terça-feira, 30 de dezembro de 2008

COM O MOTOR DESLIGADO É NORMAL O VENTILADOR NÃO FUNCIONAR?


Se o seu carro não mantém o ventilador acionado quando o motor está desligado isso é normal. Desde que seu carro seja relativamente novo e o motor não esteja aquecendo...

É que nos veículos mais atuais, quem comanda o acionamento do eletroventilador do radiador é a Central do sistema de injeção eletrônica, ativando o ventilador apenas no momento correto. Esse sistema utiliza a informação do sensor de temperatura da água para indicar se há ou não necessidade de acionamento do ventilador.

Normalmente, a ativação do ventilador é realizada quando há a necessidade de uma refrigeração mais eficiente do sistema de arrefecimento, como quando o veículo está parado no trânsito, ou quando o ar condicionado é acionado.

Agora, se pensarmos bem, acionar o ventilador com o motor desligado não traz benefício algum. É que estaremos refrigerando apenas a água que está no interior do radiador, o que traz pouco resultado...Além do que, manter o ventilador funcionando com o parado consome a bateria.

Nos Sistemas mais antigos, o acionamento do ventilador é responsabilidade de uma válvula chamada vulgarmente de "Cebolão". Essa válvula utiliza um par bi-metálico que fecha o contato do ventilador sempre que a temperatura chega a um determinado valor. Ou seja, o funcionamento do ventilador independe se o motor está ligado ou desligado...


Até o próximo Post

Alexandre

Dicas Auto Serviço
  • Utilizar apenas água no radiador provoca oxidação e entupimento do sistema de arrefecimento.
  • Utilize sempre aditivo no sistema de arrefecimento, na proporção de 30% de aditivo para 70% de água.
  • Realize a limpeza do sistema de arrefecimento entre 20.000 e 30.000 Km

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

VIDEO - A escolha do combustível na viagem com carro flex

Esse Video mostra uma matéria interessante sobre o uso de Álcool ou Gasolina numa viagem.

Reportagem da Band, publicada no Uol Mais.

Alexandre

Para ver o video, basta clicar no link abaixo:

UOL Mais › A escolha do combustível na viagem com carro flex

TREPIDAÇÃO NO PEDAL DE FREIO NO CARRO COM ABS É NORMAL.


Ao realizar uma frenagem de emergência o motorista pressiona o pedal de freio de forma brusca. A tendência é que a pressão exercida sobre as pinças de freio provoque o travamento das rodas. Ocorrendo isso, o espaço de frenagem é drasticamente ampliado, além da dirigibilidade ficar comprometida nessa situação.

O ABS ( Anti Lock Brake System ) é um Sistema que foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar em condições de frenagens bruscas impedindo o travamento das rodas, aumentando assim, consideravelmente a segurança.

O sistema é composto por sensores instalados nas rodas que medem a desaceleração de cada roda individualmente comparando o resultado com as demais. Caso uma delas desacelere mais rápido que as outras, é indício de travamento. Nesse caso, a unidade eletrohidráulica do ABS ativa uma válvula, liberando a pressão sobre a pinça de freio, fazendo com que a roda acelere novamente. Em seguida, a pressão é novamente exercida sobre a pinça. Esse processo é repetido dezenas de vezes por segundo.

O vai-e-vem de fluido de freio pelas tubulações gera uma pequena vibração no pedal, o que pode ser caracterizado como normal. A trepidação do pedal é um indício que o ABS está funcionando, e que portanto não deve ser tratado como defeito.

Mas, alguns motoristas, talvez por não conhecerem o sistema, retiram o pé do pedal de freio, o que é incorreto, pois ao aliviar a pressão sobre o pedal durante uma frenagem estamos comprometend a eficiência dos freios.

Até o próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • A trepidação do pedal numa frenagem de emergência é normal.
  • O Sisteam ABS evita o travamento das rodas e mfrenagesn de emergência.
  • Em um carro com ABS utiliza fluido de freio DOT 5

sábado, 20 de dezembro de 2008

PERDA DE EFICIÊNCIA DO AR CONDICIONADO PODE ESTAR LIGADA AO FILTRO DE CABINE.



A perda de eficiência de um sistema de ar condicionado nem sempre está relacionado a um vazamento. O problema pode estar em um componente que muitos até desconhecem – o Filtro de Cabine.

É que boa parte dos veículos produzidos no País saem de Fábrica com um elemento filtrante cuja função é reter partículas de poeira impedindo que as mesmas cheguem ao habitáculo. Esse Filtro é fabricado em uma fibra especial de poliéster que retém partículas menores que um grão de poeira, como o Pólem, maior causador de alergias. Alguns possuem até tratamento químico para inibir odores.

Localizado por trás do painel, mais precisamente na caixa de ar, esse Filtro é responsável pela qualidade do ar admitido no interior do veículo, funcionando como uma barreira para partículas e impurezas.

E, assim como qualquer filtro, precisa ser substituído dentro de um prazo determinado. Quando esse período é ultrapassado o Filtro fica saturado de impurezas comprometendo sua eficiência. Nessa condição, o fluxo de ar é restringido, reduzindo consideravelmente o rendimento do sistema de Ar Condicionado do veículo.

Portanto, para garantir a qualidade do ar que vai para o habitáculo é preciso substituir o Filtro a cada 30.000 Km. Fazendo isso, você evita mau cheiro ao ligar o ar condicionado, melhora o fluxo de ar que sai pelas aletas de ventilação e elimina impurezas que podem causar alergias.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • Mau cheiro ao ligar o Ar Condicionado pode ser causado pelo Filtro sujo.
  • Substituir o Filtro dentro do prazo aumenta a eficiência do Ar Condicionado.
  • O Filtro de Cabine deve ser substituído a cada 30.000 Km.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PORQUE NÃO É RECOMENDADO REPOUSAR A MÃO SOBRE A ALAVANCA DE MARCHAS?

Um hábito muito comum entre os motoristas brasileiros é repousar a mão sobre a alavanca de marchas, e que deve ser combatido por dois motivos. O primeiro, diz respeito à segurança, pois o correto é permanecer sempre com as duas mãos sobre o volante. O Segundo, é que esta postura, além de insegura, prejudica os componentes do câmbio.

Se observarmos, a alavanca de marchas possui uma vibração natural, causada pelo movimento dos componentes do motor e do câmbio. Quando repousamos a mão sobre a alavanca limitamos este movimento, o que pode ocasionar uma folga nas pequenas buchas que compõem as articulações do sistema de mudança de marcha ou o desgaste dos garfos de acionamento do câmbio.

A pressão exercida pelo peso da mão sobre a alavanca pressiona os garfos de acionamento das engrenagens das marchas contra o anel sincronizador, que é o responsável pelo engate. Nessa situação esses componentes são mantidos em uma posição de pré-acionamento. O contato permanente dessas peças resulta no desgaste prematuro do conjunto, podendo ocasionar dificuldades de engrenamento das marchas, vibrações excessivas e ruído durante a troca de marchas.


Até o próximo Post.

Alexandre
Dicas AutoServiço
  • Mantenha sempre as duas mãos sobre o volante.
  • Repousar a mão sobre a alavanca ocasiona folgas e desgaste prematuro dos componentes do câmbio.


  • O desgaste do câmbio provoca dificuldades de engate, vibrações e ruído durante a troca de marchas.
  • sábado, 13 de dezembro de 2008

    COMO FUNCIONA O CARRO FLEX – PARTE III


    No Post segundo Post da Série sobre o funcionamento do carro Flex explicamos como o sistema de injeção eletrônica identifica quando ocorre abastecimento. Hoje, iremos falar como a central sabe que após o abastecimento houve mudança de combustível.

    E esse foi o maior desafio dos engenheiros. Como tornar possível a identificação da mistura presente no tanque? Bem, os primeiros protótipos utilizavam um sensor instalado no tanque que media a densidade do combustível. Daí, pela diferença de densidade entre a gasolina e o álcool era possível identificar a mistura no tanque. Só que isso exigia a instalação de um novo sensor.

    A solução veio através de um software. Um sofisticado programa instalado na Central eletrônica permitiu que utilizando o sinal da sonda de oxigênio presente no escapamento fosse possível identificar a mistura de combustível. Ou seja, sem a necessidade de utilização de novos sensores que resultariam em mais custo, apenas através de cálculos é possível identificar, com precisão, se o tanque está abastecido com álcool hidratado, gasolina, ou a mistura, em qualquer proporção, dos dois combustíveis.

    Explicando melhor. O sensor instalado no escapamento “lê” a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape, informando à Central eletrônica através de sinais elétricos. Esses sinais são processados e interpretados pelo Software que determina com precisão o combustível presente no tanque. Essa estratégia conhecida como “Aprendizado”, ocorre sempre que haja abastecimento maior que três litros no tanque, e dura em torno de 15 segundos.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço


    • São necessários em torno de 15 segundos para a Central aprender o novo combustível.
    • Os carros Flex são mais sensíveis a combustíveis adulterados.
    • O reconhecimento do combustível ocorre após o abastecimento.
    Para saber mais sobre o assunto:

    sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

    SAIBA MAIS SOBRE O FAROL DE XENON.


    Há algum tempo atrás os faróis de Xenon eram exclusividade de modelos importados de luxo, e logo tornaram-se sinônimo de exclusividade e sofisticação. Mas, por trás da beleza existe a funcionalidade. E é isso que diferencia a tecnologia de faróis de Xenon de outros sistemas de iluminação convencional por produzirem um feixe luminoso mais consistente e eficiente.

    É que ao contrário das lâmpadas convencionais que utilizam um filamento de tungstênio incandencente para produzir luminosidade, o faróis por descarga de gás utilizam reatores de alta descarga elétrica conhecidos como HID ( Hid Intensity Discharge ). Nele utiliza-se uma lâmpada especial, cujo bulbo é preenchido com uma mistura de gases nobres do qual se sobressai o Xenônio. A luminosidade é produzida pela passagem de uma corrente elétrica nos eletrodos internos, ionizando o gás. Mas para que isso ocorra é necessário gerar uma elevada tensão elétrica, da ordem de 20.000 volts. Por isso a necessidade de um reator e um starter ou ignitor.

    Como não há filamento aquecido, esse tipo de lâmpada possui maior vida útil, pois se torna mais resistente a vibrações e impactos. A durabilidade chega a 3.000 horas de uso, ante apenas 300horas do modelo convencional.

    A luminosidade produzida pelo gás pode ser cinco vezes superior quando comparada ao o sistema Halógeno, com um consumo de corrente elétrica 40 por cento menor.

    A coloração do feixe luminoso produzido pela lâmpada de Xenon é branco azulado diferentemente do facho amarelado dos faróis convencionais. A cor varia em função da temperatura, passando de 3.000K na cor branca a até 6.000K na cor azul.

    Nos próximos Posts falaremos sobre a nova regulamentação do Cotran para uso de faróis de Xenon.


    Até o próximo Post

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • A capacidade de iluminação do Xenon é até cinco vezes maior que uma lâmpada comum.
    • Quanto maior a temperatura, mais azulado é o feixe luminoso.
    • A lâmpada de Xenon dura até 3.000 horas.

    sábado, 6 de dezembro de 2008

    O QUE É CARBONIZAÇÃO?


    Um dos maiores inimigos da saúde de qualquer motor movido a Gasolina é resultado da queima incompleta do combustível. A Carbonização, como é conhecido o problema, é a formação de resíduos de carbono derivados da combustão ineficiente.
    Vou utilizar um exemplo de nosso cotidiano para ilustrar o caso. Imaginem uma dona de casa. Ela consegue saber o momento da troca do botijão de gás apenas pela cor da chama do fogão, que passa do tom azul para assumir uma coloração alaranjada. Ela observa ainda, que o fundo da panela fica escuro pela formação de uma fina camada de pó preto. Essa mancha escura nada mais é que resíduo de carbono que compõe o gás que não foi totalmente queimado, acumulando no fundo da panela. E é exatamente isso que ocorre no motor.

    Quando a combustão da gasolina não é completa, parte do carbono não queimado se acumula nas válvulas, pistões e câmaras do motor. Daí o nome carbonização.

    Fatores como a qualidade do combustível ou deficiências do sistema de ignição, como velas de ignição gastas, influenciam na carbonização do motor. Mas, o principal responsável é, sem dúvida, a maneira de dirigir. É que a troca de marchas no momento errado prejudica a queima do combustível, gerando resíduos que se acumulam no interior do motor.

    O principal sintoma da carbonização do motor é a perda gradativa de potência do motor, e conseqüente aumento do consumo e emissão de poluentes.

    Mas porque a gasolina carboniza mais o motor que o Álcool? Bem isso veremos em um próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Velas de ignição gastas carbonizam o motor.
    • Trocar as marchas no tempo certo reduza tendência de carbonização do motor.
    • Cuidado ao realizar a descarbonização do motor com produtos pressurizados.

    sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

    EM UM CARRO 0KM É PRECISO AMACIAR O MOTOR?


    Há aproximadamente 20 anos atrás, ao se comprar um carro novo, o vendedor recomendava sempre realizar o amaciamento do motor. O Amaciamento, procedimento comum na época, consistia em rodar com o veículo sem acelerações bruscas, evitando manter altas velocidades por um longo período, de forma a acomodar as peças do motor. Era preciso também, esperar aquecer o motor antes de sair com o carro, além de manter a rotação, segundos antes de desligar o motor. A troca de óleo deveria ser realizada inicialmente com 1.000 Km

    Verdade seja dita, naquela época a usinagem do motor era concluída com o motor em funcionamento!! Devido às deficiências nos processos de fabricação, alguns componentes apresentavam pequenas irregularidades no acabamento superficial das peças, o que contribuía para o aumento do desgaste em função do atrito elevado entre as peças. Era possível observar nas primeiras trocas de óleo, entre 2.000 e 3.000 km, a presença de pequenas partículas metálicas resultantes da acomodação das peças.

    Atualmente, o desenvolvimento de novos óleos lubrificantes, e a evolução dos processos de usinagem e fundição dos componentes do motor, tornam esta prática desnecessária, apesar de ainda utilizada por alguns motoristas.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço

    • Em um veículo OK não é preciso amaciar o motor.
    • Trocar o óleo e o filtro regularmente aumentam a vida útil do motor.
    • A vida útil dos motores atuais é de aproximadamente 300.000 Km.

    sábado, 29 de novembro de 2008

    APRENDA A IDENTIFICAR VAZAMENTO DE GÁS NO AR CONDICIONADO.


    Essa semana recebi alguns e-mails relatando problemas com ar condicionado. Mais especificamente, sobre vazamento. Resolvi então, elaborar um Post sobre o assunto com o objetivo de ajudar os leitores do Blog. São dicas que podem esclarecer a perda de eficiência do sistema de ar condicionado.

    - Funcione o motor e ligue o botão do ar condicionado. Após um ou dois segundos devemos escutar o acoplamento da embreagem magnética do compressor. Um ruído semelhante a um " plac". O não atracamento do compressor é um forte indício de quantidade insuficiente de gás refrigerante.

    - Ainda com o motor funcionando, verifique se o compressor entra e sai, repetidas vezes. O acoplamento e desacoplamento da embreagem do compressor também é um forte indício de gás em excesso ou em falta.

    - Agora, se ao ligar o ar condicionado você percebe um cheiro diferente no interior do carro, isso é vazamento na certa. Principalmente, pelo evaporador, que é um componente do sistema que fica por trás do painel. É que o gás possui um odor característico, sendo percebido nos primeiros instantes de funcionamento. É difícil descrever o odor, mais um técnico especializado com certeza é capaz de identificar.

    - Para ser caracterizado o vazamento é preciso que a perda de eficiência seja gradativa, deixando aos poucos de resfriar. Pois quando há vazamento, a perda de gás é lenta...reduzindo a eficiência gradativamente. Já no caso de um problema elétrico, a perda de eficiência é instantânea.

    Se o seu carro se encaixa em uma das questões acima é indício de vazamento. Nesse caso, o recomendado é dar uma nova carga de gás, acompanhada por um líquido especial chamado contraste. Esse líquido permite identificar vazamentos quando exposto à luz ultravioleta.
    Mas afinal de contas, porque ocorrem os vazamentos? Bem, isso já é assunto para um próximo Post.

    Alexandre

    quarta-feira, 26 de novembro de 2008

    É NORMAL O AIR BAG NÃO ACIONAR EM UMA COLISÃO?


    O Air Bag, é um dispositivo de segurança passiva, ou seja, entra em ação no momento do acidente. Seu objetivo é proteger os passageiros, formando uma proteção que reduz o impacto contra o interior do veículo em caso de colisão.

    Mas para que esse dispositivo possa realmente proteger, é necessário que certas condições sejam atendidas. A primeira exigência é que a colisão seja frontal. Em caso de colisão lateral, traseira, ou mesmo um capotamento, os air bags não são ativados. É que nesses casos, o acionamento das bolsas poderia provocar graves lesões aos passageiros.

    A segunda condição é que a desaceleração provocada pela colisão atinja um valor mínimo, justificando a abertura das bolsas. Para tanto, sensores de desaceleração instalados dentro de uma central eletrônica realizam constantes medições, a fim de determinar o momento exato do acionamento.

    A terceira condição é que os cintos estejam atados. É que, diferentemente do modelo americano onde o cinto não é obrigatório, no Brasil, seguimos o padrão europeu conhecido como Euro Bag, onde o Air bag apenas torna-se eficiente atuando em conjunto com o cinto de segurança.

    Entendemos então, que para que haja o disparo dos Air Bags é preciso atender a determinadas condições. Isso irá garantir a máxima eficiência do sistema e a melhor proteção dos ocupantes do veículo.

    Apenas no caso de um defeito é que o acionamento das bolsas será inibido. Nesse caso uma luz espia permacerá acesa no painel de instrumentos informando ao condutor sobre a anomalia.

    sexta-feira, 21 de novembro de 2008

    TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – NÍVEL DE ÓLEO


    Por diversas vezes presenciei motoristas cuidadosos, que verificam semanalmente o nível do óleo, pressão dos pneus e nível da água do radiador, procurando manter o veículo em condições de uso. Uma iniciativa com certeza louvável.

    Mas tenho percebido também, que durante a verificação, alguns motoristas fazem questão de manter o óleo do motor sempre no nível máximo. O importante, na verdade, é que o nível esteja compreendido entre a marcação de máximo e o mínimo, pois o óleo ao aquecer, expande, aumentando consideravelmente de volume. Caso o nível esteja muito elevado, o aumento de volume pode resultar no aumento do consumo de óleo.

    Por isso, atenção na hora de trocar o óleo. A indicação de mínimo e máximo está gravada na vareta de óleo do motor. Essa medição deve ser feita sempre com o motor frio, retirando a vareta e limpando sua extremidade. Ao introduzir novamente a vareta no motor, sua extremidade entrará em contato com o óleo acumulado no cárter. A viscosidade do óleo garante que se forme uma película sobre a vareta permitindo a leitura do nível.

    Algumas varetas não possuem indicação de máximo e mínimo, mas sim, uma pequena superfície estriada na extremidade. A indicação de máximo representa exatamente o comprimento dessa parte estriada.

    Medir o nível do óleo com o motor quente não é recomendado, pois irá apresentar uma falsa indicação do nível. Com o óleo está aquecido, o nível se eleva indicando uma quantidade maior de óleo.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço

    • Mantenha o nível do óleo entre a indicação de máximo e mínimo.
    • Verifique o nível do óleo sempre com o motor frio.
    • Verifique o nível do óleo, ao menos, duas vezes ao mês.

    sábado, 15 de novembro de 2008

    COMO FUNCIONA O CARRO FLEX - PARTE II


    No primeiro Post da Série “ Como funciona o carro Flex” vimos quais as principais alterações técnicas em relação a um modelo a gasolina. A seguir, veremos como o sistema funciona.

    Basicamente, precisamos entender que o coração do Sistema Flex é um Software instalado na Central de Injeção. Esse software permite que a Central seja capaz de aprender. Isso mesmo, aprender. Essa condição é necessária para permitir ao Sistema poder aprender a mistura de álcool e gasolina presente no tanque, para em seguida, ajustar a quantidade de combustível a ser injetado no motor.

    Em primeiro lugar, o sistema de injeção precisa identificar se houve abastecimento. Isso é muito importante, pois é no abastecimento que pode ocorrer mudança no combustível. Mas como a Central eletrônica sabe quando houve abastecimento? Simples, através do Sensor de Nível.

    Esse sensor é uma espécie de bóia montada dentro do tanque, que informa ao painel de instrumentos o nível de combustível. Nos carros Flex, a informação desse Sensor é compartilhada também com a Central de injeção.

    Sempre que desligamos o carro para abastecer, a central memoriza a última informação do sensor, ou seja, o nível do combustível no tanque. Ao girar a chave após o abastecimento, o sensor de nível irá informar que houve variação, para mais, no nível do tanque.

    Sempre que houver abastecimento maior que três litros no tanque, a central irá utilizar a estratégia de aprendizado para identificar a mistura presente no tanque, podendo ser álcool puro, gasolina pura, ou a mistura dos dois em qualquer proporção.

    E é sobre a estratégia de aprendizado que falaremos nos próximos Posts.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço


    • O Sensor de nível de combustível é fundamental para o funcionamento do sistema Flex.
    • O veículo Flex pode rodar com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis.
    • Cuidado ao abastecer, pois os veículos Flex são mais sensíveis a combustível de má qualidade.
    Para saber mais sobre o assunto:

    quarta-feira, 12 de novembro de 2008

    APRENDA A IDENTIFICAR O LIMITE DE DESGASTE DO PNEU.


    Talvez muitos motoristas desconheçam essa informação, mas é possível saber o momento para realizar a troca dos pneus de um carro. E essa informação está no próprio pneu.

    É que existe uma marcação que indica o desgaste máximo admitido. Esse desgaste é limitado pelo Código Nacional de Trânsito que determina que a profundidade mínima nos sulcos de um pneu não seja inferior a 1,6 mm, medido da base do sulco a parte mais externa da banda de rodagem.

    Essa profundidade mínima é exigida de modo a garantir a remoção da película de água sobre a banda de rodagem, além de permitir a dirigibilidade e o controle do veículo. Abaixo dessa especificação o pneu terá dificuldade de expelir impurezas e água acumuladas sobre a pista.

    A medição da profundidade pode ser realizada em uma loja especializada utilizando um equipamento conhecido como profundímetro, que indica, em milímetros, a profundidade do sulco.

    Porém, esta medição também pode ser realizada no próprio pneu através de um indicador chamado TWI ( Tread Wear Indicator ), que pode ser traduzido como indicador de pegada. O TWI nada mais é que uma pequena saliência no sulco do pneu. Observe que quanto maior o desgaste da banda de rodagem, menor será a profundidade do sulco, tornando a saliência do TWI mais próxima da superfície do pneu. E quando esta saliência se igualar à banda de rodagem, estará sendo indicado o momento da troca dos pneus.

    Esta indicação do nível de desgaste do pneu pode ainda ser percebida através de uma pequena gravação, no formato de um triângulo, existente no ombro lateral do pneu indicando o desgaste máximo permitido.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • O TWI indica o desgaste máximo admitido pelo pneu.
    • A profundidade mínima do sulco do pneu é de 1,6mm.
    • Realizar o rodízio dos pneus garante o desgaste regular da banda de rodagem.

    domingo, 9 de novembro de 2008

    O QUE É AQUELA AGUA QUE PINGA PARA FORA DO CARRO?


    Quem nunca foi questionado sobre uma poça de água que se formou embaixo do carro? Seria um problema no radiador ou uma mangueira estourada? Alguns motoristas ficam intrigados com o suposto vazamento.

    Mas não há motivo para sustos. O que acontece na verdade é um dos fenômenos mais corriqueiros de nosso dia-a-dia. O pinga-pinga nada mais é que condensação, e é o resultado de uma troca térmica entre a umidade presente no ar e as partes frias do sistema de ar condicionado.

    É que, assim como um copo de cerveja gelada “sua” sobre uma mesa na beira da praia, o ar, ao entrar em contato com o evaporador do ar condicionado no interior do painel, cede calor, resultando na condensação do vapor de água.

    Dependendo da umidade relativa do ar na ocasião, o acúmulo de água na parte inferior do painel é considerável. Por isso, um pequeno dreno no fundo do painel direciona a água condensada para o exterior do veículo através de uma pequena mangueira flexível.

    Com o motor em funcionamento e o ar condicionado ligado percebemos o gotejamento por baixo do carro. Esse efeito é bem mais perceptível em cidades litorâneas, onde a umidade relativa é maior, sendo menos percebido em cidades de clima seco.

    Portanto, o gotejamento deve ser considerado normal, sendo um indício que o dreno está desobistruído e a mangueira está removendo o excesso de água do interior da caixa de ar.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas Auto Serviço
    • Gotas de água na parte interna do veículo é indício de dreno obstruído.
    • A obstrução do dreno é causado, normalmente, por folhas que caem das árvores quando o veículo está estacionado ao ar livre.
    • O gotejamento de água por baixo do veículo é normal com o ar condicionado ligado.

    TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – TIPO DE MOTOR


    Quando iniciei a série de Posts intitulados “Tudo sobre óleo do motor” minha preocupação era repassar informações que considero mais importantes. Apresentamos a classificação do óleo quanto à qualidade e viscosidade. Nesse Post vamos entender que para cada tipo de motor recomendamos um período de troca distinto.

    De modo a facilitar o entendimento, identifiquei três tipos de motores com características distintas. Não importa se o motor é de quatro, seis ou mais cilindros. Muito menos se o motor está disposto em linha ou em “V”. Essas características não influenciam no período de troca. O que é determinante para a substituição do óleo é o número de válvulas do motor, e se o motor é aspirado ou turbocomprimido.

    Motores multiválvulas
    Esses motores são caracterizados pela presença de mais de duas válvulas por cilindro. Por contarem com um número maior de peças, tornam o motor mais sofisticado e complexo. O maior número de componentes nesse tipo de motor exige uma melhor lubrificação. Em função disso a troca do óleo deve ser realizada a cada 5.000Km, seja em circuito urbano ou em estradas. Uma atenção especial deve ser dada principalmente aos motores multiválvulas de baixa cilindrada, como os 1.0 16v. Esses motores apresenta maior tendência de carbonização e degradação do óleo quando em uso na cidade.

    Motores TurboNo caso dos motores sobrealimentados o rigor com o período de troca do óleo é ainda maior, devido à necessidade de lubrificação da turbina. O período de troca deve se limitar a 3.500 Km na cidade, estendendo até 5.000 Km em percurso rodoviário. A justificativa para um período tão curto é o fato da Turbina possuir mancais flutuantes, ou seja, é a película formada pelo óleo que apóia o eixo da Turbina. Logo, se a qualidade do óleo estiver comprometida afetará diretamente a vida útil do turbo.

    Motores 8 válvulas
    Já no caso dos motores com 8 válvulas, por serem mais simples mecanicamente, podem ter seu período de troca estendidos até 7.500 Km quando utilizado em condição de estrada. Em uso urbano, recomenda-se substituir o lubrificante a cada 5000Km em uso exclusivamente urbano.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Os custos com a troca de óleo e filtro são irrisórios quando comparadas a um problema no motor.
    • Reduza pela metade o período de troca de óleo informado no Manual do veículo.
    • Troque sempre óleo e filtro. Evite estar apenas completando o nível.

    sábado, 1 de novembro de 2008

    RETIRAR O CATALISADOR AUMENTA A POTÊNCIA DO MOTOR?


    A preparação de motores é uma das áreas mais instigantes da mecânica. Conseguir extrair alguns cavalos a mais de potência é um desafio para qualquer preparador experiente. Para conseguir esse feito é preciso seguir uma receita básica - Aumentar a entrada de ar e combustível no motor e facilitar a saída dos gases de escape.

    E quando falamos em facilitar a saída dos gases de escape muitos entendem como retirar o catalisador. E aí está um grande erro. É que ao contrário do que muitos pensam, o conceito de retirar o Catalisador para que o motor “respire” melhor é distorcido. Esta prática, ainda bastante difundida, não traz benefício algum ao motor. Pelo contrário, resulta em aumento do consumo e perda de desempenho, além, é claro, do risco de Multa e apreensão do veículo.

    O que ocorre na verdade, é que, devido à constituição interna em forma de Colméia, o Catalisador restringe o fluxo de gases, dificultando sua saída. Porém, como isto é determinado ainda na fase de projeto, esta perda de carga é compensada pela programação do Sistema de Injeção e Ignição.

    Portanto, a simples remoção do catalisador, além de proibida por lei, exige alterações profundas no Sistema de Admissão e descarga, através do retrabalho nos coletores ou substituição por um conjunto dimensionado, além da necessidade de remapeamento do Sistema de Gerenciamento Eletrônico do motor para compensar esta alteração.

    Até o próximo Post.

    Dicas AutoServiço
    • Retirar o catalisador aumenta o consumode combustível
    • A vida útil de um catalisador é de 80.000 Km
    • Velas de ignição gastas prejudicam o Catalisador.

    quarta-feira, 29 de outubro de 2008

    GÁS DO AR CONDICIONADO TEM PRAZO DE VALIDADE?


    Qualquer automóvel possui um Manual do proprietário com um plano de manutenção onde a montadora recomenda o momento da substituição de alguns componentes. Há indicação de período de troca do óleo, correias, filtros, velas... Mas e o fluido do ar condicionado? Não existe recomendação de troca?

    Bem, essa informação nunca será encontrada no manual de um veículo, pois o fluido refrigerante não tem prazo de validade! É que no interior do sistema de ar condicionado o fluido sofre apenas transformações físicas, de líquido para gás, e de gás para líquido. Nesse caso, as propriedades do fluido são mantidas, eliminando a necessidade de troca.

    Explicando melhor. Quando queimamos uma folha de papel o estamos transformado em cinzas. Mas das cinzas não posso obter papel. Esse é um exemplo de transformação química, onde as características de um material são alteradas permanentemente. Já numa transformação física, essas características e propriedades são mantidas. A água, por exemplo, quando colocada no congelador muda do estado líquido para sólido. Mas continua sendo água. Se derretermos o gelo obtemos novamente água no estado líquido.

    E é exatamente isso que ocorre como o fluido refrigerante. Dependendo da pressão no sistema, o fluido irá se tornar líquido ou gasoso, infinitas vezes, sem alterar suas características.

    Observe ainda que é incorreto chamar o fluido refrigerante de Gás, pois, como vimos o seu estado físico muda de acordo com a pressão do sistema. E, antes que alguém pergunte, apenas utilizei o termo “Gás” no título do Post por ser mais popular.

    Vimos então que não há prazo para troca do fluido refrigerante. Esse período é indeterminado. Se não houver vazamentos ou contaminação do fluido, pode ter certeza que irá durar mais que o próprio veículo !! Porém, é recomendado, ao menos uma vez ao ano, reciclar o “gás” para eliminar umidade e impurezas do sistema. Esse assunto podemos explicar melhor em um próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço

    • O fluido refrigerante utilizado atualmente é o R 134A.
    • Redução da quantidade de fluido refrigerante é indício de vazamento.
    • Não há prazo para troca do fluido. Esse período é indeterminado.

    sábado, 25 de outubro de 2008

    COMO FUNCIONA O CARRO FLEX – PARTE I

     Posso afirmar que o sistema Flex foi a primeira grande evolução do sistema de injeção desde que foi lançada no País em 1988. E, que desde o final da década de 80 o sistema de injeção havia passado por diversas melhorias e ajustes, mas nenhuma modificação causou tanto impacto quanto o surgimento dos carros Flex em 2003, fato este que considero um marco para a indústria automobilística nacional.

    Mas, passado cinco anos, percebo que muitas pessoas ainda têm dúvidas quanto ao funcionamento do Sistema. Daí a minha iniciativa de fazer Posts abordando temas como partida a frio, mistura de combustíveis e uso de álccol. Mas qual a tecnologia por trás do sistema Flex? Como é possível um mesmo motor utilizar dois combustíveis com características tão distintas? Essas e outras questões serão apresentadas a partir de hoje aqui no Blog.

    Mas antes de entendermos como funciona, é preciso entender o que muda em relação a um veículo similar movido à gasolina. Primeiramente preciso esclarecer que um motor Flex não é um motor a Álcool que pode utilizar Gasolina. Mas sim, um motor originalmente movido à Gasolina que foi adaptado para trabalhar também com Álcool, e isso faz muita diferença.

    O maior desafio dos engenheiros foi adequar o motor ao uso do Álcool hidratado tornando necessário substituir diversos componentes que têm contato direto com o combustível como tubulações, bomba de combustível, material dos pistões, catalisador, injetores entre outros.

    Principais modificações

    • A Central de Injeção sofreu mudanças, passando a utilizar um processador de maior capacidade. Apenas para se ter uma idéia, a capacidade de processamento foi aumentada em mais de 4 vezes.

    • Os injetores passaram a contar com uma vazão 40% maior em relação aos originais a gasolina, de modo a atender a maior necessidade de combustível do motor Flex.

    • A bomba de combustível recebe um tratamento químico a fim de suportar a oxidação causada pela água presente no álcool. Seus componentes internos são protegidos evitando o contato com o combustível.

    • O catalisador assume uma posição mais próxima do motor, de modo a tornar mais eficiente a conversão dos gases de escape.

    • Como o motor Flex precisa funcionar como dois combustíveis, a taxa de compressão nem é a do álcool, em torno de 12:1, nem a da gasolina, próximo de 9,5:1, mas sim intermediária, na faixa de 11,5:1.

      Nos Próximos Posts continuaremos a falar sobre o funcionamento do sistema Flex.

      Alexandre
    Saiba mais sobre o assunto:

    quarta-feira, 22 de outubro de 2008

    COMO FUNCIONA O IMOBILIZADOR? PARTE II


    No primeiro Post Como funciona o imobilizador vimos, de uma forma geral, o funcionamento do sistema. Nesse e nos próximos Posts vamos comparar a primeira e a segunda geração de imobilizadores. Mas para isso, é preciso voltar um pouco no tempo, mas precisamente até o final dos anos 90.

    Nessa época presenciamos o nascimento da primeira geração de imobilizadores, caracterizada pela presença de uma pequena central eletrônica, normalmente instalada na coluna de direção, e um conjunto de chaves, das quais se destacava uma de cor diferenciada conhecida como Chave Mestra.

    Nesse sistema uma pequena antena envolvia o cilindro de ignição e tinha a função de amplificar o sinal emitido por um pequeno chip montado dentro da chave, conhecido como transponder. O sinal gerado pela chave e amplificado pela antena era recebido pela central do imobilizador que tratava de verificar junto a central de injeção a veracidade do código. Uma vez reconhecido o código, a partida do motor era habilitada.

    De funcionamento aparentemente simples, a primeira geração de imobilizadores apresentava algumas deficiências, alem de terem apresentado uma série de problemas com veículos ainda pouco rodados. ( Falo isso com propriedade, pois na época acompanhei de perto algumas brocas !! ). Mas foi o fato de utilizar um único código para habilitar a partida que tornou o imobilizador vulnerável a ação de “hackers”.

    E é justamente em relação ao nível de confiabilidade do sistema que a segunda geração se destaca. Mas aí é assunto para um próximo Post.

    Alexandre
    • Em caso de quebra da chave codificada um chaveiro especializado pode resolver o problema.
    • A primeira geração utilizava uma chave mestra para tornar possível a programação de outras chaves.
    • A luz espia do imobilizador acesa permanentemente no painel é sinal de defeito no sistema.
    Saiba mais sobre o assunto:

    segunda-feira, 20 de outubro de 2008

    RUÍDO AO ENGRENAR A RÉ É NORMAL?


    Muitas pessoas se perguntam o porquê do ruído quando se engrena a marcha ré. Aquele barulhinho, semelhante a um zumbido que o carro produz quando se desloca para trás incomoda muita gente. Alguns motoristas chegam até a perguntar ao mecânico se aquele barulho é normal. Posso tranqüilizar a todos, pois o tal “ronco” é absolutamente normal.

    É que a Caixa de Marchas mecânica é composta basicamente por um conjunto de engrenagens montadas sobre dois eixos paralelos, que combinadas resultam na relação de marchas do veículo. O Torque produzido pelo motor é repassado para o eixo de entrada ( Primário ), sendo transmitido ao eixo de saída ( Secundário ) através de engrenagens helicoidais.

    Estas engrenagens, utilizadas nas relações de primeira a quinta marcha, possuem dentes curvos e inclinados que proporcionam uma maior área de contato, reduzindo os esforços e conseqüentemente o nível de ruído.

    No caso específico da Marcha–ré, o engrenamento é realizado através de engrenagens de dentes retos, e não dentes curvos, de forma a facilitar o engate. Porém, apesar desse tipo de engrenagem possuir maior capacidade de transmissão de força, apresenta uma menor suavidade de funcionamento, resultando em um ruído característico quando engatada. Observe ainda que como este tipo de engrenagem não possui anel sincronizador o que exige a parada completa do veículo antes do engate.

    Mesmo com algumas desvantagens esse tipo de engrenagem é o preferido em competições esportivas. É que por serem mais robustas e duráveis as engrenagens de dentes retos são mais utilizadas em corridas. Mais você não precisa ser piloto para tirar proveito. A marcha ré possui a mesma relação de marchas da primeira produzindo, teoricamente, a mesma força. Só que a ré tem a vantagem de conseguir transmitir mais força, justamente pelo uso de engrenagens de dentes retos. Ou seja, se você precisa de tração para sair de um atoleiro ou puxar outro veículo, por exemplo, utilize a marcha ré !!

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço


    • Pare totalmente o veículo antes de engatar a ré.
    • Se for sair de um atoleiro use a marcha ré.
    • Complete o óleo da caixa de marchas a cada 60.000Km

    sábado, 18 de outubro de 2008

    COMO FUNCIONA A PARTIDA A FRIO NO CARRO FLEX – PARTE II


    No Post Como funciona a partida a frio no carro flex – Parte I, entendemos o porquê da necessidade de utilizar um sistema auxiliar nos carros Flex. O objetivo do Post de hoje é explicar melhor o funcionamento desse sistema, apresentando seus principais componentes.

    Basicamente esse sistema auxiliar é composto por um reservatório plástico, com capacidade para aproximadamente 1,0 litro de combustível. Por questões de segurança, o acesso a esse reservatório é normalmente feito através do vão do motor, abrindo-se o capô. A localização desse recipiente é na parte interna do pára-lamas dianteiro, do lado esquerdo ou direito.

    Uma tampa plástica dá acesso ao reservatório que deve ser preenchido com gasolina aditivada. É que como a quantidade de combustível injetado na partida a frio é muito pequena, a gasolina terá que manter suas propriedades por um bom tempo. Aí entram os aditivos ajudando a gasolina a suportar por mais tempo no reservatório sem envelhecer.

    Mas cuidado na hora de abastecimento. É que já acompanhei vários casos onde o motor do carro falhava quando frio. O motivo? O frentista se confundiu e colocou água em vez de gasolina, pensando estar enchendo o reservatório do limpador de pára-brisa !!

    Alguns motoristas reclamam ainda de cheiro forte de gasolina ao abastecer. Isso é característico de usuários que não o abastecem o reservatório com freqüência. É que a gasolina protege as borrachas de vedação. A ausência de combustível provoca o ressecamento dessas borrachas ocasionando vazamentos. Por isso, abastecer frequentemente o reservatório de partida a frio além de renovar o combustível no interior do recipiente, retardando o envelhecimento, evita o problema de vazamentos no futuro.

    Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre os componentes do Sistema de partida a frio.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço


    • Frequentemente abasteça o reservatório de partida a frio para evitar o envelhecimento do combustível.
    • Cheiro forte de gasolina é indício de vazamento no reservatório.
    • Abasteça sempre o reservatório de partida a frio com gasolina aditivada.

    quarta-feira, 15 de outubro de 2008

    COMO FUNCIONA O IMOBILIZADOR? PARTE I


    Ha muito tempo atrás, travas de direção, correntes e cadeados deixaram de representar a segurança do motorista quanto ao seu patrimônio sobre rodas. O carro, considerado símbolo de status e conquistas pessoais, sempre despertou o interesse dos “amigos do alheio”. E apesar da velocidade com que a tecnologia desenvolve novos sistemas de segurança estamos sendo rapidamente acompanhados pelos gatunos e oportunistas de plantão.

    Desde então, os Alarmes deixaram de ser meros elementos de efeito sonoro, passando a contar com sofisticados sensores de presença. Estes Sensores utilizam sistemas de ultra-som para detectar a violação do habitáculo, caracterizado como arrombamento. A carroceria passou a ser protegida pela presença de interruptores de pressão nas portas, capô do motor e tampa de mala.

    Mesmo assim, os veículos continuavam vulneráveis àqueles mais ousados, que não se importam com luzes de alerta piscando e sirenes ligadas. Existia ainda a necessidade de impedir ou evitar que o veículo fosse roubado. Para a felicidade de muitos proprietários e infelicidade dos gatunos, foi desenvolvido o Imobilizador eletrônico.

    Este dispositivo antifurto é codificado eletronicamente com o objetivo de habilitar ou não a partida do motor do veículo. O sistema é constituído por um Módulo de Comando ligado diretamente a Central de Injeção Eletrônica do motor. Ao girar a chave na ignição, um pequeno chip instalado na chave ( Transponder ), emite um sinal codificado, amplificado por uma antena localizada no cilindro, sendo reconhecido pelo Módulo. Neste momento, a Central de Injeção eletrônica recebe a informação confirmando o reconhecimento da chave, liberando assim a partida do motor.

    Este sistema impede que na tentativa de partida direta ou utilização de uma chave desconhecida seja possível ligar o veículo. Nestas condições, o Módulo de Comando não recebe nenhum código, eliminando sua comunicação com a Central de Injeção Eletrônica, impossibilitando a partida do veículo. Por motivo de segurança, os imobilizadores possuem códigos criptografados o que impede sua cópia ou reprodução dificultando ainda mais a vida dos ladrões.

    Nos próximos Posts falaremos mais sobre imobilizadores.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Em caso de perda das chaves é necessário chamar um profissional especializado.
    • Caso a chave não seja reconhecida a partida do motor é inibida.
    • O imobilizador não impede que o carro seja arrombado. Essa função cabe ao alarme.
    Saiba mais sobre o assunto:

    domingo, 12 de outubro de 2008

    É correto pisar na embreagem antes de dar a partida no motor?


    Esse Post é relativo a um assunto muito polêmico - É correto pisar na embreagem antes de dar a partida no motor?

    Bem, no momento do funcionamento do motor, quem sofre a maior carga é o motor de partida que tem a função de movimentar os componentes internos do motor do veículo fazendo com que ele pegue. Somado ao peso do motor está o câmbio que encontra-se acoplado ao motor aumentando ainda mais o peso do conjunto.

    No momento da partida, quando pressionamos o pedal de embreagem estamos desacoplando o motor da caixa de câmbio, aliviando assim a carga imposta sobre motor de partida.

    Como podemos ver, a Embreagem além de sua função de desacoplar o motor da caixa de mudanças permitindo o engate das marchas, pode ser utilizada também para facilitar a partida do veículo.

    Esta prática, além de segura, pois evita a possibilidade de trancos ao dar partida no veículo, em nada prejudica o funcionamento da embreagem, pois a carga imposta ao sistema é pequena.

    Apesar do motor de partida ser dimensionado para suportar o esforço de movimentar o motor mesmo quando acoplado ao câmbio, podemos citar como benefícios o menor desgaste dos componentes mecânicos do motor de partida, além de exigir uma menor carga da bateria no momento da partida.

    Até o próximo Post.
    Alexandre
    Dicas AutoServiço
    • Dar a partida com o pé no pedal de embreagem aumenta a vida útil da bateria.
    • Evite repousar o pé sobre pedal de embreagem com o motor funcionando.

  • Funcionar o motor pressioando o pedal de embreagem reduz o desgaste do motor de partida.
  • terça-feira, 7 de outubro de 2008

    TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – PERÍODO DE TROCA


    Na década de 70 e 80 os manuais de uso e manutenção dos veículos alertava para a primeira troca de óleo, com 1.000 Km e as demais a cada 3000 a 5.000 Km. Com o passar do tempo, o desenvolvimento dos motores exigiu lubrificantes mais avançados. Vimos o período de troca se expandir até 20.000 Km no final da década de 90. Então, porque hoje em dia devemos nos preocupar tanto com o período de troca de óleo?

    Explico. O problema não está na qualidade do óleo, mais sim nas condições ao qual está exposto. Temperaturas elevadas, qualidade do combustível e trânsito intenso são fatores que aceleram a degradação do óleo.

    O óleo lubrificante tem a função básica de reduzir o atrito entre os componentes internos do motor, formando uma fina película que adere às superfícies das peças, reduzindo o desgaste. O filme lubrificante possui características detergentes e anti-espumantes que com o passar do tempo perdem seus efeitos exigindo a troca do óleo.

    As montadoras estimam hoje um período de troca que varia entre 10.000 a 15.000 Km, em média. Mas, como a função principal desse Blog é esclarecer temas sobre a manutenção do seu carro recomendamos reduzir pela metade o período de troca do óleo do motor, substituindo sempre o filtro.

    É que longos períodos em marcha lenta no trânsito urbano acelera a degradação o óleo, pois nessas condições o excesso de combustível injetado no motor se acumula no lubrificante. Somado a isso, está o aumento da temperatura provocado pela deficiência de ventilação.

    É importante lembrar que a troca de óleo depende não apenas da condição de uso do veículo, mas também do tipo de motor. È isso que veremos nos próximos Posts.

    Até o próximo Post

    Alexandre

    Dicas AutoServiço

    • Se utiliza o carro na cidade substitua o óleo a cada 5.000Km ou 6 meses.
    • Utilizar o carro em estradas estende o período de troca de óleo.
    • Sempre trocar o filtro de óleo junto com o lubrificante.

    domingo, 5 de outubro de 2008

    PORQUE NÃO DEVEMOS ABASTECER O TANQUE ATÉ A " BOCA " ?


    Com o preço dos combustíveis, é tentador aproveitar uma promoção e abastecer o tanque, literalmente, até a boca. Por diversas vezes presenciei motoristas que inclinavam o carro para garantir uns litrinhos a mais... Um exagero!! Essa prática deve ser evitada, sob o risco de prejudicar o motor.

    É que dependendo do veículo, essa coluna de líquido adicional pode chegar a mais de dois litros, resultando no aumento da pressão interna do tanque de combustível. Essa elevação de pressão prejudica o Filtro do canister que é um sistema que recupera os vapores formados no tanque evitando que os mesmos sejam lançados a atmosfera.

    Esse filtro possui pequenos grãos de carvão ativado, cuja função é reter os vapores de combustível. Quando a pressão do tanque aumenta, partículas de combustível líquido chegam até o filtro aumentando o tamanho dos grãos de carvão. Com o passar do tempo os grãos incham e estouram o filtro liberando pequenas partículas diretamente para o motor, provocando cheiro forte de combustível e falhas de funcionamento.

    Para evitar isso, devemos interromper o abastecimento sempre que a mangueira da bomba do Posto der o estalo indicando o nível de tanque cheio.

    Até o Próximo Post

    Alexandre

    Dicas Auto Serviço
    • Deve-se interromper o abastecimento sempre que houver a indicação de tanque cheio.
    • Evite rodar muito tempo com o tanque vazio.
    • Encher o tanque até a boca prejudica o Filtro Canister.

    COMO FUNCIONA O AR CONDICIONADO VEICULAR ?


    Neste Post vamos explicar o funcionamento de um ar condicionado veicular partindo do princípio de que o fluido refrigerante utilizado apresenta características físico-químicas específicas, tendo sua aplicação limitada a sistemas de refrigeração e climatização. Esse fluido, erroneamente chamado de gás, muda de estado físico, passando do estado gasoso para líquido e do líquido para o gasoso, de acordo com as condições de pressão e temperatura do sistema. Atualmente, utiliza-se o fluido refrigerante R134-A tido como ecológico por não afetar a camada de ozônio, em substituição ao fluido R12.

    Para que o fluido circule pelo sistema é necessário utilizar um compressor. Esse dispositivo está fixado por um suporte ao lado do motor e ligado a ele através de um sistema de polia e correia. Uma vez acionado, o compressor gera uma diferença de pressão no sistema aspirando e comprimindo o fluido constantemente, elevando sua temperatura e pressão.

    Após a compressão, o fluido ainda no estado gasoso, é direcionado através de tubulações de alumínio para o Condensador que é uma espécie de trocador de calor localizado na dianteira do veículo, à frente do radiador do motor. Essa posição privilegiada permite uma eficaz troca térmica com o ar, retirando calor do fluido refrigerante, baixando assim sua temperatura.

    Ao sair do Condensador o fluido agora no estado líquido, mas ainda sob elevada pressão, passa por um filtro chamado de “Filtro secador” cuja função é reter partículas de impureza, impedindo que as mesmas danifiquem outros componentes do sistema, além de absorver a umidade presente no fluido.

    Uma vez limpo, o fluido, ainda líquido, é direcionado para a válvula de expansão onde ocorre uma brusca variação de pressão e conseqüente queda de temperatura. Essa condição, conhecida como expansão, transforma o fluido em gotículas microscópicas semelhante a névoa de perfume exalada por um desodorante spray.

    Dentro do evaporador essa névoa de fluido circula por um caminho tortuoso, formado por pequenos tubos de alumínio curvado. Nesse momento o ventilador do painel do veículo lança uma massa de ar que foi retirada do habitáculo ou do ambiente externo. O ar, por estar mais quente que o fluido, sede parte do seu calor e umidade, transformando o fluido novamente em gás.

    É essa massa de ar, que ao fornecer calor ao fluido, sai dos dutos de ventilação, refrigerando o interior do veículo.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Redução da quantidade de gás do sistema é indício de vazamento.
    • Verifique o sistema de Ar Condicionado ao menos uma vez ao ano.
    • Falta de fluido refrigerante ou excesso prejudica a eficiência do sistema.
    Para saber mais sobre o assunto:

    segunda-feira, 29 de setembro de 2008

    O QUE É FADING?


    Imagine-se dirigindo seu carro numa descida de uma serra, repleta de curvas. O carro está carregado, com malas e cinco passageiros a bordo. Quanto mais você pressiona o pedal de freio para conter o carro, mais o pé afunda...Isso é indício de que está ocorrendo Fading.

    Fading, lêe-se feiding, é um termo em inglês que significa Fadiga. E é utilizado na indústria automobilística para identificar o fenômeno de perda da eficiência de frenagem devido ao excesso de calor.

    Esse calor é gerado pelo próprio sistema de freios, através do contato entre os discos e as pastilhas. É que para parar um veículo é preciso transformar a energia cinética acumulada durante o movimento em energia térmica, ou seja, calor. Traduzindo, quanto mais calor gerado pelo sistema de freios mais eficiente será a frenagem.

    Mas isso tem um limite. E quando esse limite é atingido ocorre o Fading. É que tão importante quanto gerar calor é poder dissipá-lo, pois a concentração de calor reduz abruptamente o coeficiente de atrito, reduzindo a capacidade de frenagem do veículo.

    Esse superaquecimento do sistema de freios pode ser ocasionado por sobrepeso, velocidade excessiva ou ausência do freio motor em descidas. Por isso, reduza a velocidade em uma descida, sempre utilizando o freio motor de modo a otimizar a frenagem. Respeite ainda o limite de carga do seu carro, além de evitar manter velocidades elevadas. E, é claro, não esqueça de manter o sistema de freios com a manutenção em dia.

    Até o próximo Post.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço


    • A velocidade na descida deve ser a mesma caso fosse subir.

    • Substitua as pastilhas de freio ao menos a cada 40.000 Km.

    • Em uma descida utilize sempre o freio motor.

    segunda-feira, 22 de setembro de 2008

    COMO FUNCIONA A PARTIDA A FRIO NO CARRO FLEX – PARTE I


    Quem teve carro à Álcool deve lembrar, ou pelo menos tentou esquecer, da dificuldade de partida com o motor frio. Cada motorista tinha uma receita caseira. “ Pisa no acelerador três vezes antes de ligar”, uns diziam. “Puxa o afogador até a metade” outros afirmavam.

    Fiquei sabendo até de um caso curioso em que do dono do carro mantinha uma extensão elétrica com uma lâmpada de 100W no vão do motor durante a noite toda com o objetivo de facilitar a partida no dia seguinte. Uma espécie de “chocadeira automotiva”. O mais interessante é que funcionava !!

    Mas afinal de contas, porque o motor à álcool possui essa dificuldade de partida a frio? Bem, o problema não está no motor, mas sim no combustível. É que o Álcool exige temperaturas elevadas para mudar de estado físico, ao contrário da Gasolina que evapora rapidamente. Daí a necessidade de se utilizar um sistema paralelo para ajudar na partida.

    Esse sistema auxiliar consiste em um pequeno reservatório contendo gasolina ligado ao coletor de admissão através de uma tubulação flexível. Uma pequena eletroválvula se encarrega de controlar a quantidade de combustível injetado. Essas injeções de gasolina ocorrem segundos antes da injeção de álcool, facilitando a partida do motor.
    Os veículos Flex por serem descendentes diretos dos veículos movidos à Álcool da década de 80 herdaram também o sistema de partida a frio. Nesse caso, o sistema entra em funcionamento nos primeiros instantes de funcionamento quando há um grande percentual de álcool no tanque.

    Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre o Sistema de partida a frio.

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Evite acelerar durante a partida do motor.
    • Não é preciso esperar o motor aquecer para sair rodando.
    • Adicionar um pouco de gasolina ao tanque de álcool ajuda na partida.

    domingo, 21 de setembro de 2008

    DIMINUIR A VELOCIDADE DO AR CONDICIONADO REDUZ O CONSUMO?


    O tema do Post de hoje pode não parecer tão interessante, mas experimente levantar o assunto numa roda de amigos para surgirem as mais diversas teorias. Digo isso porque tenho percebido a algum tempo que muitos motoristas dirigem seus carros, mesmo em dias quentes, com o seletor do ar condicionado na posição “ 1 “ ou “ 2 “. - “É pra economizar combustível” – diz a maioria!!

    Nós motoristas sempre associarmos velocidade a consumo. Quanto mais rápido o carro anda, maior será o consumo de combustível. Até aí tudo bem, mas não há relação direta da velocidade do ar condicionado com o consumo. Para o motor é indiferente se você mantém o botão na posição “4” ou na posição “ 1 “.

    Explicando melhor, o seletor de velocidade do ar condicionado define apenas a rotação do ventilador da caixa de ar, ou seja, quanto maior a velocidade do ventilador maior o fluxo de ar saindo pelas aletas de ventilação. Portanto, a velocidade do ventilador em nada interfere no consumo.

    O aumento do consumo de combustível está diretamente relacionado ao acionamento do compressor do ar condicionado. Uma vez ligado, o sistema aumenta um pouco o consumo de combustível por exigir um esforço maior do motor.

    Algumas pessoas defendem a afirmação de que quanto maior a velocidade do ventilador maior a corrente elétrica gerada pelo alternador. Daí o aumento no consumo de combustível. Devo admitir que o raciocínio está correto, mas temos que levar em consideração que o aumento do consumo de corrente elétrica para acionar o ventilador é tão pequeno que pode ser considerada desprezível, não influenciando em nada no consumo.

    Até o próximo Post

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • A velocidade do ventilador não interfere no consumo.
    • Utilizar o ar condiconado na velocidade "1" aumenta o rendimento.
    • Ao entrar no veículo, abra os vidros e ligue o ar na posição "4 " apenas para retirar o ar quente do habitáculo.

    quarta-feira, 17 de setembro de 2008

    TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – NORMA SAE




    No Post anterior sobre óleo do motor ( Tudo sobre óleo – Norma API ) vimos a classificação do lubrificante em função de seu nível tecnológico. Hoje, vamos entender a classificação em função da viscosidade, seguindo a Norma SAE ( Sociedade dos Engenheiros Automotivos ).


    Primeiramente, é preciso entender que Viscosidade é uma característica típica de fluidos, e determina a resistência que uma substancia oferece ao escoamento. Isso que dizer que quanto mais viscoso um líquido, mais “grosso” ele é.

    Em um motor, seja ele a gasolina, ou mesmo a Diesel, é imperativo que o óleo circule com grande facilidade por entre os dutos de lubrificação no momento da partida, já que, é nos primeiros segundos de funcionamento que ocorre o maior desgaste do motor. Daí a necessidade do óleo ter baixa viscosidade com o motor frio. Já em altas temperaturas, o óleo deve ser mais viscoso, mantendo sua liga e garantindo o filme lubrificante.

    Óleos que variam sua viscosidade em função da temperatura são chamados de Multiviscosos e são classificados por dois números, intercalado por uma letra. Veja o exemplo:
    SAE SJ 20 W 50.

    Nesse caso, a legenda acima indica que a viscosidade do óleo varia de 20 a 50 durante o funcionamento do motor. A letra “W” refere-se a winter, inverno em inglês, indicando a presença de um aditivo que evita o congelamento do óleo em baixas temperaturas, o que seria fatal para o motor.

    Na próxima semana iremos falar sobre aditivos no óleo.

    Até o próximo Post

    Alexandre

    Dicas AutoServiço
    • Combustível de má qualidade altera a viscosida de do óleo.
    • Troque o óleo a cada 5.000km ou 6 meses.
    • Respeite a especificação do óleo do motor prescrita no manual do prioprietário.