sexta-feira, 31 de julho de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE EXAUSTÃO – PARTE I


É comum ouvir alguém chamar o sistema de exaustão de um carro de tubo de descarga. Algo um tanto quanto depreciativo para um trabalho tão digno quanto expelir os gases resultantes da queima do combustível.

Esses gases precisam ser rapidamente eliminados, cedendo espaço a nova mistura ar-combustível a ser admitida no motor. Para tanto, o sistema de escapamento deve orientar o fluxo dos gases facilitando sua saída. Sua eficiência é determinada pelo formato e disposição, estando intimamente relacionado às características de cada motor.

É mais ou menos como nosso sistema respiratório, uma espécie de via de mão dupla que nos permite aspirar o oxigênio presente no ar atmosférico e no momento seguinte expulsar os gases tóxicos. Nossa capacidade respiratória é definida, não só pelo volume de ar que aspiramos, mas também pela capacidade de eliminar todos os gases nocivos presentes em nossos pulmões.

Por isso, a importância de manter sempre o Sistema de escapamento em bom estado. Furos ou amassões alteram o fluxo dos gases, levando conseqüentemente à perda de rendimento do motor. Algumas pessoas, seguindo este raciocínio, retiram o catalisador para beneficiar o motor. Isto representa um pensamento distorcido, já que a restrição causada pelo catalisador está prevista em projeto e, portanto, sua remoção em nada trará benefícios para o desempenho do veículo.

Mas, se o sistema de escape fosse constituído por um único tubo reto, saindo diretamente do motor para a traseira do veículo, isso não facilitaria a saída dos gases? A resposta é simples: o escapamento é a última coisa a ser instalada por baixo do veículo. Sendo assim, deve desviar das peças montadas anteriormente, por isso, seu formato tortuoso. Alterar essa disposição ocasiona perda de velocidade na saída dos gases, prejudicando o rendimento do motor. Além do que, para facilitar a montagem e substituição, o sistema de exaustão é composto por vários componentes como coletor, intermediário, silencioso e ponteira, que unidos, formam o sistema de escapamento.

No próximo Post falaremos de cada um desses componentes.

Alexandre
Saiba mais sobre o assunto

sexta-feira, 24 de julho de 2009

VALE A PENA COMPRAR UM CARRO 1.0?


Quando o carro popular foi lançado, em 1991, a idéia era oferecer um veículo de baixo custo, beneficiado pela redução de imposto para motores de menor capacidade. Criou-se então a categoria dos Carros Populares.

Se você fosse desapegado a itens de conforto, ou tivesse feito voto de pobreza, aquele era o carro ideal. Lembro bem que as montadoras na época aproveitavam modelos de linha e literalmente retiravam todo e qualquer item que pudesse causar no motorista alguma sensação de conforto ou bem-estar. Os carros saiam apenas com retrovisor do lado esquerdo, motor, pneus e rodas, e é claro, estepe, por ser obrigatório. Encosto de cabeça dianteiro? Isso era um luxo digno da categoria dos opcionais!!!

Ainda bem que passados os anos a cenário mudou. O mercado tornou-se mais exigente e os Clientes priorizaram as marcas que ofereciam mais itens de conforto e conveniência. Mas uma coisa ficou – o motor 1.0 !! Criado para atender ao mercado dos populares devido ao imposto, criou raizes e passou a fazer parte da cultura do carro nacional, representando hoje cerca de 60% das vendas. Somos o País dos motores de baixa cilindrada !!!

Mas o que há de mal nisso? Afinal de contas esse motorzinho equipa atualmente hatches compactos, pequenos sedans e já carregou até peruas !!! A questão é que com os motores 1.4, os “Mil” perderam um pouco o sentido. Tem até montadora que não produz mais essa motorização.

Vamos analisar os Fatos:

  • O custo de manutenção de um motor 1.4 é praticamente o mesmo de um 1.0, não exigindo cuidados adicionais ou peças de reposição caras.
  • A capacidade volumétrica 40% maior do motor 1.4 produz mais potência e o mais importante, Torque mais abundante, o que explica o item abaixo.
  • O consumo de combustível é muito próximo, chegando em alguns casos a ser mais favorável no caso do 1.4. E que em relação ao 1.0 esse motor tem mais força, evitando que o motorista precise acelerar mais ou reduzir marchas constantemente.
  • O preço final do veículo é bem próximo do 1.0, tendo ainda a vantagem de oferecer de série, itens que no modelo 1.0 são opcionais.
  • E, ao comprar um 1.4 você sai da categoria dos populares, ganhando um pouco mais de status !!
Portanto, não tenha dúvida !!! Gaste um pouquinho mais e leve o motor 1.4. Vale a pena !!!

Até o próximo Post.

Alexandre

domingo, 19 de julho de 2009

VALE A PENA USAR GASOLINA ADITIVADA? POST N° 100 !!!


Mesmo em tempos de Carros Flex, com o Álcool em evidência, muita gente se pergunta se é vantagem usar Gasolina Aditivada? Antes de responder a essa pergunta é importante entendermos qual a diferença básica entre a Gasolina Comum e a Aditivada, já que a base químicas das Gasolinas é a mesma.

O que diferencia a Gasolina Comum da Aditivada é, como o nome já diz, a presença de agentes químicos que adicionados ao combustível resulta em um a ação detergente, tipo sabão em pó “tira manchas”, removendo resíduos e impurezas.

Esses resíduos, conhecidos como “Goma” são resultantes do próprio processo de fabricação do combustível estando presente tanto na gasolina comum quanto na aditivada. A Goma, quando expostas as elevadas temperaturas da câmara de combustão transforma-se em uma espécie de borra que se acumula no sistema de combustível, causando a obstrução dos dutos de alimentação.

Até aí, tudo bem, não fosse um simples fato – a Gasolina Aditivada limpa os resíduos gerados por ela mesma !!! É algo como ar um banho no seu filho e mandá-lo brincar no parque. Não seria mais fácil, em vez de limpar, evitar sujar ??? Bem, é por isso que afirmo que não é vantagem utilizar Gasolina aditivada, pois o valor a mais pago não compensa os benefícios por ela gerado.

Concluindo. No dia-a-dia utilize Gasolina aditivada no reservatório de partida a frio do carro Flex, pois possui maior tempo de vida útil. No tanque, utilize a Gasolina Comum. Se seu carro for Flex, abasteça com Álcool, e acabe com essa dúvida !!!

Até o próximo Post !

Alexandre

quarta-feira, 15 de julho de 2009

TUDO SOBRE RODAS ESPORTIVAS - PARTE I


“O Mundo é uma roda” – diz o sábio. “Mas de que adianta uma roda se ela não é de liga leve?“– complementa o tunneiro. Pois é, mesmo após 5.500 anos, a maior invenção da história continua despertando paixões. Desde os mesopotâmeos até os dias de hoje, a roda evoluiu, se modernizou, passando da madeira ao aço, chegando as ligas metálicas atuais.

A escolha por materiais cada vez mais leves tem um objetivo muito mais nobre que a simples estética. O conceito é reduzir ao máximo o peso do conjunto pneu/roda, otimizando assim o trabalho da suspensão. É que quanto mais leve a roda, menor o esforço realizado pela suspensão para manter os pneus sempre em contato com o solo, favorecendo a dirigibilidade.

Mas não é só a suspensão que é beneficiada, o sistema de freios também é favorecido pela utilização de metais nobres. É que esse tipo de material dissipa melhor o calor gerado durante uma frenagem, aumentando a eficiência dos freios.

Mas, assim como as modelos de passarela, a magreza tem um preço. Rodas muito leves tornam-se frágeis e quebradiças. Por isso, não são utilizadas rodas compostas de um único metal, mas sim, faz-se uso de um metal base, como alumínio, associado a alguns metais que garantam propriedades que o metal base não possui, como boa resistência a impactos, por exemplo. Para isso, são utilizados materiais como cromo, níquel, molibidênio e magnésio que adicionados ao metal base forma uma liga metálica leve, resistente e durável.

Mas a busca por rodas mais leves, quase anoréxicas, não pára por aí. A forma como são produzidas garantem resistência associado ao baixo peso. O processo mecânico que tem sido bastante utilizado é a forja, que associa calor e pressão na confecção das jantes de liga leve. A vantagem em relação as rodas fundidas, no qual o metal é liquefeito e depois é resfriado numa forma, é que a forja elimina bolhas internas, tornando a estrutura mais densa e resistente. Por isso, se suas economias permitirem, compre a roda forjada.

Mas não pense que para desfrutar de todos os benefícios apresentado aqui nesse Post é só chegar numa loja de acessórios e comprar o melhor jogo de rodas esportivas que sua conta bancária pode pagar. Existe critério na hora da escolha. E é isso que veremos nos próximos Posts.

Até lá !

Alexandre

domingo, 5 de julho de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE III

Hoje vamos falar da mais importante das luzes espia – a lâmpada de emergência do óleo do motor.

Como identificar a luz espia
Essa luz de emergência é a principal dentre todas as demais luzes espia, pois assegura que o motor está em condições de funcionar. A simbologia utilizada para essa luz espia não varia muito de montadora para montadora, assumindo a coloração vermelha para chamar atenção do motorista, e o formato de uma motolia, que mais parece com lâmpada onde mora o Gênio de Aladin, com uma pequena gotinha na ponta.

Como Funciona
A luz de emergência do óleo do motor está ligada diretamente a um pequeno sensor instalado na parte superior do motor. Quando se dá partida no carro, o óleo que está depositado no cárter é bombeado para o cabeçote, garantindo a lubrificação dos componentes interno do motor. A pressão do óleo abre o contato elétrico do sensor, apagando a luz no painel. Se o nível de óleo do motor está baixo, não há pressão suficiente para acionar o sensor, mantendo a luz espia acesa permanentemente no painel.

O que fazer
Caso a luz de emergência do nível de óleo do motor acenda no painel com o veículo em funcionamento, encoste o carro em um local seguro e desligue o motor de imediato. Espere alguns minutos e verifique o nível do óleo com a vareta. Verifique também se há vazamento de óleo por baixo do carro. Caso o nível de óleo esteja baixo evite funcionar o motor e se possível transporte o carro em um reboque até uma Concessionária ou Oficina de confiança.

Resumindo. É bom acreditar nessa luz espia, pois isso pode economizar algumas centenas de reais da sua conta corrente !!

Até o próximo Post.

Alexandre

O QUE É TROPICALIZAÇÃO?


Todo veículo, quando em desenvolvimento, é exigido nas mais adversas condições de clima e solo. Seja sob o calor escaldante do deserto, seja no frio cortante do círculo polar ártico. Este teste ou prova de resistência, é conhecido como “Road Test”, e tem a finalidade de aperfeiçoar os componentes do veículo, monitorando, através de computadores, o nível de desgaste das peças e seu comportamento.

Costumo dizer que o verdadeiro teste é rodar nas estradas brasileiras. Isso sim é que é teste de durabilidade.!! E, para que um veículo produzido no exterior, onde as estradas são lisas como uma mesa de bilhar, possa “sobreviver” as rodovias nacionais é preciso passar por adequações. Este tratamento é conhecido no Brasil como Tropicalização e é um item obrigatório para carros importados para nosso País.

A Tropicalização é caracterizada, principalmente, pelas alterações realizadas no sistema de alimentação de combustível, buscando adequar o motor do veículo à gasolina como 26% de álcool, garantindo sua vida útil e o nível de emissão de poluentes. Neste caso, é realizada a substituição das mangueiras e tubulações, além do tratamento da bomba de combustível e modificações no gerenciamento eletrônico do motor. Estas alterações resultam em uma pequena perda de potência, algo em torno de 5%.

Porém, a Tropicalização não se limita apenas a adequação ao combustível. A suspensão do veículo recebe reforços nas buchas e articulações, tendo as molas e amortecedores sua carga redimensionada para suportar a buraqueira do dia-a-dia. São adotados também, pneus com perfil mais alto preparando o veículo para as condições de rodagem no País.

Por fim, é realizada ainda a melhoria das vedações e guarnições dos vidros e das portas, com o objetivo de impedir a entrada de poeira no habitáculo. Esse trabalho de reengenharia é tão bem feito que, em muitos casos, as alterações realizadas passam a constar nos carros novos na linha de produção.

Até o próximo Post.

Alexandre