domingo, 22 de novembro de 2009

É VERDADE QUE UM CARRO ACOSTUMADO A RODAR NA ESTRADA ANDA MAIS?


Imagine a seguinte situação. Seu vizinho vive se gabando que o carro que ele usa, além de disposto, é extremamente econômico. Tal conversa não passaria de lorota do morador da casa ao lado, não fosse um pequeno detalhe – o carro sobre o qual ele descarrega elogios é exatamente igual ao que você encosta diariamente na garagem, e que, você vive reclamando do elevado consumo e do péssimo desempenho.

O assunto pode até virar motivo de intriga entre vizinhos, mas será que tem um fundo de verdade? Bem, se o seu vizinho utiliza o carro em viagens constantes a trabalho, enquanto você se arrasta pelo caótico trânsito das cidades, então temos a explicação para o impasse.

Num circuito urbano, o anda-e-pára do trânsito faz com que o motor trabalhe em condições pouco favoráveis, fazendo-o funcionar em baixas rotações, com pouca circulação de ar, e em marchas curtas como a primeira ou segunda. Para manter o motor funcionando nessas condições a quantidade de combustível é elevada, consumindo mais e formando depósitos de carbono no interior do motor. A bomba de óleo trabalha com baixa circulação de óleo e a circulação de líquido de arrefecimento está em baixa.

Já, em uma estrada, o motor trabalha em um regime de funcionamento constante, com marchas altas como quarta e quinta, com ventilação garantida pelo movimento do carro. As rotações mais elevadas do motor favorecem a queima do combustível, reduzindo o consumo e evitando a carbonização do motor.

Daí o motivo pelo qual o carro do vizinho parece mais ágil e econômico. Com o passar do tempo, a condição de rotações elevadas, combinado com velocidade constante na estrada diminui o acúmulo de carbono no interior do motor, fato que não podemos evitar no trânsito lento da cidade.

Resumindo. Quanto mais tempo você passa no engarrafamento, mais carbonizado fica o motor. E, a cada dia que passa, o motor do seu carro ficará ainda mais carbonizado, aumentando o consumo de combustível, e reduzindo, na mesma proporção, o desempenho.

Portanto, uma coisa é certa – o seu vizinho está com toda razão!!!

Até o próximo Post.

Alexandre