sábado, 26 de setembro de 2009

CUIDADOS CONTRA A FERRUGEM – PARTE I


Ferrugem é um nome popular dado a um fenômeno químico bastante comum – a oxidação. Esse fenômeno nada mais é que o processo de reação com o próprio oxigênio. E, como a atmosfera é rica em oxigênio, podemos dizer que tudo em nosso Mundo oxida.


Vou dar um exemplo bem simples. Quando cortamos uma maça ao meio, e comemos uma parte, a outra parte que ficou no prato rapidamente escurece a poupa, ficando amarelada. Isso nada mais é que oxidação. Ao envelhecermos também estamos oxidando, pois a formação de rugas em nossa pele nada mais é que o resultado da ação de nossa epiderme ao oxigênio.

A verdade é que alguns materiais oxidam mais facilmente que outros. É o caso dos metais. Mas, para que isso ocorra é preciso de um eletrólito, ou seja, de uma substância que auxilia na condução de elétrons entre dois elementos. Nesse caso, eletrólito é a água.

O que conhecemos como ferrugem, aquele pozinho alaranjado sobre uma superfície metálica,é na verdade óxido de ferro, ou seja, é o resultado da combinação do ferro da chapa com o oxigênio. Mas para que o Ferro torne-se Óxido de ferro, é preciso que ocorra a reação química entre três elementos – a água, o ferro e o oxigênio.

Quando esses elementos se encontram, como acúmulo de água no escapamento ou no interior paralamas criamos uma condição ideal para a formação de ferrugem. É um processo químico simples que vamos explicar passo a passo.

Primeiramente, a água acumulada se combina com o dióxido de carbono ( CO2) presente na atmosfera e que também é liberado pelo próprio escapamento do carro, para formar uma substância ácida, chamado de ácido carbônico. À medida que esse ácido vai se formando, vai ocorrendo o ataque à superfície metálica. Essa reação química separa o Ferro da liga metálica, além de liberar Hidrogênio e Oxigênio. E, é esse oxigênio que se combina com o Ferro, formando o Óxido de ferro. Simples, não?

É, simples e prejudicial. Pois a oxidação é sinal de que a superfície metálica está comprometida, e por tratar-se de um processo contínuo, e que quando iniciado não pode ser interrompido, tem-se o próximo passo que é a corrosão, ou perda significativa de material provocado pela oxidação. Daí, meu amigo, a coisa fica feia...

O que fazer então para evitar a oxidação? Bem, o primeiro passo é ler o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O QUE É DOWNSIZING?

A cada década, uma nova expressão é adotada no Mundo corporativo, e seus conceitos são seguidos pelas Empresas como dogmas religiosos. Value, Reengeneering, e Core Business são alguns dos termos que fizeram fama. Mas um deles tem tido um sobrevida – o Downsizing.

Essa não é bem uma expressão nova. Foi bastante utilizado na década de 90 na reformulação de fábricas e grades empresas. É um termo derivado do inglês, cujo significado pode ser interpretado como “redução”. É um conceito bastante aplicado à administração, cuja principal característica é a redução dos níveis hierárquicos e do quadro de funcionários com o objetivo de tornar a Empresa mais ágil e eficiente. Alguns sindicalistas sugerem que o termo está associado a demissões, só que escrito de uma forma mais elegante.

Tá, tudo bem, esse Post tá com cara de Blog de Administração. Mas, se você continuar lendo vai entender onde quero chegar. É que desde o início do século XXI esse termo tem assumido grande importância na indústria automotiva. Uma revolução silenciosa tem ocorrido na engenharia, onde o termo tem sido utilizado para batizar projetos de automóveis mais eficientes, e que utilizam sistemas mecânicos mais simples e compactos. Algo como tirar mais de menos !!

A principal vantagem de adotar o Downsizing é utilizar unidades motrizes mais eficientes, com menor consumo de combustível e redução significativa na emissão de poluentes, mantendo os mesmos números de desempenho. Essa prática é um reflexo da pressão exercida pelas exigentes normas de emissões vigentes na Europa. Sem o Downsizing as Montadoras não conseguiram atender tais regulamentações tornando impossível homologar novos veículos.

O maior desafio, portanto, é manter os números de desempenho dos motores de maior capacidade utilizando motores cada vez menores. É perceptível o esforço das Montadoras em todo o Mundo em utilizarem motores de menor cilindrada, muitas vezes turbocomprimidos, em substituição aos antigos motores de maior cilindrada.

Esse fenômeno já se faz presente no Brasil e de forma bastante consistente. O ponta-pé inicial foi dado por uma montadora italiana que lançou um sedan médio dotado de um pequeno, mas valente, motor 1.4 turbo em um segmento até então dominado por motores 1.8 e 2.0.

Essa é a tendência do futuro – motores menores, mais eficientes, econômicos e menos poluentes !! Isso é Downsinzing!!

Alexandre

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VEICULOS MENOS POLUENTES ATÉ 2014.


O CONAMA ( Conselho Nacional do Meio Ambiente ) aprovou em sua 95ª Reunião Ordinária, na última quarta-feira, uma nova Resolução que faz parte da Fase 6 do Programa de Controle da Poluição do AR por Veículos Automotores. Essa nova determinação estabelece que veículos movidos a álcool e gasolina deverão atender a nova exigência a partir de 1° de janeiro de 2014. Para os veículos Diesel, a determinação é valida já para o primeiro dia de 2013.


Esta Resolução engloba todas as substâncias poluentes resultantes da queima dos combustíveis, tais como monóxido de carbono (CO), aldeídos, hidrocarbonetos(HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado.

E, apenas para que você possa ter uma noção do impacto dessa Resolução sobre a emissão de poluentes, um veículo movido a Gasolina emite atualmente cerca de 0,12 grama de óxidos de nitrogênio por Km. Após 2014, serão obrigados a emitir apenas 0,08 g/Km. Uma redução de 33% !!!

Segundo o mesmo conceito, os veículos leves e os comerciais com menos de 1700Kg devem ter redução de 35% nas emissões de monóxido de carbono ( CO ) passando dos atuais 2 g/km para cerca de 1,3 g/km até a vigência da nova Lei. Já, para os veículos com mais de 1,7 mil kg, a redução será de 26%, passando do limite 2,7 g/km da Fase 5, para apenas 2 gramas por quilômetro.

Mas, como tudo no Brasil, quem irá fiscalizar? Bem, assim como ocorre atualmente, além do próprio CONAMA a responsabilidade e adequação dos veículos é da própria Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ( Anfavea ), que na verdade é a instituição mais interessada, já que apenas serão homologados veículos para a venda que atenderem as exigência da Nova Regulamentação.

Mas quais os benefícios para a População que a nova Lei oferece? Bem, primeiramente, com a nova Fase do Programa de controle da Poluição estamos no aproximando das exigentes Normas internacionais vigentes. Isso é um grande passo para a redução do efeito estufa e suas conseqüências para o Planeta. Em segundo lugar, estamos regulamentando a emissão de substâncias tóxicas que são as principais causadoras de doenças respiratórias.

Se você concorda com nas Novas regras no controle de emissões de Poluebntes, deixe seu comentário.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 5 de setembro de 2009

É PRECISO UTILIZAR A PARTIDA A FRIO EM UM DIA QUENTE?


Recebi um e-mail de um leitor me questionando se realmente seria necessário utilizar o sistema de partida a frio de seu carro Flex se em sua cidade as temperaturas são elevadas? Pensando bem, até que faz sentido. Porque utilizar a partida a frio se está fazendo tanto calor?


Só que o raciocínio não é bem esse. A função básica do sistema de partida à frio é, obviamente, auxiliar a partida com o motor frio. Mas, quando falamos de partida à frio não estamos nos referindo se está fazendo frio ou calor. Estamos, na verdade, nos referindo a temperatura do motor no momento da partida.

Vou explicar melhor. A temperatura de trabalho de um motor é algo próximo dos cem graus, (noventa e sete, para ser mais preciso). Então, se o motor passou muito tempo desligado, ele estará à temperatura ambiente, ou seja, em torno de 30°C, por exemplo. Daí, se compararmos as temperaturas, podemos considerar que o motor está frio em relação a sua temperatura de trabalho. Entendeu agora?

Ou seja, não importa se você está a 40°C em Teresina ou a 20°C em São Paulo. O que importa é que quando o motor está a temperatura ambiente ele está muito frio em relação a temperatura de trabalho. Isso exige uma injeção de gasolina adicional para facilitar a partida quando o carro está com álcool no tanque.

Portanto, é válido encher o reservatório de partida a frio sempre com gasolina aditivada de modo a facilitar o funcionamento do motor. Além disso, manter o reservatório sempre com gasolina evita que o anel de vedação do reservatório resseque, impedindo vazamentos.

E, para aqueles que não suportam estar enchendo o tanquinho, uma novidade – já existem modelos que eliminam o reservatório, passando a utilizar injetores aquecidos. Mas isso é assunto para um próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto: