quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE I


Certa vez me questionaram sobre o motivo pela qual a água do radiador não ferve mesmo o motor estando a mais de 100°C. É no mínimo uma dúvida com bom fundamento.

A água é um recurso natural abundante e há muito tempo é utilizada como fluido de arrefecimento por ser eficiente no transporte do calor do motor para o radiador, mas o controle de seu ponto de ebulição sempre foi um grande tormento para os projetistas. Apenas para se ter uma idéia, o carro mais vendido do mundo durante metade do século XX utilizava um motor arrefecido a ar, por ser mais simples.

Atualmente, todos os veículos fabricados no mundo, digo todos mesmo, utilizam a água como elemento para arrefecer o motor, por ser mais eficiente, termicamente falando, quando comparada ao ar. Mas utilizar somente a água não garante a eficiência do sistema de arrefecimento. É aí que entra o Aditivo.

O Aditivo adicionado à água do radiador possui uma composição à base de um composto chamado Etilenoglicol. Esta substância, além de agregar características específicas a água, tem como função alterar seu ponto de ebulição e congelamento. Logo, quando adicionamos o Aditivo à água formamos uma mistura, conhecida como líquido de arrefecimento, cuja principal característica é o ponto de ebulição superior a 100°C, e ponto de congelamento abaixo de 0°C.

Isso quer dizer que, mesmo que a temperatura do motor atinja mais de 100°C, a água presente no fluido de arrefecimento permanecerá no estado líquido. Isso é sensacional !!! Mas para que esse controle da temperatura seja eficiente, é preciso atender a proporção entre água e aditivo que é de 30% de aditivo para 70% de água.

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 18 de outubro de 2009

PORQUE O CARRO FLEX NÃO É ECONÔMICO? PARTE I


Quando o primeiro carro Flex foi lançado em 2003, vendeu-se a idéia de que o motorista sentiria a economia já mo momento do abastecimento. Até concordo, se você considerar que os R$ 80,00 cobrados por um tanque de álcool afeta muito menos o bolso que os R$ 120,00 necessários para encher com Gasolina.

Nossa, estou economizando muito – você pode pensar!!. Mas, sem querer ser chato, isso é pura ilusão. O fato é que rodando com álcool o carro irá consumir muito, muito mais. Ou seja, toda aquela economia na hora de passar um cheque irá se refletir, na verdade, em alguns tanques a mais de álcool. Então pode se preparar para ficar amigo do frentista.

Não. Não estou aqui criticando o álcool. Muito pelo contrário, sou um ferrenho defensor do combustível verde. Quem acompanha o Blog sabe disso. Apenas me sinto na obrigação de esclarecer aos meus leitores que quando comprarem um carro Flex, não pensem em economia. Nesse tipo de carro isso é um fator secundário.

A economia advém justamente do fato de você escolher o combustível que mais lhe convém naquele momento. E isso é o mais importante no carro Flex.

Mas porque então comprar um carro bi-combustível? A resposta é simples: utilizar a tecnologia a seu favor. Isso quer dizer que quando a gasolina estiver mais cara você pode optar pelo álcool, assim como no período da entressafra da cana-de-açucar, quando o preço do álcool aumenta muito, você pode recorrer ao combustível fóssil.

Eu, particularmente, uso 100% de álcool, não me preocupando muito com o consumo. Mas, para aqueles que querem fazer render alguns reais, opte sempre pela gasolina se o valor do álcool for equivalente a mais de 70% do seu preço.

Ou seja. Multiplique o valor da gasolina por 0,7. Se o preço do álcool estiver acima do valor calculado, abasteça com a velha e boa gasolina. Agora, se o preço do álcool estiver abaixo do valor encontrado, encha o tanque com o combustível “verde“ e vá ser feliz !!!

Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre o consumo dos carros Flex.

Alexandre
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO COM MAIS DE UM ANO DE GARANTIA?

Analisando um pouquinho o mercado, comecei a reparar no período de garantia oferecido pelas montadoras. Um, dois, três, cinco anos... Seguindo o conceito de que quanto mais, melhor, as Montadoras lançam modelos com o maior período de garantia possível para atestar a qualidade de seus produtos diante do consumidor. Mas, será que vale realmente a pena comprar um carro com mais de um ano de Garantia?


Bem, Garantia, segundo o código de defesa do consumidor, é um direito que o consumidor tem de ter o seu veículo reparado em caso de defeito de fabricação. Isso quer dizer que se seu carro der um prego dentro desse período, a Montadora assume os custos.

Durante os testes de desenvolvimento de um novo carro, as montadoras fazem um levantamento para determinar quais componentes poderão apresentar algum defeito, e juntamente com o pessoal do departamento comercial, determinam o período de garantia.

Uma curiosidade - das trinta e nove Montadoras e importadoras instaladas no País, ninguém oferece quatro anos de Garantia. Porque será ??? Será que o número quatro dá azar???

Mas, voltando ao assunto, nem todos os componentes de um veículo são cobertos pela Garantia. É o caso dos chamados itens de desgaste natural, como embreagem, pneus, palhetas do limpador, pastilhas e discos de freio, lonas de freio... Esses itens apresentam desgaste pelo uso e possuem intervalo periódico para a troca. Apenas serão repostos em garantia se o desgaste for prematuro.

Durante o período da Garantia, a Montadora exige que todos os Serviços sejam realizados na Concessionária, utilizando peças originais. Até aí tudo bem, não fosse o elevado preço de peças e mão de obra cobrado pelas Concessionárias.

Isso quer dizer que você ficará ligado a Concessionária por um cordão umbilical durante todo o período da Garantia, sob o risco de perder a cobertura caso recorra ao mercado de reposição. Uma simples troca de óleo pode sair bem cara.

Com base nessas informações, e analisando friamente a questão, durante o período de garantia, se tudo correr bem, o que você irá trocar são justamente esses itens de desgaste natural, mais lubrificantes e componentes nas Revisões periódicas. Então, se seu carro for um modelo de grande venda, com boa disponibilidade de peças no Mercado, fique tranqüilo, um ano de garantia é o suficiente.

Agora, se o modelo do seu carro é recente no mercado, ou é importado, prazos de garantia mais longos são uma boa pedida. E se você não pagar a mais por isso, vale!!

Até o próximo Post.

Alexandre

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE II


A Ferrugem sempre foi um dos maiores temores dos proprietários de veículos em todos os tempos. Um fenômeno físico-químico que tem se alastrado com grande vigor, durante anos e anos, de gerações em gerações, causando verdadeiro pavor entre os Fabricantes de veículos e motoristas cuidadosos.

Sabendo disso, Fabricantes de todo o Mundo se utilizam de diversos processos anti-corrosivos de forma a reduzir, ou mesmo eliminar tal Fenômeno. Estes tratamentos, realizados sempre a base de produtos químicos, constituem a maior proteção das chapas indefesas e pinturas desprotegidas.

O primeiro passo para a Proteção da Carroceria é o tratamento da chapa através de um processo de Galvanização, que pode ser feita a quente ou eletrolíticamente. Em seguida, a Carroceria é desengraxada e limpa, recebendo uma proteção a base de Fosfato de Zinco. Este processo permite a formação de uma camada cristalina sobre a superfície metálica, preparando a chapa para a aplicação do Primer nas áreas externas da carroceria.

Após este processo, a Carroceria é imersa em um tanque para remoção do excesso de fosfato, estando agora pronta para receber a aplicação do Primer anticorrosivo que garantirá a aderência da pintura. Após dois ou mais estágios de limpeza e secagem, a Carroceria recebe a aplicação do Material de Vedação nas costuras das soldas e na parte inferior, funcionando como isolamento de temperatura e ruído.

É então aplicado um Primer com a função de nivelar a superfície da carroceria eliminando irregularidades, sendo seco a 150° C. Após seu lixamento, são aplicados, através de pulverização automática, os pigmentos que definirão a cor e de efeito metálico ou perolizado do veículo, seguido da aplicação de uma camada transparente de um verniz protetor.

É interessante observar que além do aspecto atrativo, a Pintura garante também a proteção da carroceria contra corrosão, sendo utilizados diversos tratamentos anticorrosivos. Mas não é apenas durante o processo de produção que os Fabricantes se preocupam com a proteção da Carroceria. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a novos métodos e materiais alternativos.

É o caso da utilização de Ceras especiais para Proteção de veículos quando expostos por muito tempo em locais desprotegidos e pátios descobertos. Dessa forma é possível evitar processos de corrosão biológica, causados por excrementos de aves e larvas de insetos, os quais provocam manchas e danos irreversíveis à pintura, assim como ataque a chapa.

Até o próximo Post.

Alexandre

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sábado, 26 de setembro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE I


Ferrugem é um nome popular dado a um fenômeno químico bastante comum – a oxidação. Esse fenômeno nada mais é que o processo de reação com o próprio oxigênio. E, como a atmosfera é rica em oxigênio, podemos dizer que tudo em nosso Mundo oxida.


Vou dar um exemplo bem simples. Quando cortamos uma maça ao meio, e comemos uma parte, a outra parte que ficou no prato rapidamente escurece a poupa, ficando amarelada. Isso nada mais é que oxidação. Ao envelhecermos também estamos oxidando, pois a formação de rugas em nossa pele nada mais é que o resultado da ação de nossa epiderme ao oxigênio.

A verdade é que alguns materiais oxidam mais facilmente que outros. É o caso dos metais. Mas, para que isso ocorra é preciso de um eletrólito, ou seja, de uma substância que auxilia na condução de elétrons entre dois elementos. Nesse caso, eletrólito é a água.

O que conhecemos como ferrugem, aquele pozinho alaranjado sobre uma superfície metálica,é na verdade óxido de ferro, ou seja, é o resultado da combinação do ferro da chapa com o oxigênio. Mas para que o Ferro torne-se Óxido de ferro, é preciso que ocorra a reação química entre três elementos – a água, o ferro e o oxigênio.

Quando esses elementos se encontram, como acúmulo de água no escapamento ou no interior paralamas criamos uma condição ideal para a formação de ferrugem. É um processo químico simples que vamos explicar passo a passo.

Primeiramente, a água acumulada se combina com o dióxido de carbono ( CO2) presente na atmosfera e que também é liberado pelo próprio escapamento do carro, para formar uma substância ácida, chamado de ácido carbônico. À medida que esse ácido vai se formando, vai ocorrendo o ataque à superfície metálica. Essa reação química separa o Ferro da liga metálica, além de liberar Hidrogênio e Oxigênio. E, é esse oxigênio que se combina com o Ferro, formando o Óxido de ferro. Simples, não?

É, simples e prejudicial. Pois a oxidação é sinal de que a superfície metálica está comprometida, e por tratar-se de um processo contínuo, e que quando iniciado não pode ser interrompido, tem-se o próximo passo que é a corrosão, ou perda significativa de material provocado pela oxidação. Daí, meu amigo, a coisa fica feia...

O que fazer então para evitar a oxidação? Bem, o primeiro passo é ler o próximo Post.

Alexandre

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

O QUE É DOWNSIZING?

A cada década, uma nova expressão é adotada no Mundo corporativo, e seus conceitos são seguidos pelas Empresas como dogmas religiosos. Value, Reengeneering, e Core Business são alguns dos termos que fizeram fama. Mas um deles tem tido um sobrevida – o Downsizing.

Essa não é bem uma expressão nova. Foi bastante utilizado na década de 90 na reformulação de fábricas e grades empresas. É um termo derivado do inglês, cujo significado pode ser interpretado como “redução”. É um conceito bastante aplicado à administração, cuja principal característica é a redução dos níveis hierárquicos e do quadro de funcionários com o objetivo de tornar a Empresa mais ágil e eficiente. Alguns sindicalistas sugerem que o termo está associado a demissões, só que escrito de uma forma mais elegante.

Tá, tudo bem, esse Post tá com cara de Blog de Administração. Mas, se você continuar lendo vai entender onde quero chegar. É que desde o início do século XXI esse termo tem assumido grande importância na indústria automotiva. Uma revolução silenciosa tem ocorrido na engenharia, onde o termo tem sido utilizado para batizar projetos de automóveis mais eficientes, e que utilizam sistemas mecânicos mais simples e compactos. Algo como tirar mais de menos !!

A principal vantagem de adotar o Downsizing é utilizar unidades motrizes mais eficientes, com menor consumo de combustível e redução significativa na emissão de poluentes, mantendo os mesmos números de desempenho. Essa prática é um reflexo da pressão exercida pelas exigentes normas de emissões vigentes na Europa. Sem o Downsizing as Montadoras não conseguiram atender tais regulamentações tornando impossível homologar novos veículos.

O maior desafio, portanto, é manter os números de desempenho dos motores de maior capacidade utilizando motores cada vez menores. É perceptível o esforço das Montadoras em todo o Mundo em utilizarem motores de menor cilindrada, muitas vezes turbocomprimidos, em substituição aos antigos motores de maior cilindrada.

Esse fenômeno já se faz presente no Brasil e de forma bastante consistente. O ponta-pé inicial foi dado por uma montadora italiana que lançou um sedan médio dotado de um pequeno, mas valente, motor 1.4 turbo em um segmento até então dominado por motores 1.8 e 2.0.

Essa é a tendência do futuro – motores menores, mais eficientes, econômicos e menos poluentes !! Isso é Downsinzing!!

Alexandre

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VEICULOS MENOS POLUENTES ATÉ 2014.


O CONAMA ( Conselho Nacional do Meio Ambiente ) aprovou em sua 95ª Reunião Ordinária, na última quarta-feira, uma nova Resolução que faz parte da Fase 6 do Programa de Controle da Poluição do AR por Veículos Automotores. Essa nova determinação estabelece que veículos movidos a álcool e gasolina deverão atender a nova exigência a partir de 1° de janeiro de 2014. Para os veículos Diesel, a determinação é valida já para o primeiro dia de 2013.


Esta Resolução engloba todas as substâncias poluentes resultantes da queima dos combustíveis, tais como monóxido de carbono (CO), aldeídos, hidrocarbonetos(HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado.

E, apenas para que você possa ter uma noção do impacto dessa Resolução sobre a emissão de poluentes, um veículo movido a Gasolina emite atualmente cerca de 0,12 grama de óxidos de nitrogênio por Km. Após 2014, serão obrigados a emitir apenas 0,08 g/Km. Uma redução de 33% !!!

Segundo o mesmo conceito, os veículos leves e os comerciais com menos de 1700Kg devem ter redução de 35% nas emissões de monóxido de carbono ( CO ) passando dos atuais 2 g/km para cerca de 1,3 g/km até a vigência da nova Lei. Já, para os veículos com mais de 1,7 mil kg, a redução será de 26%, passando do limite 2,7 g/km da Fase 5, para apenas 2 gramas por quilômetro.

Mas, como tudo no Brasil, quem irá fiscalizar? Bem, assim como ocorre atualmente, além do próprio CONAMA a responsabilidade e adequação dos veículos é da própria Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), que na verdade é a instituição mais interessada, já que apenas serão homologados veículos para a venda que atenderem as exigência da Nova Regulamentação.

Mas quais os benefícios para a População que a nova Lei oferece? Bem, primeiramente, com a nova Fase do Programa de controle da Poluição estamos no aproximando das exigentes Normas internacionais vigentes. Isso é um grande passo para a redução do efeito estufa e suas conseqüências para o Planeta. Em segundo lugar, estamos regulamentando a emissão de substâncias tóxicas que são as principais causadoras de doenças respiratórias.

Se você concorda com nas Novas regras no controle de emissões de Poluebntes, deixe seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 5 de setembro de 2009

É PRECISO UTILIZAR A PARTIDA A FRIO EM UM DIA QUENTE?


Recebi um e-mail de um leitor me questionando se realmente seria necessário utilizar o sistema de partida a frio de seu carro Flex se em sua cidade as temperaturas são elevadas? Pensando bem, até que faz sentido. Porque utilizar a partida a frio se está fazendo tanto calor?


Só que o raciocínio não é bem esse. A função básica do sistema de partida à frio é, obviamente, auxiliar a partida com o motor frio. Mas, quando falamos de partida à frio não estamos nos referindo se está fazendo frio ou calor. Estamos, na verdade, nos referindo a temperatura do motor no momento da partida.

Vou explicar melhor. A temperatura de trabalho de um motor é algo próximo dos cem graus, (noventa e sete, para ser mais preciso). Então, se o motor passou muito tempo desligado, ele estará à temperatura ambiente, ou seja, em torno de 30°C, por exemplo. Daí, se compararmos as temperaturas, podemos considerar que o motor está frio em relação a sua temperatura de trabalho. Entendeu agora?

Ou seja, não importa se você está a 40°C em Teresina ou a 20°C em São Paulo. O que importa é que quando o motor está a temperatura ambiente ele está muito frio em relação a temperatura de trabalho. Isso exige uma injeção de gasolina adicional para facilitar a partida quando o carro está com álcool no tanque.

Portanto, é válido encher o reservatório de partida a frio sempre com gasolina aditivada de modo a facilitar o funcionamento do motor. Além disso, manter o reservatório sempre com gasolina evita que o anel de vedação do reservatório resseque, impedindo vazamentos.

E, para aqueles que não suportam estar enchendo o tanquinho, uma novidade – já existem modelos que eliminam o reservatório, passando a utilizar injetores aquecidos. Mas isso é assunto para um próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

sábado, 29 de agosto de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE EXAUSTÃO – PARTE II


Dando continuidade ao Post Como funciona o sistema de exaustão – Parte I, iremos agora conhecer cada uma das peças que compõem o sistema, assim como esclarecer sua função.

Começamos pelo Coletor de escape que representa uma das extremidades do sistema, sendo a ligação entre o motor e a tubulação de escapamento. Devido à alta temperatura dos gases na saída do motor este componente é construído normalmente em ferro fundido.

Em seguida temos o intermediário, que, assim como o nome está dizendo, está localizado na metade do sistema, sendo responsável pela ligação entre o coletor de escape e o silencioso. Este componente normalmente serve como suporte para o catalisador.

O catalisador vem em seguida, e é uma espécie de marmita metálica cuja função é acelerar a reação química dos gases provenientes da queima do combustível, tornando-os menos nocivos. Nos carros Flex, o catalisador está instalado na saída do coletor de escape, antes do intermediário a fim de aumentar sua eficiência com o motor frio.

O silencioso, também conhecido como bojo, está posicionado na seção final da tubulação de escape, antes da ponteira. Sua função é reduzir o ruído provocado pela exaustão dos gases funcionando como uma espécie de caixa de ressonância, reduzindo os pulsos provocados pelo movimento alternado dos pistões e o ruído da queima do combustível.

A ponteira constitui a outra extremidade da tubulação, sendo possível perceber sua presença pela posição fora da carroceria. Na maioria dos veículos forma uma peça única com o Silencioso. E, normalmente assume mais uma função estética que funcional.

Nos próximos Posts falaremos mais sobre o sistema de exaustão.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

domingo, 23 de agosto de 2009

USAR SOMENTE ÁLCOOL NO CARRO FLEX PREJUDICA O MOTOR?


Recebi vários e-mails na semana passada de leitores que questionam o uso de 100% de álcool no tanque de um carro Flex. Alguns argumentam que o uso exclusivo do álcool deve ser evitado, sendo recomendado o uso de gasolina em intervalos regulares.

Até entendo essa preocupação. Desde que o Etanol passou a ser utilizado como combustível, há cerca de 30 anos, que os danos causados por ele são conhecidos. Oxidação, entupimento das tubulações e desgaste do motor pela deficiência de lubrificação eram alguns dos problemas enfrentados pelos engenheiros e mecânicos da época.

Tudo isso pelo simples fato do Etanol ser um combustível hidratado, ou seja, com 5% de água em sua composição. Isso significa que as peças metálicas com as quais tem contato podem ser atingidas por oxidação. Mas o maior problema do álcool não reside na água, mas sim no seu nível de acidez que é muito elevado, provocando corrosão.

E, é justamente pelo fato do Etanol ser muito ácido que na era dos finados carros carburados todos os modelos movidos a álcool utilizavam tratamentos químicos com níquel ou cromo, a fim de suportar o combustível “verde”. Quem viveu essa época lembra bem disso.

Hoje em dia, na era dos motores Flex, a preocupação com o uso do álcool continua, mas a tecnologia permite o uso exclusivo de álcool hidratado sem problemas ao motor. Todas as peças que têm contato direto com o combustível são tratadas quimicamente. Mangueiras, dutos, válvulas de admissão e escape, bomba de combustível e anéis dos pistões recebem um banho químico, protegendo-os dos efeitos da oxidação.

Mas existe ainda um problema. As sedes e guias de válvulas são pequenos componentes que apóiam as válvulas do motor permitindo que as mesmas abram e fechem corretamente. Ocorre que essas peças são lubrificadas pelo próprio combustível ao ser injetado no interior da câmara de combustão, e não pelo óleo do motor. O álcool, diferentemente da gasolina, não possui propriedades lubrificantes, ocasionando desgaste prematuro e perda de compressão do motor. A solução encontrada foi modificar o tipo de material utilizado nessas peças, adotando um metal mais resistente.

Portanto não há motivo para preocupação. Abasteça seu carro Flex com álcool, coloque gasolina aditivada no reservatório de partida a frio e seja feliz!!!

Por isso afirmo! Álcool e direção combinam !! Desde que o álcool esteja no tanque !!!

Até próximo Post.

Alexandre

sábado, 22 de agosto de 2009

TUDO SOBRE PINTURA AUTOMOTIVA - PARTE I


Recebi um e-mail de um leitor que me perguntava qual a melhor maneira de cuidar da pintura sólida do seu carro. Bem, e-mail respondido, surgiu a idéia de elaborar uma série especial de Posts sobre a pintura Automotiva, desvendando o complexo universo das cores.

Mas para isso vou suar a camisa para explicar conceitos como a refração da luz e ótica. É que para entender a pintura do seu carro iremos precisamos entender que a luz é composta de vários espectros coloridos que variam entre os tons Vermelho, laranja, amarelo,verde, ciano, azul e violeta. E para que possamos perceber um determinado tom, é preciso suprimir os demais. Isso quer dizer que os pigmentos que compõem a tinta automotiva absorvem a luz, refletindo apenas aquela cor específica.

Tá complicado demais? Vou tentar explicar melhor através de um exemplo. Quando nossos olhos enxergam um carro vermelho, é porque todo o espectro de luz foi absorvido pela pintura, sendo refletido apenas o tom vermelho. É isso que nos dá a percepção de cor. Entendeu agora?

Esse fenômeno ótico é explicado por uma ciência muito complexa chamada de Colorimetria, e é a base da pintura automotiva. A Colorimetria classifica uma cor conforme três características distintas que são o tom, a saturação e a intensidade.

O tom é a característica que torna possível a percepção de uma cor específica. É através do tom que diferenciamos uma cor amarela de uma cor verde, por exemplo. Já a saturação de uma cor indica seu grau de pureza, ou seja, a cor será mais ou menos saturada quanto menor for o seu conteúdo de branco ou cinza. ( Experimente mexer nesse ajuste no controle remoto de sua televisão e entenderá melhor o que estou dizendo). Quanto a intensidade, podemos defini-la como a luminosidade de uma cor, ou seja, é essa característica que torna possível diferenciar uma cor mais clara de uma mais escura.

Nos próximos Posts daremos continuidade a essa série sobre Pintura Automotiva.
Alexandre Costa

domingo, 9 de agosto de 2009

OQUE É RECALL? PARTE II


O Recall é uma coisa muito séria, tão séria que é regido por normas rígidas que tem como objetivo garantir a integridade física do consumidor, assim como reduzir prejuízos de ordem material. O cumprimento dessas regras estão definidas no Artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor ( CDC ), que responsabiliza o Fabricante pelo reparo.

Só que realizar um Recall é muito caro e dispendicioso para qualquer Montadora. Não só pelos elevados custos com divulgação maciça na mídia, mas também pelo custo de retrabalho com a realização do serviço de reparo, substituição ou modificação da peça defeituosa.

Mas, mesmo com a divulgação na Mídia, o Consumidor não é obrigado a atender a convocação. Bem, obrigado não é, mas como o objetivo principal é garantir sua própria segurança, evitando possíveis acidentes, é interessante que não só atenda ao chamado, como efetivamente acompanhe os reparos e exija uma Ordem de Serviços que ateste a participação no Recall.

Quanto ao prazo para atender a convocação, posso afirmar que não existe um período determinado para realização do serviço, pois a Lei determina que, enquanto houver no mercado produtos com vício de fabricação que comprometa a segurança do usuário, o fabricante deverá se responsabilizar pela correção do problema.

Esses reparos não devem trazer nenhum custo ao Consumidor, devendo ser gratuito, estando todos os custos cobertos pela Montadora. O único inconveniente é ficar sem o carro enquanto o serviço é realizado. A Lei não determina a locação de veículos para o Cliente nesses casos.
E se você é proprietário de um veículo semi-novo, não se preocupe. O Recall não é válido apenas para veículos novos, ou dentro do prazo de garantia. Portanto, se você comprou um carro usado que se enquadra no lote de veículos convocados para reparos você também tem os mesmos direitos.


E, para finalizar, caso você já tenha sido vitima de um problema que tenha colocado sua segurança e a dos ocupantes do veículo, mesmo que tal componente não seja alvo de uma Recall, você pode exigir seus direitos, desde que comprove que a falha da peça é resultante de um defeito de fabricação.

Para orientar melhor os Clientes, no Site do Ministério da Justiça (
www.mj.gov.br/Recall) é possível vizualizar quais veículos estão passando por um Recall.
Até o Próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 8 de agosto de 2009

LIBERAÇÃO DO DIESEL PARA VEICULOS DE PASSEIO. VOCÊ CONCORDA?


No último dia 5 de agosto, a Comissão de Constituição e justiça do Senado deu parecer favorável a um projeto que visa a liberação da venda de veículos de passeio movidos a Diesel o País. Por enquanto é apenas um projeto, que passará por uma avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos, mas o assunto levanta muita polêmica.

A proibição do uso de diesel em carros de passeio é bem antiga, e data de antes do meu nascimento!! Para ser mais preciso, desde 1976 a venda, e não a produção, de veículos Diesel está limitada no País a veículo com capacidade de carga acima de uma tonelada. Ou seja, apenas ônibus, caminhões, utilitários e veículos off-road poderiam adotar o Diesel como combustível.

O objetivo na época era reduzir a dependência do petróleo, que era importado, mas mesmo hoje, tendo alcançado a auto-suficiência de petróleo desde 2006, a liberação para veículos de passeio causaria um desequilíbrio no fornecimento do combustível, exigindo novamente sua importação. Digo isso porque temos hoje uma das maiores frotas de veículos comerciais do mundo, e compartilhar esse combustível com automóveis leves só aumentaria a demanda pelo Diesel.

O problema todo está ligado a decisões tomadas no passado, onde o Governo brasileiro optou por construir estradas em vez de ferrovias, o que resultou na dependência do transporte rodoviário de carga, hoje o maior consumidor do Diesel no País.

Portanto, tal projeto já esbarra na limitada oferta do combustível no País. E, para aqueles que acham que o Bio Diesel pode resolver a questão, aí vai uma informação importante: o objetivo do Bio Diesel é reduzir o consumo de petróleo no País através da adoção de 5% de óleo vegetal, reduzindo também o consumo e a emissão de poluentes, mas não seria suficiente para compensar

Você acha que investir em um novo tipo de motorização em um País que é líder mundial em Tecnologia Flex, e no uso de etanol como Combustível compensa? Deixe o seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O QUE É RECALL? PARTE I


Nos últimos anos temos ouvido falar de um termo muito utilizado no exterior – o Recall. Essa palavra em inglês, cuja tradução ao pé da letra significa “chamar de volta”, é uma estratégia utilizada por fabricantes de todo o mundo para convocar Clientes cujos produtos apresentam algum vício de fabricação que comprometa a segurança. Isso vale para brinquedos, equipamentos, remédios e, principalmente, automóveis.

E, quando tratamos de automóveis, todo o processo do Recall começa através de uma verificação de qualidade que algum fornecedor da Montadora realiza em seus produtos. Quando um lote defeituoso de peças é identificado, a substituição é realizada ainda na linha de produção. Até aí, tudo bem. O problema começa quando se constata que um determinado número de peças do lote defeituoso está equipando veículos que já foram vendidos para os Clientes. Aí sim, temos um grande problema.


Sem perder tempo, a Montadora, juntamente com o Fornecedor da peças, realiza um minucioso levantamento com o objetivo de relacionar exatamente quais veículos, dentre os fabricados naquele período, utilizam a peça defeituosa. Assim, é determinada uma “ilha de chassi” que é uma sequência de números de chassi que correspondem aos carros comprometidos com o problema.

De posse dessa relação de números de chassi a Montadora utiliza todos os recursos de mídia ( digital, impressa e televisiva ) com o objetivo de convocar todos os Clientes que compraram esse modelo de veículo a realizarem a substituição do item em questão, em uma Concessionária, sem ônus nenhum para o proprietário.

Se o seu carro estiver numa lista de convocação para um Recall não há necessidade para pânico, muito menos para descrença na qualidade da Montadora. As peças reprovadas pelo controle de qualidade não necessariamente vão apresentar um defeito, tendo sua substituição um caráter preventivo. Mesmo assim, é importante não bobear e ir logo a Concessionária mais próxima.

Nos próximos Posts falaremos sobre os aspectos legais do Recall.

Alexandre

sexta-feira, 31 de julho de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE EXAUSTÃO – PARTE I


É comum ouvir alguém chamar o sistema de exaustão de um carro de tubo de descarga. Algo um tanto quanto depreciativo para um trabalho tão digno quanto expelir os gases resultantes da queima do combustível.

Esses gases precisam ser rapidamente eliminados, cedendo espaço a nova mistura ar-combustível a ser admitida no motor. Para tanto, o sistema de escapamento deve orientar o fluxo dos gases facilitando sua saída. Sua eficiência é determinada pelo formato e disposição, estando intimamente relacionado às características de cada motor.

É mais ou menos como nosso sistema respiratório, uma espécie de via de mão dupla que nos permite aspirar o oxigênio presente no ar atmosférico e no momento seguinte expulsar os gases tóxicos. Nossa capacidade respiratória é definida, não só pelo volume de ar que aspiramos, mas também pela capacidade de eliminar todos os gases nocivos presentes em nossos pulmões.

Por isso, a importância de manter sempre o Sistema de escapamento em bom estado. Furos ou amassões alteram o fluxo dos gases, levando conseqüentemente à perda de rendimento do motor. Algumas pessoas, seguindo este raciocínio, retiram o catalisador para beneficiar o motor. Isto representa um pensamento distorcido, já que a restrição causada pelo catalisador está prevista em projeto e, portanto, sua remoção em nada trará benefícios para o desempenho do veículo.

Mas, se o sistema de escape fosse constituído por um único tubo reto, saindo diretamente do motor para a traseira do veículo, isso não facilitaria a saída dos gases? A resposta é simples: o escapamento é a última coisa a ser instalada por baixo do veículo. Sendo assim, deve desviar das peças montadas anteriormente, por isso, seu formato tortuoso. Alterar essa disposição ocasiona perda de velocidade na saída dos gases, prejudicando o rendimento do motor. Além do que, para facilitar a montagem e substituição, o sistema de exaustão é composto por vários componentes como coletor, intermediário, silencioso e ponteira, que unidos, formam o sistema de escapamento.

No próximo Post falaremos de cada um desses componentes.

Alexandre
Saiba mais sobre o assunto

sexta-feira, 24 de julho de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO 1.0?


Quando o carro popular foi lançado, em 1991, a idéia era oferecer um veículo de baixo custo, beneficiado pela redução de imposto para motores de menor capacidade. Criou-se então a categoria dos Carros Populares.

Se você fosse desapegado a itens de conforto, ou tivesse feito voto de pobreza, aquele era o carro ideal. Lembro bem que as montadoras na época aproveitavam modelos de linha e literalmente retiravam todo e qualquer item que pudesse causar no motorista alguma sensação de conforto ou bem-estar. Os carros saiam apenas com retrovisor do lado esquerdo, motor, pneus e rodas, e é claro, estepe, por ser obrigatório. Encosto de cabeça dianteiro? Isso era um luxo digno da categoria dos opcionais!!!

Ainda bem que passados os anos a cenário mudou. O mercado tornou-se mais exigente e os Clientes priorizaram as marcas que ofereciam mais itens de conforto e conveniência. Mas uma coisa ficou – o motor 1.0 !! Criado para atender ao mercado dos populares devido ao imposto, criou raizes e passou a fazer parte da cultura do carro nacional, representando hoje cerca de 60% das vendas. Somos o País dos motores de baixa cilindrada !!!

Mas o que há de mal nisso? Afinal de contas esse motorzinho equipa atualmente hatches compactos, pequenos sedans e já carregou até peruas !!! A questão é que com os motores 1.4, os “Mil” perderam um pouco o sentido. Tem até montadora que não produz mais essa motorização.

Vamos analisar os Fatos:

  • O custo de manutenção de um motor 1.4 é praticamente o mesmo de um 1.0, não exigindo cuidados adicionais ou peças de reposição caras.
  • A capacidade volumétrica 40% maior do motor 1.4 produz mais potência e o mais importante, Torque mais abundante, o que explica o item abaixo.
  • O consumo de combustível é muito próximo, chegando em alguns casos a ser mais favorável no caso do 1.4. E que em relação ao 1.0 esse motor tem mais força, evitando que o motorista precise acelerar mais ou reduzir marchas constantemente.
  • O preço final do veículo é bem próximo do 1.0, tendo ainda a vantagem de oferecer de série, itens que no modelo 1.0 são opcionais.
  • E, ao comprar um 1.4 você sai da categoria dos populares, ganhando um pouco mais de status !!
Portanto, não tenha dúvida !!! Gaste um pouquinho mais e leve o motor 1.4. Vale a pena !!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 19 de julho de 2009

VALE A PENA USAR GASOLINA ADITIVADA? POST N° 100 !!!


Mesmo em tempos de Carros Flex, com o Álcool em evidência, muita gente se pergunta se é vantagem usar Gasolina Aditivada? Antes de responder a essa pergunta é importante entendermos qual a diferença básica entre a Gasolina Comum e a Aditivada, já que a base químicas das Gasolinas é a mesma.

O que diferencia a Gasolina Comum da Aditivada é, como o nome já diz, a presença de agentes químicos que adicionados ao combustível resulta em um a ação detergente, tipo sabão em pó “tira manchas”, removendo resíduos e impurezas.

Esses resíduos, conhecidos como “Goma” são resultantes do próprio processo de fabricação do combustível estando presente tanto na gasolina comum quanto na aditivada. A Goma, quando expostas as elevadas temperaturas da câmara de combustão transforma-se em uma espécie de borra que se acumula no sistema de combustível, causando a obstrução dos dutos de alimentação.

Até aí, tudo bem, não fosse um simples fato – a Gasolina Aditivada limpa os resíduos gerados por ela mesma !!! É algo como ar um banho no seu filho e mandá-lo brincar no parque. Não seria mais fácil, em vez de limpar, evitar sujar ??? Bem, é por isso que afirmo que não é vantagem utilizar Gasolina aditivada, pois o valor a mais pago não compensa os benefícios por ela gerado.

Concluindo. No dia-a-dia utilize Gasolina aditivada no reservatório de partida a frio do carro Flex, pois possui maior tempo de vida útil. No tanque, utilize a Gasolina Comum. Se seu carro for Flex, abasteça com Álcool, e acabe com essa dúvida !!!

Até o próximo Post !

Alexandre

quarta-feira, 15 de julho de 2009

TUDO SOBRE RODAS ESPORTIVAS - PARTE I


“O Mundo é uma roda” – diz o sábio. “Mas de que adianta uma roda se ela não é de liga leve?“– complementa o tunneiro. Pois é, mesmo após 5.500 anos, a maior invenção da história continua despertando paixões. Desde os mesopotâmeos até os dias de hoje, a roda evoluiu, se modernizou, passando da madeira ao aço, chegando as ligas metálicas atuais.

A escolha por materiais cada vez mais leves tem um objetivo muito mais nobre que a simples estética. O conceito é reduzir ao máximo o peso do conjunto pneu/roda, otimizando assim o trabalho da suspensão. É que quanto mais leve a roda, menor o esforço realizado pela suspensão para manter os pneus sempre em contato com o solo, favorecendo a dirigibilidade.

Mas não é só a suspensão que é beneficiada, o sistema de freios também é favorecido pela utilização de metais nobres. É que esse tipo de material dissipa melhor o calor gerado durante uma frenagem, aumentando a eficiência dos freios.

Mas, assim como as modelos de passarela, a magreza tem um preço. Rodas muito leves tornam-se frágeis e quebradiças. Por isso, não são utilizadas rodas compostas de um único metal, mas sim, faz-se uso de um metal base, como alumínio, associado a alguns metais que garantam propriedades que o metal base não possui, como boa resistência a impactos, por exemplo. Para isso, são utilizados materiais como cromo, níquel, molibidênio e magnésio que adicionados ao metal base forma uma liga metálica leve, resistente e durável.

Mas a busca por rodas mais leves, quase anoréxicas, não pára por aí. A forma como são produzidas garantem resistência associado ao baixo peso. O processo mecânico que tem sido bastante utilizado é a forja, que associa calor e pressão na confecção das jantes de liga leve. A vantagem em relação as rodas fundidas, no qual o metal é liquefeito e depois é resfriado numa forma, é que a forja elimina bolhas internas, tornando a estrutura mais densa e resistente. Por isso, se suas economias permitirem, compre a roda forjada.

Mas não pense que para desfrutar de todos os benefícios apresentado aqui nesse Post é só chegar numa loja de acessórios e comprar o melhor jogo de rodas esportivas que sua conta bancária pode pagar. Existe critério na hora da escolha. E é isso que veremos nos próximos Posts.

Até lá !

Alexandre

domingo, 5 de julho de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE III

Hoje vamos falar da mais importante das luzes espia – a lâmpada de emergência do óleo do motor.

Como identificar a luz espia
Essa luz de emergência é a principal dentre todas as demais luzes espia, pois assegura que o motor está em condições de funcionar. A simbologia utilizada para essa luz espia não varia muito de montadora para montadora, assumindo a coloração vermelha para chamar atenção do motorista, e o formato de uma motolia, que mais parece com lâmpada onde mora o Gênio de Aladin, com uma pequena gotinha na ponta.

Como Funciona
A luz de emergência do óleo do motor está ligada diretamente a um pequeno sensor instalado na parte superior do motor. Quando se dá partida no carro, o óleo que está depositado no cárter é bombeado para o cabeçote, garantindo a lubrificação dos componentes interno do motor. A pressão do óleo abre o contato elétrico do sensor, apagando a luz no painel. Se o nível de óleo do motor está baixo, não há pressão suficiente para acionar o sensor, mantendo a luz espia acesa permanentemente no painel.

O que fazer
Caso a luz de emergência do nível de óleo do motor acenda no painel com o veículo em funcionamento, encoste o carro em um local seguro e desligue o motor de imediato. Espere alguns minutos e verifique o nível do óleo com a vareta. Verifique também se há vazamento de óleo por baixo do carro. Caso o nível de óleo esteja baixo evite funcionar o motor e se possível transporte o carro em um reboque até uma Concessionária ou Oficina de confiança.

Resumindo. É bom acreditar nessa luz espia, pois isso pode economizar algumas centenas de reais da sua conta corrente !!

Até o próximo Post.

Alexandre

O QUE É TROPICALIZAÇÃO?


Todo veículo, quando em desenvolvimento, é exigido nas mais adversas condições de clima e solo. Seja sob o calor escaldante do deserto, seja no frio cortante do círculo polar ártico. Este teste ou prova de resistência, é conhecido como “Road Test”, e tem a finalidade de aperfeiçoar os componentes do veículo, monitorando, através de computadores, o nível de desgaste das peças e seu comportamento.

Costumo dizer que o verdadeiro teste é rodar nas estradas brasileiras. Isso sim é que é teste de durabilidade.!! E, para que um veículo produzido no exterior, onde as estradas são lisas como uma mesa de bilhar, possa “sobreviver” as rodovias nacionais é preciso passar por adequações. Este tratamento é conhecido no Brasil como Tropicalização e é um item obrigatório para carros importados para nosso País.

A Tropicalização é caracterizada, principalmente, pelas alterações realizadas no sistema de alimentação de combustível, buscando adequar o motor do veículo à gasolina como 26% de álcool, garantindo sua vida útil e o nível de emissão de poluentes. Neste caso, é realizada a substituição das mangueiras e tubulações, além do tratamento da bomba de combustível e modificações no gerenciamento eletrônico do motor. Estas alterações resultam em uma pequena perda de potência, algo em torno de 5%.

Porém, a Tropicalização não se limita apenas a adequação ao combustível. A suspensão do veículo recebe reforços nas buchas e articulações, tendo as molas e amortecedores sua carga redimensionada para suportar a buraqueira do dia-a-dia. São adotados também, pneus com perfil mais alto preparando o veículo para as condições de rodagem no País.

Por fim, é realizada ainda a melhoria das vedações e guarnições dos vidros e das portas, com o objetivo de impedir a entrada de poeira no habitáculo. Esse trabalho de reengenharia é tão bem feito que, em muitos casos, as alterações realizadas passam a constar nos carros novos na linha de produção.

Até o próximo Post.

Alexandre