feliz!!!

Por isso afirmo! Álcool e direção combinam !! Desde que o álcool esteja no tanque !!!

Até próximo Post.

Alexandre

sábado, 8 de agosto de 2009

LIBERAÇÃO DO DIESEL PARA VEICULOS DE PASSEIO. VOCÊ CONCORDA?


No último dia 5 de agosto, a Comissão de Constituição e justiça do Senado deu parecer favorável a um projeto que visa a liberação da venda de veículos de passeio movidos a Diesel o País. Por enquanto é apenas um projeto, que passará por uma avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos, mas o assunto levanta muita polêmica.

A proibição do uso de diesel em carros de passeio é bem antiga, e data de antes do meu nascimento!! Para ser mais preciso, desde 1976 a venda, e não a produção, de veículos Diesel está limitada no País a veículo com capacidade de carga acima de uma tonelada. Ou seja, apenas ônibus, caminhões, utilitários e veículos off-road poderiam adotar o Diesel como combustível.

O objetivo na época era reduzir a dependência do petróleo, que era importado, mas mesmo hoje, tendo alcançado a auto-suficiência de petróleo desde 2006, a liberação para veículos de passeio causaria um desequilíbrio no fornecimento do combustível, exigindo novamente sua importação. Digo isso porque temos hoje uma das maiores frotas de veículos comerciais do mundo, e compartilhar esse combustível com automóveis leves só aumentaria a demanda pelo Diesel.

O problema todo está ligado a decisões tomadas no passado, onde o Governo brasileiro optou por construir estradas em vez de ferrovias, o que resultou na dependência do transporte rodoviário de carga, hoje o maior consumidor do Diesel no País.

Portanto, tal projeto já esbarra na limitada oferta do combustível no País. E, para aqueles que acham que o Bio Diesel pode resolver a questão, aí vai uma informação importante: o objetivo do Bio Diesel é reduzir o consumo de petróleo no País através da adoção de 5% de óleo vegetal, reduzindo também o consumo e a emissão de poluentes, mas não seria suficiente para compensar

Você acha que investir em um novo tipo de motorização em um País que é líder mundial em Tecnologia Flex, e no uso de etanol como Combustível compensa? Deixe o seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

sexta-feira, 24 de julho de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO 1.0?


Quando o carro popular foi lançado, em 1991, a idéia era oferecer um veículo de baixo custo, beneficiado pela redução de imposto para motores de menor capacidade. Criou-se então a categoria dos Carros Populares.

Se você fosse desapegado a itens de conforto, ou tivesse feito voto de pobreza, aquele era o carro ideal. Lembro bem que as montadoras na época aproveitavam modelos de linha e literalmente retiravam todo e qualquer item que pudesse causar no motorista alguma sensação de conforto ou bem-estar. Os carros saiam apenas com retrovisor do lado esquerdo, motor, pneus e rodas, e é claro, estepe, por ser obrigatório. Encosto de cabeça dianteiro? Isso era um luxo digno da categoria dos opcionais!!!

Ainda bem que passados os anos a cenário mudou. O mercado tornou-se mais exigente e os Clientes priorizaram as marcas que ofereciam mais itens de conforto e conveniência. Mas uma coisa ficou – o motor 1.0 !! Criado para atender ao mercado dos populares devido ao imposto, criou raizes e passou a fazer parte da cultura do carro nacional, representando hoje cerca de 60% das vendas. Somos o País dos motores de baixa cilindrada !!!

Mas o que há de mal nisso? Afinal de contas esse motorzinho equipa atualmente hatches compactos, pequenos sedans e já carregou até peruas !!! A questão é que com os motores 1.4, os “Mil” perderam um pouco o sentido. Tem até montadora que não produz mais essa motorização.

Vamos analisar os Fatos:

  • O custo de manutenção de um motor 1.4 é praticamente o mesmo de um 1.0, não exigindo cuidados adicionais ou peças de reposição caras.
  • A capacidade volumétrica 40% maior do motor 1.4 produz mais potência e o mais importante, Torque mais abundante, o que explica o item abaixo.
  • O consumo de combustível é muito próximo, chegando em alguns casos a ser mais favorável no caso do 1.4. E que em relação ao 1.0 esse motor tem mais força, evitando que o motorista precise acelerar mais ou reduzir marchas constantemente.
  • O preço final do veículo é bem próximo do 1.0, tendo ainda a vantagem de oferecer de série, itens que no modelo 1.0 são opcionais.
  • E, ao comprar um 1.4 você sai da categoria dos populares, ganhando um pouco mais de status !!
Portanto, não tenha dúvida !!! Gaste um pouquinho mais e leve o motor 1.4. Vale a pena !!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 5 de julho de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE III

Hoje vamos falar da mais importante das luzes espia – a lâmpada de emergência do óleo do motor.

Como identificar a luz espia
Essa luz de emergência é a principal dentre todas as demais luzes espia, pois assegura que o motor está em condições de funcionar. A simbologia utilizada para essa luz espia não varia muito de montadora para montadora, assumindo a coloração vermelha para chamar atenção do motorista, e o formato de uma motolia, que mais parece com lâmpada onde mora o Gênio de Aladin, com uma pequena gotinha na ponta.

Como Funciona
A luz de emergência do óleo do motor está ligada diretamente a um pequeno sensor instalado na parte superior do motor. Quando se dá partida no carro, o óleo que está depositado no cárter é bombeado para o cabeçote, garantindo a lubrificação dos componentes interno do motor. A pressão do óleo abre o contato elétrico do sensor, apagando a luz no painel. Se o nível de óleo do motor está baixo, não há pressão suficiente para acionar o sensor, mantendo a luz espia acesa permanentemente no painel.

O que fazer
Caso a luz de emergência do nível de óleo do motor acenda no painel com o veículo em funcionamento, encoste o carro em um local seguro e desligue o motor de imediato. Espere alguns minutos e verifique o nível do óleo com a vareta. Verifique também se há vazamento de óleo por baixo do carro. Caso o nível de óleo esteja baixo evite funcionar o motor e se possível transporte o carro em um reboque até uma Concessionária ou Oficina de confiança.

Resumindo. É bom acreditar nessa luz espia, pois isso pode economizar algumas centenas de reais da sua conta corrente !!

Até o próximo Post.

Alexandre

O QUE É TROPICALIZAÇÃO?


Todo veículo, quando em desenvolvimento, é exigido nas mais adversas condições de clima e solo. Seja sob o calor escaldante do deserto, seja no frio cortante do círculo polar ártico. Este teste ou prova de resistência, é conhecido como “Road Test”, e tem a finalidade de aperfeiçoar os componentes do veículo, monitorando, através de computadores, o nível de desgaste das peças e seu comportamento.

Costumo dizer que o verdadeiro teste é rodar nas estradas brasileiras. Isso sim é que é teste de durabilidade.!! E, para que um veículo produzido no exterior, onde as estradas são lisas como uma mesa de bilhar, possa “sobreviver” as rodovias nacionais é preciso passar por adequações. Este tratamento é conhecido no Brasil como Tropicalização e é um item obrigatório para carros importados para nosso País.

A Tropicalização é caracterizada, principalmente, pelas alterações realizadas no sistema de alimentação de combustível, buscando adequar o motor do veículo à gasolina como 26% de álcool, garantindo sua vida útil e o nível de emissão de poluentes. Neste caso, é realizada a substituição das mangueiras e tubulações, além do tratamento da bomba de combustível e modificações no gerenciamento eletrônico do motor. Estas alterações resultam em uma pequena perda de potência, algo em torno de 5%.

Porém, a Tropicalização não se limita apenas a adequação ao combustível. A suspensão do veículo recebe reforços nas buchas e articulações, tendo as molas e amortecedores sua carga redimensionada para suportar a buraqueira do dia-a-dia. São adotados também, pneus com perfil mais alto preparando o veículo para as condições de rodagem no País.

Por fim, é realizada ainda a melhoria das vedações e guarnições dos vidros e das portas, com o objetivo de impedir a entrada de poeira no habitáculo. Esse trabalho de reengenharia é tão bem feito que, em muitos casos, as alterações realizadas passam a constar nos carros novos na linha de produção.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 6 de junho de 2009

PARA QUE SERVE O CÁRTER DO MOTOR?


Esse Post foi elaborado para esclarecer a dúvida de duas leitoras do Blog sobre o Cárter e a viscosidade do óleo. Então, vamos lá.

O Cárter é a parte inferior do motor, e nada mais é que um recipiente metálico onde fica acumulado o óleo lubrificante. Sua função é manter um certo nível de óleo de modo a garantir a lubrificação do motor. Com o carro desligado, o óleo que circulou pelo motor escorre por gravidade até o Cárter onde fica acumulado para a próxima vez em quem o motor for ligado. Esse reservatório ajuda também a resfriar o óleo.

O volume do Cárter varia de acordo com cada motor e veículo, acumulando normalmente algo como quatro litros de óleo em seu interior. Para verificarmos se o nível está correto utilizamos uma vareta que fica parcialmente imersa no lubrificante. Ao verificar o nível, devemos estar com o motor desligado e frio. Assim, garantimos que todo o óleo estará acumulado no Carter. Retire a vareta e limpe sua extremidade, colocando-a no lugar, e esperando alguns segundos. Em seguida retire-a visualizando se o nível do óleo encontra-se entre a marcação de mínimo e máximo.

Lembre-se de que, com o motor frio, a viscosidade do óleo aumenta e o volume ocupado por ele diminui. Logo, o nível tende a ser mais baixo. Já durante o funcionamento, o óleo recebe parte do calor gerado pela queima do combustível, auxiliando na refrigeração do motor. O calor faz com que o volume do óleo aumente, resultando em um nível mais elevado.

O importante é que o nível do óleo esteja entre as marcas de “Mínimo” e ‘Máximo” da vareta, com o motor frio. Se completarmos o óleo até a marca de “Maximo”, com o aquecimento, o volume de óleo irá aumentar, podendo prejudicar o motor.

A viscosidade do óleo também é importante. Quando novo, o óleo apresenta coloração no tom caramelo, com a consistência próxima do mel de abelha. O escurecimento do óleo indica que ele está cumprindo uma de suas funções que é limpar os resíduos do motor – o que é um bom sinal. O que não pode é o óleo tornar-se muito grosso, formando uma pasta escura, semelhante a graxa de sapato. Isso é indício de que ocorreu contaminação do óleo. E, a menos que você tenha algumas centenas de reais disponíveis na conta, é bom substituir o óleo de imediato, sob o risco de danos permanentes ao motor.

Até o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

RUIDO COM O MOTOR FRIO É NORMAL?


A maioria dos motores possui um componente pouco conhecido - o Tucho. E é esse ilustre desconhecido que possui a nobre missão de transmitir o movimento do comando de válvulas para as válvulas do motor. Além disso, possui a função de limitar a folga entre o comando de válvulas e as válvulas.

Basicamente, há dois tipos de tucho: o “mecânico” e hidráulico”, mas todos eles possuem a mesma função. A diferença é que o tucho mecânico utiliza uma pastilha metálica enquanto que o hidráulico utiliza óleo para movimentar o tucho

Com o motor frio, o óleo está completamente acumulado na parte inferior do motor chamado de cárter. Isso inclui também o óleo que preenche os tuchos hidráulicos. Ocorre que ao dar partida nessa condição, o óleo, ainda muito viscoso em função da temperatura, tem dificuldade de circular pelo motor e atingir o cabeçote para realizar a lubrificação. Os tuchos, por estarem descarregados, aumentam a folga entre o comando de válvulas.

O barulho no motor, nessa situação, assemelha-se a uma seqüência de pequenos batidos, lembrando um pouco uma máquina de escrever. Na verdade é o ruído causado pela folga excessiva entre o tucho e o comando de válvulas. Mas não há o que temer pois à medida que o óleo aquece e a lubrificação é retomada, o óleo consegue circular por entre as canaletas, preenchendo os tuchos e reduzindo a folga.

Portanto, se escutamos um ruído com o motor frio, semelhante a batidos, por alguns breves minutos, podemos considerar normal. Mas, se o ruído permanece, mesmo com o motor aquecido, é preciso ir a uma oficina. O problema pode estar na bomba de óleo ou na viscosidade do óleo lubrificante.


Até o próximo Post.
Alexandre
Dicas Auto Serviço
  • Escutar leves batidos com o motor frio em um carro multiválvulas é normal.
  • O período de troca do óleo de um motor multiválvulas deves ser de 5.000Km.
  • Ruído constante, mesmo com o motor quente, é indício de problemas de lubrificação.
Saiba mais sobre o assunto:

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

UM CARRO COM HODÔMETRO DIGITAL É MAIS CONFIÁVEL?


O hodômetro é um dispositivo mecânico cuja função é registrar a distância percorrida pelo veículo em metros e quilômetros. E, por tornar possível a identificação da quilometragem do carro, passou a servir como uma espécie de “ atestado de uso” na hora da revenda.

No sistema convencional, o hodômetro é acionado por um cabo que também é utilizado para acionar o velocímetro. Este cabo conta com uma pequena engrenagem ligada ao diferencial do veículo, que através de uma relação de transmissão, converte cada giro do diferencial em metros, sendo a distância indicada em um mostrador do painel. Pela simplicidade do sistema é possível desconectar o cabo e alterar o mostrador no painel.

Alguns carros com injeção eletrônica possuem um hodômetro digital, onde a informação é mostrada em um display no painel de instrumentos. Neste caso, um sensor montado no diferencia produz sinais elétricos reconhecidos por uma central eletrônica que os converte em dados numéricos indicando a quilometragem.

É importante saber que em alguns veículos com hodômetro digital a informação da quilometragem é registrada no próprio painel de instrumentos, o que facilita a adulteração, pois basta substituir o painel completo. Já os carros mais modernos apresentam recursos bastante confiáveis, pois as informações sobre a quilometragem do veículo ficam armazenadas em uma memória na própria central de injeção eletrônica, o que impede qualquer tipo de fraude.

Até o próximo Post

Alexandre


Dicas AutoServiço

  • Adulterar o hodômetro de um veículo é considerado crime.
  • Hodômetros analógicos não são confiáveis por serem adulterados com facilidade.
  • Hodômetros digitais modernos registram a quilometragem real na central de injeção.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

COM O MOTOR DESLIGADO É NORMAL O VENTILADOR NÃO FUNCIONAR?


Se o seu carro não mantém o ventilador acionado quando o motor está desligado isso é normal. Desde que seu carro seja relativamente novo e o motor não esteja aquecendo...

É que nos veículos mais atuais, quem comanda o acionamento do eletroventilador do radiador é a Central do sistema de injeção eletrônica, ativando o ventilador apenas no momento correto. Esse sistema utiliza a informação do sensor de temperatura da água para indicar se há ou não necessidade de acionamento do ventilador.

Normalmente, a ativação do ventilador é realizada quando há a necessidade de uma refrigeração mais eficiente do sistema de arrefecimento, como quando o veículo está parado no trânsito, ou quando o ar condicionado é acionado.

Agora, se pensarmos bem, acionar o ventilador com o motor desligado não traz benefício algum. É que estaremos refrigerando apenas a água que está no interior do radiador, o que traz pouco resultado...Além do que, manter o ventilador funcionando com o parado consome a bateria.

Nos Sistemas mais antigos, o acionamento do ventilador é responsabilidade de uma válvula chamada vulgarmente de "Cebolão". Essa válvula utiliza um par bi-metálico que fecha o contato do ventilador sempre que a temperatura chega a um determinado valor. Ou seja, o funcionamento do ventilador independe se o motor está ligado ou desligado...


Até o próximo Post

Alexandre

Dicas Auto Serviço
  • Utilizar apenas água no radiador provoca oxidação e entupimento do sistema de arrefecimento.
  • Utilize sempre aditivo no sistema de arrefecimento, na proporção de 30% de aditivo para 70% de água.
  • Realize a limpeza do sistema de arrefecimento entre 20.000 e 30.000 Km

sábado, 6 de dezembro de 2008

O QUE É CARBONIZAÇÃO?


Um dos maiores inimigos da saúde de qualquer motor movido a Gasolina é resultado da queima incompleta do combustível. A Carbonização, como é conhecido o problema, é a formação de resíduos de carbono derivados da combustão ineficiente.
Vou utilizar um exemplo de nosso cotidiano para ilustrar o caso. Imaginem uma dona de casa. Ela consegue saber o momento da troca do botijão de gás apenas pela cor da chama do fogão, que passa do tom azul para assumir uma coloração alaranjada. Ela observa ainda, que o fundo da panela fica escuro pela formação de uma fina camada de pó preto. Essa mancha escura nada mais é que resíduo de carbono que compõe o gás que não foi totalmente queimado, acumulando no fundo da panela. E é exatamente isso que ocorre no motor.

Quando a combustão da gasolina não é completa, parte do carbono não queimado se acumula nas válvulas, pistões e câmaras do motor. Daí o nome carbonização.

Fatores como a qualidade do combustível ou deficiências do sistema de ignição, como velas de ignição gastas, influenciam na carbonização do motor. Mas, o principal responsável é, sem dúvida, a maneira de dirigir. É que a troca de marchas no momento errado prejudica a queima do combustível, gerando resíduos que se acumulam no interior do motor.

O principal sintoma da carbonização do motor é a perda gradativa de potência do motor, e conseqüente aumento do consumo e emissão de poluentes.

Mas porque a gasolina carboniza mais o motor que o Álcool? Bem isso veremos em um próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Velas de ignição gastas carbonizam o motor.
  • Trocar as marchas no tempo certo reduza tendência de carbonização do motor.
  • Cuidado ao realizar a descarbonização do motor com produtos pressurizados.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

EM UM CARRO 0KM É PRECISO AMACIAR O MOTOR?


Há aproximadamente 20 anos atrás, ao se comprar um carro novo, o vendedor recomendava sempre realizar o amaciamento do motor. O Amaciamento, procedimento comum na época, consistia em rodar com o veículo sem acelerações bruscas, evitando manter altas velocidades por um longo período, de forma a acomodar as peças do motor. Era preciso também, esperar aquecer o motor antes de sair com o carro, além de manter a rotação, segundos antes de desligar o motor. A troca de óleo deveria ser realizada inicialmente com 1.000 Km

Verdade seja dita, naquela época a usinagem do motor era concluída com o motor em funcionamento!! Devido às deficiências nos processos de fabricação, alguns componentes apresentavam pequenas irregularidades no acabamento superficial das peças, o que contribuía para o aumento do desgaste em função do atrito elevado entre as peças. Era possível observar nas primeiras trocas de óleo, entre 2.000 e 3.000 km, a presença de pequenas partículas metálicas resultantes da acomodação das peças.

Atualmente, o desenvolvimento de novos óleos lubrificantes, e a evolução dos processos de usinagem e fundição dos componentes do motor, tornam esta prática desnecessária, apesar de ainda utilizada por alguns motoristas.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • Em um veículo OK não é preciso amaciar o motor.
  • Trocar o óleo e o filtro regularmente aumentam a vida útil do motor.
  • A vida útil dos motores atuais é de aproximadamente 300.000 Km.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – NÍVEL DE ÓLEO


Por diversas vezes presenciei motoristas cuidadosos, que verificam semanalmente o nível do óleo, pressão dos pneus e nível da água do radiador, procurando manter o veículo em condições de uso. Uma iniciativa com certeza louvável.

Mas tenho percebido também, que durante a verificação, alguns motoristas fazem questão de manter o óleo do motor sempre no nível máximo. O importante, na verdade, é que o nível esteja compreendido entre a marcação de máximo e o mínimo, pois o óleo ao aquecer, expande, aumentando consideravelmente de volume. Caso o nível esteja muito elevado, o aumento de volume pode resultar no aumento do consumo de óleo.

Por isso, atenção na hora de trocar o óleo. A indicação de mínimo e máximo está gravada na vareta de óleo do motor. Essa medição deve ser feita sempre com o motor frio, retirando a vareta e limpando sua extremidade. Ao introduzir novamente a vareta no motor, sua extremidade entrará em contato com o óleo acumulado no cárter. A viscosidade do óleo garante que se forme uma película sobre a vareta permitindo a leitura do nível.

Algumas varetas não possuem indicação de máximo e mínimo, mas sim, uma pequena superfície estriada na extremidade. A indicação de máximo representa exatamente o comprimento dessa parte estriada.

Medir o nível do óleo com o motor quente não é recomendado, pois irá apresentar uma falsa indicação do nível. Com o óleo está aquecido, o nível se eleva indicando uma quantidade maior de óleo.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • Mantenha o nível do óleo entre a indicação de máximo e mínimo.
  • Verifique o nível do óleo sempre com o motor frio.
  • Verifique o nível do óleo, ao menos, duas vezes ao mês.

domingo, 9 de novembro de 2008

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – TIPO DE MOTOR


Quando iniciei a série de Posts intitulados “Tudo sobre óleo do motor” minha preocupação era repassar informações que considero mais importantes. Apresentamos a classificação do óleo quanto à qualidade e viscosidade. Nesse Post vamos entender que para cada tipo de motor recomendamos um período de troca distinto.

De modo a facilitar o entendimento, identifiquei três tipos de motores com características distintas. Não importa se o motor é de quatro, seis ou mais cilindros. Muito menos se o motor está disposto em linha ou em “V”. Essas características não influenciam no período de troca. O que é determinante para a substituição do óleo é o número de válvulas do motor, e se o motor é aspirado ou turbocomprimido.

Motores multiválvulas
Esses motores são caracterizados pela presença de mais de duas válvulas por cilindro. Por contarem com um número maior de peças, tornam o motor mais sofisticado e complexo. O maior número de componentes nesse tipo de motor exige uma melhor lubrificação. Em função disso a troca do óleo deve ser realizada a cada 5.000Km, seja em circuito urbano ou em estradas. Uma atenção especial deve ser dada principalmente aos motores multiválvulas de baixa cilindrada, como os 1.0 16v. Esses motores apresenta maior tendência de carbonização e degradação do óleo quando em uso na cidade.

Motores TurboNo caso dos motores sobrealimentados o rigor com o período de troca do óleo é ainda maior, devido à necessidade de lubrificação da turbina. O período de troca deve se limitar a 3.500 Km na cidade, estendendo até 5.000 Km em percurso rodoviário. A justificativa para um período tão curto é o fato da Turbina possuir mancais flutuantes, ou seja, é a película formada pelo óleo que apóia o eixo da Turbina. Logo, se a qualidade do óleo estiver comprometida afetará diretamente a vida útil do turbo.

Motores 8 válvulas
Já no caso dos motores com 8 válvulas, por serem mais simples mecanicamente, podem ter seu período de troca estendidos até 7.500 Km quando utilizado em condição de estrada. Em uso urbano, recomenda-se substituir o lubrificante a cada 5000Km em uso exclusivamente urbano.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Os custos com a troca de óleo e filtro são irrisórios quando comparadas a um problema no motor.
  • Reduza pela metade o período de troca de óleo informado no Manual do veículo.
  • Troque sempre óleo e filtro. Evite estar apenas completando o nível.