quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SE UM MOTOR TRABALHA PRÓXIMO DE 100°C, PORQUE A ÁGUA DO RADIADOR NÃO FERVE? - PARTE I


Certa vez me questionaram sobre o motivo pela qual a água do radiador não ferve mesmo o motor estando a mais de 100°C. É no mínimo uma dúvida com bom fundamento.

A água é um recurso natural abundante e há muito tempo é utilizada como fluido de arrefecimento por ser eficiente no transporte do calor do motor para o radiador, mas o controle de seu ponto de ebulição sempre foi um grande tormento para os projetistas. Apenas para se ter uma idéia, o carro mais vendido do mundo durante metade do século XX utilizava um motor arrefecido a ar, por ser mais simples.

Atualmente, todos os veículos fabricados no mundo, digo todos mesmo, utilizam a água como elemento para arrefecer o motor, por ser mais eficiente, termicamente falando, quando comparada ao ar. Mas utilizar somente a água não garante a eficiência do sistema de arrefecimento. É aí que entra o Aditivo.

O Aditivo adicionado à água do radiador possui uma composição à base de um composto chamado Etilenoglicol. Esta substância, além de agregar características específicas a água, tem como função alterar seu ponto de ebulição e congelamento. Logo, quando adicionamos o Aditivo à água formamos uma mistura, conhecida como líquido de arrefecimento, cuja principal característica é o ponto de ebulição superior a 100°C, e ponto de congelamento abaixo de 0°C.

Isso quer dizer que, mesmo que a temperatura do motor atinja mais de 100°C, a água presente no fluido de arrefecimento permanecerá no estado líquido. Isso é sensacional !!! Mas para que esse controle da temperatura seja eficiente, é preciso atender a proporção entre água e aditivo que é de 30% de aditivo para 70% de água.

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 18 de outubro de 2009

PORQUE O CARRO FLEX NÃO É ECONÔMICO? PARTE I


Quando o primeiro carro Flex foi lançado em 2003, vendeu-se a idéia de que o motorista sentiria a economia já mo momento do abastecimento. Até concordo, se você considerar que os R$ 80,00 cobrados por um tanque de álcool afeta muito menos o bolso que os R$ 120,00 necessários para encher com Gasolina.

Nossa, estou economizando muito – você pode pensar!!. Mas, sem querer ser chato, isso é pura ilusão. O fato é que rodando com álcool o carro irá consumir muito, muito mais. Ou seja, toda aquela economia na hora de passar um cheque irá se refletir, na verdade, em alguns tanques a mais de álcool. Então pode se preparar para ficar amigo do frentista.

Não. Não estou aqui criticando o álcool. Muito pelo contrário, sou um ferrenho defensor do combustível verde. Quem acompanha o Blog sabe disso. Apenas me sinto na obrigação de esclarecer aos meus leitores que quando comprarem um carro Flex, não pensem em economia. Nesse tipo de carro isso é um fator secundário.

A economia advém justamente do fato de você escolher o combustível que mais lhe convém naquele momento. E isso é o mais importante no carro Flex.

Mas porque então comprar um carro bi-combustível? A resposta é simples: utilizar a tecnologia a seu favor. Isso quer dizer que quando a gasolina estiver mais cara você pode optar pelo álcool, assim como no período da entressafra da cana-de-açucar, quando o preço do álcool aumenta muito, você pode recorrer ao combustível fóssil.

Eu, particularmente, uso 100% de álcool, não me preocupando muito com o consumo. Mas, para aqueles que querem fazer render alguns reais, opte sempre pela gasolina se o valor do álcool for equivalente a mais de 70% do seu preço.

Ou seja. Multiplique o valor da gasolina por 0,7. Se o preço do álcool estiver acima do valor calculado, abasteça com a velha e boa gasolina. Agora, se o preço do álcool estiver abaixo do valor encontrado, encha o tanque com o combustível “verde“ e vá ser feliz !!!

Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre o consumo dos carros Flex.

Alexandre
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO COM MAIS DE UM ANO DE GARANTIA?

Analisando um pouquinho o mercado, comecei a reparar no período de garantia oferecido pelas montadoras. Um, dois, três, cinco anos... Seguindo o conceito de que quanto mais, melhor, as Montadoras lançam modelos com o maior período de garantia possível para atestar a qualidade de seus produtos diante do consumidor. Mas, será que vale realmente a pena comprar um carro com mais de um ano de Garantia?


Bem, Garantia, segundo o código de defesa do consumidor, é um direito que o consumidor tem de ter o seu veículo reparado em caso de defeito de fabricação. Isso quer dizer que se seu carro der um prego dentro desse período, a Montadora assume os custos.

Durante os testes de desenvolvimento de um novo carro, as montadoras fazem um levantamento para determinar quais componentes poderão apresentar algum defeito, e juntamente com o pessoal do departamento comercial, determinam o período de garantia.

Uma curiosidade - das trinta e nove Montadoras e importadoras instaladas no País, ninguém oferece quatro anos de Garantia. Porque será ??? Será que o número quatro dá azar???

Mas, voltando ao assunto, nem todos os componentes de um veículo são cobertos pela Garantia. É o caso dos chamados itens de desgaste natural, como embreagem, pneus, palhetas do limpador, pastilhas e discos de freio, lonas de freio... Esses itens apresentam desgaste pelo uso e possuem intervalo periódico para a troca. Apenas serão repostos em garantia se o desgaste for prematuro.

Durante o período da Garantia, a Montadora exige que todos os Serviços sejam realizados na Concessionária, utilizando peças originais. Até aí tudo bem, não fosse o elevado preço de peças e mão de obra cobrado pelas Concessionárias.

Isso quer dizer que você ficará ligado a Concessionária por um cordão umbilical durante todo o período da Garantia, sob o risco de perder a cobertura caso recorra ao mercado de reposição. Uma simples troca de óleo pode sair bem cara.

Com base nessas informações, e analisando friamente a questão, durante o período de garantia, se tudo correr bem, o que você irá trocar são justamente esses itens de desgaste natural, mais lubrificantes e componentes nas Revisões periódicas. Então, se seu carro for um modelo de grande venda, com boa disponibilidade de peças no Mercado, fique tranqüilo, um ano de garantia é o suficiente.

Agora, se o modelo do seu carro é recente no mercado, ou é importado, prazos de garantia mais longos são uma boa pedida. E se você não pagar a mais por isso, vale!!

Até o próximo Post.

Alexandre

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE II


A Ferrugem sempre foi um dos maiores temores dos proprietários de veículos em todos os tempos. Um fenômeno físico-químico que tem se alastrado com grande vigor, durante anos e anos, de gerações em gerações, causando verdadeiro pavor entre os Fabricantes de veículos e motoristas cuidadosos.

Sabendo disso, Fabricantes de todo o Mundo se utilizam de diversos processos anti-corrosivos de forma a reduzir, ou mesmo eliminar tal Fenômeno. Estes tratamentos, realizados sempre a base de produtos químicos, constituem a maior proteção das chapas indefesas e pinturas desprotegidas.

O primeiro passo para a Proteção da Carroceria é o tratamento da chapa através de um processo de Galvanização, que pode ser feita a quente ou eletrolíticamente. Em seguida, a Carroceria é desengraxada e limpa, recebendo uma proteção a base de Fosfato de Zinco. Este processo permite a formação de uma camada cristalina sobre a superfície metálica, preparando a chapa para a aplicação do Primer nas áreas externas da carroceria.

Após este processo, a Carroceria é imersa em um tanque para remoção do excesso de fosfato, estando agora pronta para receber a aplicação do Primer anticorrosivo que garantirá a aderência da pintura. Após dois ou mais estágios de limpeza e secagem, a Carroceria recebe a aplicação do Material de Vedação nas costuras das soldas e na parte inferior, funcionando como isolamento de temperatura e ruído.

É então aplicado um Primer com a função de nivelar a superfície da carroceria eliminando irregularidades, sendo seco a 150° C. Após seu lixamento, são aplicados, através de pulverização automática, os pigmentos que definirão a cor e de efeito metálico ou perolizado do veículo, seguido da aplicação de uma camada transparente de um verniz protetor.

É interessante observar que além do aspecto atrativo, a Pintura garante também a proteção da carroceria contra corrosão, sendo utilizados diversos tratamentos anticorrosivos. Mas não é apenas durante o processo de produção que os Fabricantes se preocupam com a proteção da Carroceria. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a novos métodos e materiais alternativos.

É o caso da utilização de Ceras especiais para Proteção de veículos quando expostos por muito tempo em locais desprotegidos e pátios descobertos. Dessa forma é possível evitar processos de corrosão biológica, causados por excrementos de aves e larvas de insetos, os quais provocam manchas e danos irreversíveis à pintura, assim como ataque a chapa.

Até o próximo Post.

Alexandre

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