domingo, 26 de abril de 2009

COMO CALCULAR A EMISSÃO DE CO2 DO SEU CARRO


Que o álcool derivado da cana-de-açucar é uma alternativa ecológica e economicamente viável aos combustíveis derivados do petróleo, isso todos nós já sabemos há décadas. Mas somente de uns cinco anos pra cá é que os estrangeiros têm demonstrado interesse pelo combustível nacional. Mudamos até a denominação de Álcool para Etanol com o objetivo de facilitar a divulgação de nosso combustível verde mundo afora.


O Etanol é o combustível do momento por emitir cerca de 73% menos CO2 que a Gasolina, e ser obtido através de um processo renovável. Mas como podemos constatar os benefícios do Etanol em nossos carros em termos de emissões? Bem, no Site etanolverde.com.br, criado pela UNICA (União da Indústria da Cana-de-Açúcar ) existe uma ferramenta extremamente interessante - a Calculadora de CO2.

Respondendo a um pequeno questionário é possível ter uma noção da quantidade de gás carbônico que deixou de ser emitido na atmosfera quando adotamos o Etanol como combustível. Eu mesmo fiz uso da ferramenta e verifiquei que contribuo com o planeta evitando a emissão de 396 kg de CO2 por mês, somente pelo fato de utilizar álcool em meu carro Flex !!! Sensacional !!!

O que a Calculadora CO2 faz é mostrar a redução na emissão de Gás Carbônico do Etanol em relação à gasolina. Para realizar os cálculos considera-se que para cada litro de etanol produzido, são emitidos pouco mais de dois quilos de CO2. No cálculo é considerado também o quanto de CO2 foi evitado durante o processo de fabricação do Etanol. A base de consumo é de 12 km/l para gasolina comum, com 25% de álcool anidro, e 9,2 km/l para o Etanol.

Após usarmos a Calculadora CO2 passamos a ter consciência de que a redução do efeito estufa não é apenas uma responsabilidade dos governos e grandes empresas, e que ações simples, como a escolha do combustível, certo podem fazer a diferença.

Click aqui para ter acesso a calculadora de CO2

Até próximo Post

Alexandre

terça-feira, 21 de abril de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO AIR BAG – PARTE II


No Post anterior sobre a Obrigatoriedade do Air BAg comentamos sobre o amadurecimento das normas que regem o trânsito e a produção de veículos no País, assim como os benefícios que a vigência da nova Lei nos trás. No Post de hoje, estaremos focados em esclarecer as dificuldades técnicas por trás da Lei.


Bem, para começar podemos dizer que, ao contrário do que muitos imaginam, a exigência não trará grandes dificuldades técnicas às Montadoras. Digo isso porque vários modelos já trazem o item de série, e mesmo modelos populares oferecem o equipamento como opcional. Traduzindo isso em números, segundo dados do Cesvi, algo como 4% da frota nacional já possui o equipamento.

Apenas em alguns casos onde os projetos dos veículos são antigos é que sua instalação exigirá um trabalho de adequação do painel, volante e habitáculo. E, em pouquíssimos casos a saída de um modelo antiquado de linha será antecipada até a vigência da Lei. A nova Lei é válida para todos os modelos vendidos no País, sejam os produzidos em solo brasileiro ou importados, e apenas estão livres os modelos exportados.

Fala-se também que o custo do equipamento, que é estimado em R$ 2000,00 para um veículo popular, será reduzido em função do aumento da produção. Isso não é bem verdade, pois todos os Air Bags são importados. É que existem no Brasil apenas três empresas responsáveis pelo fornecimento do produto no Brasil, e a maior delas, em função da crise mundial, adiou para o ano que vem o projeto para criação de uma planta industrial para produção de Air Bags com capacidade de produção de até 150 mil peças por ano. Isso quer dizer que para temos um Air Bag mais em conta seria necessário uma redução de impostos por parte do governo.

É importante perceber que foi dado um grande passo para reduzir as mortes no trânsito brasileiro. E que ao tornarmos o Air Bag um item de série estamos nos antecipando as Normas técnicas mais rigorosas que veremos nos próximos anos. Mas lembramos que o Air Bag é um item de segurança passiva, ou seja, atua no momento do acidente. O passo seguinte é tornar obrigatório o uso de equipamentos de segurança ativa, que atuam prevenindo a ocorrência de acidentes, como o ABS, por exemplo.

Mais isso é assunto para um próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

segunda-feira, 20 de abril de 2009

SELO PROCEL PARA CARROS


Você já deve ter visto um selo, semelhante ao mostrado na figura acima, relacionado a algum eletrodoméstico como uma geladeira, por exemplo. Mas se levassem esse conceito aos automóveis? Bem, parece mais uma daquelas boas idéias que nunca sairão do papel. Errado. Desde a última sexta, dia 17, um modelo similar ao Selo Procel será utilizado também para orientar os clientes na hora da compra de um carro.

Isso mesmo, aquele selinho, chamado de Selo Procel de Economia de Energia, foi instituído através de um Decreto Presidencial de 08 de dezembro de 1993, sendo um produto do Programa Nacional de Conservação de Energia elétrica. Só que é utilizado para equipamentos domésticos como geladerias e ar condicionados com o objetivo de orientar o consumidor na hora da compra, indicando os produtos com maior eficiência energética através de uma classificação que varia de A, para o mais econômico, a E, o menos econômico.

Nos automóveis o Selo irá se chamar Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) e é o resultado de uma parceria entre o Inmetro e a Petrobrás através do CONPET, Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural. Serão oito categorias: subcompacto, compacto, médio, grande, esportivo, fora-de-estrada, comercial leve e comercial derivado de carro de passeio. E o Selo indicará o consumo de combustível no ciclo urbano e rodoviário, em Km/l para álcool e gasolina, ou Km/m3 para carros GNV.

Mas, por tratar-se de um assunto polêmico, os testes de consumo são realizados pelo Inmetro, seguindo padrões estabelecidos na Norma Técnica ABNT 7024, utilizando combustível padrão. Nesse teste o veículo funciona sobre um dinamômetro de rolos, simulando diferentes condições de tráfego. Os valores obtidos são médias de consumo e servem como referência para o consumidor.

Portanto, a partir de agora a etiqueta poderá ser utilizada nos Show Rooms das Concessionárias com o objetivo de ajudar o Cliente na escolha do modelo mais econômico. Na Europa existe uma classificação semelhante, mas voltada a emissão de poluentes, onde um selo indica a quantidade de poluentes emitida pelo motor.

A adesão ao Programa é voluntária, e até o momento apenas 05 montadoras participam da classificação. A expectativa é que este ano aproximadamente 30 modelos de cinco categorias sejam etiquetados.

Click aqui e veja a tabela com os carros que já receberam o Selo ENCE.


Alexandre

sábado, 18 de abril de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO AIR BAG – PARTE I

O ano de 2009 é sem dúvidas um marco para a indústria automobilística nacional. No dia 19 de março o presidente Lula sancionou a Lei 11.910 que obriga todos os automóveis a serem equipados com Air Bags Duplos no prazo de até cinco anos.


Explicando melhor, a Lei 11.910 de 18 de março de 2009 altera o artigo 105 da Lei de número 9.503, de 23 de setembro de 1997, do Código de Trânsito Brasileiro, determinando que, até 2014, o uso do equipamento suplementar de retenção, ou seja, Air Bag, torna-se obrigatório para veículos leves.

Quem lembra, no início da década de 90, os automóveis foram obrigados a utilizar espelho retrovisor do lado direito, até então item opcional em carros mais baratos. Se voltarmos um pouco mais no tempo, mas precisamente na década de 80, vamos lembrar que os cintos subabdominais deram lugar gradativamente aos cintos transversais, e seu uso tornou-se obrigatório. Foram decisões importantes, mas que não tiveram grande impacto quando comparado à obrigatoriedade do Air Bag.

Segundo o CESVI, entre 2001 e 2007, mas de três mil mortes poderiam ter sido evitadas caso os veículos acidentados possuíssem Air Bags. Se considerarmos apenas os ferimentos leves, foram mais de setenta mil casos no mesmo período que poderiam ter sido minimizados pelo uso do equipamento. Isso quer dizer que a cada ano, 490 pessoas, ou seja, 1,4% dos 35 mil mortos anuais no trânsito podem ter suas vidas salvas com o uso da bolsa.

Portanto, não há dúvidas. A Bolsa de Ar é o item de segurança mais significativo em um automóvel na atualidade, tendo sido responsável por salvar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Tudo isso graças ao acionamento de uma bolsa de ar em menos de oito décimos de segundo.

E, além de salvar vidas, o impacto econômico em função da redução de casos de morte e ferimentos graves seria na ordem de R$ 225 milhões por ano, segundo o IPEA.

Nos próximos Posts veremos as questões técnicas por trás da obrigatoriedade do Air Bag.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:

quinta-feira, 9 de abril de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE FREIOS – PARTE III


Em 1902, quando os automóveis apresentavam sistemas mecânicos simples e rudimentares, um engenheiro Inglês, chamado Frederick Lanchester, teve a idéia de utilizar um disco como elemento principal de um sistema de freios.

Apesar do conceito revolucionário para a época, o disco de freio iniciou sua vida apenas quatro décadas depois, na aviação militar. Durante a segunda guerra mundial, os aliados precisavam pousar os aviões cargueiros em pistas curtas na Europa e o sistema de freio a tambor não mostrava eficiência quando submetido a tamanho esforço. Daí a opção pelos discos.

A primeira aplicação em um automóvel ocorreu em 1953 quando um bólido de competição utilizou um sistema de freios a disco na dianteira durante as 24 Horas de Le Mans. Mas foi somente dois anos depois que o sistema entrou em produção.

Desde então, o sistema de freios a disco pouco mudou, e olha que lê já tem mais de de cem anos de existência !! Basicamente, é constituído por um disco metálico, normalmente feito em ferro fundido, que é pressionado por pastilhas de um material de fricção. A opção pelo ferro fundido advém das características de suportar os esforços mecânicos elevados, além de garantir bom coeficiente de atrito e elevada capacidade de dissipação de calor.

E é em relação a essa capacidade de dissipar o calor que está a vantagem sobre o sistema convencional a tambor. É que o sistema a tambor, por ser fechado retém o calor, reduzindo sua eficiência, limitando assim sua aplicação apenas às rodas traseiras. Ao contrário do Sistema a disco que, por estar exposto a passagem do ar, possui refrigeração mais eficiente, reduzindo a possibilidade de fading, e garantindo uma excelente frenagem.

Os discos de freio podem ser sólidos, quando feitos em uma peça maciça de ferro fundido, ou ventilados, quando possui canaletas entre as duas superfícies de atrito, cuja função é direcionar o fluxo de ar e assim, melhorar a dissipação de calor. Alguns discos de alto rendimento ( como os da foto acima ) possuem furos na superfície de atrito e ranhuras que expelem água e impurezas.

Nos próximos Posts veremos um pouco mais sobre o sistema de freios.

Alexandre


Saiba mais sobre o assunto:



quarta-feira, 1 de abril de 2009

APRENDA A IDENTIFICAR AS CAUSAS DO CONSUMO ELEVADO - PARTE I


Recebo sempre e-mails de leitores reclamando de consumo elevado de seus carros. Mas Para tentar esclarecer essas questões preciso desprezar os efeitos causados por vícios de direção, como troca de marchas no tempo incorreto e me concentrar na busca por problemas mecânicos que influenciam diretamente no consumo.


Para isso vamos fazer uma varredura no motor e no sistema de injeção eletrônica na busca pelos principais vilões da “bebedeira“. Mas lembre-se do seguinte: quando uma peça defeituosa provoca a elevação do consumo perceberemos isso com o passar dos dias, ou em alguns casos, de um momento para outro. Mas, se seu carro sempre consumiu muito, lamento informar, mas o problema é a maneira como você dirige!! Bem, esse assunto vamos deixar para um próximo Post...

Agora, o mais procurado entre todos os malfeitores do consumo está o sensor de temperatura do líquido de arrefecimento. Não, não se engane pelo nome pomposo, esse sensor, mais conhecido como sensor de temperatura da água, é um dos maiores causadores do consumo elevado. Quando defeituoso, ele age informando à central um valor incorreto da temperatura em que o líquido de arrefecimento se encontra. Até aí não parece nada de mais, afinal de contas o que é que a temperatura da água que arrefece o motor tem a ver com aumento no consumo? Bem, é aí que está a maldade !!!

Esse ardiloso sensor, quando defeituoso, informa valores de temperatura abaixo do real, ou seja, a lábia do malandro convence a Centra eletrônica que o motor está mais frio do que na verdade está. Partindo desse princípio, a pobre e inocente Central aumenta o tempo de abertura dos injetores, elevando consideravelmente a quantidade de combustível consumido pelo motor.

Portanto, não se deixe enganar por esse sensor. Ele tem o costume de apresentar defeito em sistemas sujos e sem manutenção. Por isso, procure fazer a limpeza do sistema de arrefecimento a cada 10.000 Km, substituindo o aditivo.

Nos próximos Posts continuaremos a busca pelos vilões do consumo.

Alexandre