sábado, 30 de maio de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE III

Esse é o terceiro Post da série que desvenda as funções do Painel de instrumentos. Hoje falaremos da luz de emergência do sistema de freios ABS.

Como identificar a luz espia
A luz espia do ABS, assim como a da injeção eletrônica é uma lâmpada de anomalia. Isto quer dizer que na ocorrência de algum defeito no sistema o led acenderá no painel informando o condutor sobre o problema. Normalmente, essa lâmpada é um círculo vermelho ou laranja, ladeado por duas barras laterais, constando a sigla ABS no centro.

Como Funciona
O Sistema de freios ABS é composto por sensores que medem a velocidade das rodas, informando a central através de pulsos elétricos. Baseado na informação desses sensores a central aciona eletroválvulas que controlam o fluxo de fluido de freio nas rodas, evitando seu travamento. Continuamente a Central eletrônica monitora o funcionamento dos sensores e válvulas, a procura de sinais incoerentes ou mesmo ausência deles, que venha a caracterizar um defeito. Qualquer anomalia identificada resulta no acendimento da luz espia no painel.

O que fazer
Em caso de falha no sistema a estratégia da central eletrônica é inibir o seu funcionamento. Assim, o motorista passa a contar com o sistema convencional de freios, só que sem a assistência eletrônica. Mas não se iluda com isso, pois nem o Jason Button consegue frear melhor que um carro com ABS. Portanto, o recomendado é levar a uma oficina ou concessionária para realizar os reparos, que, normalmente, é identificado como uma falha em alguns dos sensores de roda ou mal contato nos conectores.

Até o próximo Post

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 23 de maio de 2009

PORQUE A CARROCERIA DE UM CARRO DEFORMA TANTO EM UMA COLISÃO?


Muita gente se espanta ao ver o estrago causado por uma simples colisão entre dois veículos. Os próprios ocupantes, muitas vezes ilesos, olham perplexos para as chapas de metal retorcidas como finas folhas de papel alumínio.

“Bons eram os carros de antigamente que eram feitos para aguentar um impacto sem se desmanchar”- comentam. Bem, se você viveu a uma colisão naquela época, e está aqui para contar, com certeza não terá nenhuma saudade daqueles tempos.

Digo isso porque, a mais de trinta anos atrás, o conceito era de que a carroceria de um veículo deveria oferecer proteção aos seus ocupantes, resistindo bravamente a uma colisão. Para tanto eram utilizadas chapas de aço, grossas como um muro de arrimo, ostentando para-choques dignos do nome. E essa pesada armadura oferecia realmente uma eficiente proteção. Só que para os componentes mecânicos, que permaneciam muitas vezes intactos. Mas o mesmo não se podia dizer dos passageiros.

Esqueça um pouco dos modernos dispositivos de segurança atuais, e concentre-se na capacidade que a carroceria de um veículo tem de proteger seus ocupantes. Essa sim, pode salvar sua vida. Daí advém o termo “célula de sobrevivência “.

A lógica por trás desse conceito define que a carroceria tem a função de absorver a energia do impacto, distribuindo ao logo de toda a estrutura, preservando apenas o habitáculo. Ou seja, quanto mais a carroceria se deforma, mais energia é absorvida pela estrutura metálica, fazendo com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar.

Para facilitar o entendimento vamos considerar que quando um veículo colide a apenas 40km/h, os passageiros em seu interior também estão a 40Km/h !!! E, em uma fração de segundos, essa velocidade é reduzida a zero, fazendo que seus corpos seja submetidos a esforços equivalentes a várias vezes seu próprio peso devido aos efeitos da desaceleração.

Os carros atuais são feitos, sim, para desmancharem em uma colisão, só que utilizam finas chapas de aço que deformam de maneira programada, em pontos específicos da carroceria. E, é essa elevada capacidade de absorver a energia do impacto que faz com que os passageiros tenham mais tempo para desacelerar, reduzindo a fatalidade dos acidentes.

Apenas par que você tenha uma noção da quantidade de energia envolvida em uma colisão, é só reparar no estado do pára-lamas do seu carro após uma batida, simplesmente dobrado como uma lata de refrigerante amassada. Pois é, toda essa energia que deformou esse paralamas poderia ter sido direcionada para seu corpo. Pense nisso.

Até o próximo Post.

Alexandre

sábado, 16 de maio de 2009

TUDO SOBRE O PAINEL DE INSTRUMENTOS – PARTE II

Dando continuidade a série sobre o Painel de instrumentos, falaremos hoje da mais importante de todas as luzes espia – a do sistema de injeção eletrônica.

Como identificar a luz espia ...

A Luz espia do sistema de injeção eletrônica, conhecida como luz de anomalia, é caracterizada pela cor laranja ou vermelha, e normalmente apresenta a forma de um motor, raio ou um triangulo, estando localizada numa região de destaque no painel.

Como Funciona...

Sempre que giramos a chave na ignição, sem ligar o motor, percebemos um pequeno zumbido, que dura breves segundos. Esse ruído é o funcionamento da bomba de combustível no interior do tanque, pressurizando o combustível. Enquanto a bomba funciona, a Central de injeção eletrônica realiza o Check, procedimento onde é verificada a continuidade elétrica de todos os sensores e atuadores do sistema.

Caso haja algum defeito, a luz espia permanece acesa no painel, e o inconveniente é registrado em uma memória permanente dentro da central, chamada de Memory Fault ou memória de Falhas. Isso irá permitir que um técnico, utilizando um scanner, tenha acesso aos principais defeitos apresentados pelo veículo, facilitando o diagnóstico.
E nem tente desligar a bateria, pois isso não apaga o erro registrado na memória da Central !!!

O que fazer...

Durante a condução, caso a luz espia acenda é preciso ter cautela, pois é indício de falha no sistema de injeção. Normalmente, o acendimento da luz espia é acompanhado por uma falha de funcionamento. Caso isso ocorra, o mais indicado é procurar um local seguro e desligar o carro. Após alguns instantes, funcione o motor e veja se o problema persiste. Em muitos casos o problema é intermitente, aparecendo em outra ocasião. Sendo um defeito permanente ou não, para nossa sorte, o sistema de injeção possui estratégias para manter o motor em funcionamento, mesmo com falhas, de modo que você possa procurar uma oficina.

O que pode ocorrer se nada for feito...

A menos que você tenha dinheiro sobrando para gastar com manutenção, o recomendado é levar o carro a uma concessionária ou oficina, afim de evitar que os danos se estendam ao motor ou outros componentes do sistema. E lembre-se, a luz espia apenas irá apagar se o defeito for solucionado e a peça danificada substituida.
Até o Próximo Post

Alexandre

sábado, 9 de maio de 2009

É NORMAL O CARRO FLEX FALHAR AO TROCAR O COMBUSTÍVEL?


A tecnologia dos motores Flex é relativamente recente. O primeiro veículo movido à gasolina e álcool foi lançado em outubro de 2003. Passado quase seis anos, muitas dúvidas assolam os usuários e em poucos sites podemos encontrar informações realmente esclarecedoras.

Alguns leitores do Blog comentam que ao trocar de combustível o carro falha. Eu mesmo já passei por isso. Como já postei aqui, priorizo o uso do álcool ( clique aqui para saber mais ), porém, de vez em quando, mudo para gasolina para ver como o sistema reage. Aí percebo que após utilizar três tanques consecutivos de gasolina para em seguida encher o tanque com álcool, o carro falha por alguns instantes.

Mas porque isso ocorre? Podemos considerar isso normal? Bem, posso afirmar que não é bem um defeito, mas sim, uma característica dos carros Flex. Isso se deve a estratégia de aprendizado, que é o momento em que a central de injeção identifica a mistura presente no tanque e ajusta a injeção de combustível.

É preciso entender que ao mudar de combustível, por exemplo, de gasolina para álcool, o motor funciona nos primeiros instantes com o ajuste do combustível antigo enquanto a central não aprende o novo combustível. Isso ocorre porque, mesmo com combustível novo presente no tanque, uma pequena quantidade do combustível antigo ainda está presente na linha de alimentação.

E, até que o novo combustível seja queimado pelo motor e seus gases cheguem à sonda de oxigênio no escapamento para que seja enviado um sinal elétrico à central, já se passaram alguns segundos – tempo suficiente para fazer o carro falhar.

Alguns fatores contribuem ainda mais para essa falha como qualidade do combustível e baixa temperatura do ambiente. Mas, caso isso ocorra, não há motivo para pânico, basta aguardar alguns segundo para que o sistema reconheça o combustível e seguir acelerando o carro gradativamente.

Até o próximo Post.

Alexandre

Para saber mais sobre o assunto:
Como funciona o carro Flex – Parte IV
Como funciona o carro Flex – Parte III
Misturar álcool e gasolina prejudica o carro Flex?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

TUDO SOBRE PAINEL DE INSTRUMENTOS - PARTE I


A partir de hoje, você poderá acompanhar uma nova série de Posts exclusivos sobre as funções do Painel de instrumentos. Isso mesmo!! Será a primeira vez que um Blog irá esmiuçar cada detalhe, cada funcionalidade por trás de um painel. E, para mostra que estamos falando sério, vamos iniciar nossa “viagem” falando da mais básica e simples das funções – a luz espia.

Mas não vamos apenas falar sobre aquelas pequeninas luzes coloridas que acendem e apagam no painel. Vamos sim explicar a função de cada uma delas, assim como indicar qual ação tomar para cada caso.

Conhecida também como luz de serviço, luz de emergência ou luz de sinalização e alerta, esses pequenos leds, que no início eram minúsculas lâmpadas, são responsáveis por informar ao condutor do veículo quando algo está errado, ou simplesmente indicar uma ação específica.

Sempre que giramos a chave na ignição percebemos que todas as luzes acendem, e após o funcionamento do motor, elas luzes apagam. Esse momento é chamado de checking, ou seja, é uma verificação dos sistemas do veículo. Cada sistema possui uma luz específica, e nos primeiros segundos de funcionamento do motor é feita uma verificação funcional e elétrica. Se tudo está em perfeito funcionamento, a luz apaga. Do contrário, permanece acesa para informar que há uma anomalia ao Condutor.

As funções vitais adotam cores mais chamativas a fim de chamar a atenção. Por exemplo, os leds de cor azul ou verde indicam ações cotidianas como farol alto ligado, enquanto que os de coloração vermelha ou laranja indicam falha no sistema de injeção eletrônica ou problemas no ABS.

E, associado a uma cor está um logotipo. Mas, nem sempre o logotipo utilizado é comum a vários fabricantes, o que normalmente dificulta um pouco a familiarização das funções por parte do condutor. É certo que deveríamos ter uma padronização, como existe na engenharia aeronáutica, afim de facilitar a leitura dos instrumentos. Eu pessoalmente já acompanhei diversos casos onde dados ao motor poderiam ter sido evitados caso o motorista identificasse rapidamente a luz espia.

Nos próximos Posts veremos cada luz espia, sua função e como agir em cada caso.

Alexandre

sexta-feira, 1 de maio de 2009

TUDO SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO ABS


Já comentamos aqui no Blog sobre o amadurecimento das leis que regem o trânsito no País e a nova Regulamentação 11.910 do Cotran. E, para a surpresa de todos, não apenas os Airbags serão itens de segurança obrigatórios, mas também o ABS passará a ser item de série a partir de 2014.

Era justamente o que faltava para que os veículos nacionais se tornassem realmente seguros. É que o Air BAg é um item de segurança passiva, ou seja, atua apenas no momento do acidente. Já o sistema de freios ABS é considerado um elemento de segurança ativa, reduzindo a possibilidade de um acidente.

É uma tecnologia conhecida e confiável, e que já equipa cerca de 15% dos veículos novos vendidos no mercado doméstico, contra 90% dos EUA. E, Apesar da diferença, iremos superar os Estados unidos em 2014, onde 100% dos veículos produzidos no País utilizarão o equipamento.

De acordo com a resolução, o cronograma de implementação utilizado pelas Montadoras para veículos que já estão em linha é o seguinte:

1° de janeiro de 2010 – 8% da produção
1° de janeiro de 2011 – 15% da produção
1° de janeiro de 2012 – 30% da produção
1° de janeiro de 2013 – 60% da produção
1° de janeiro de 2014 – 100% da produção

Essa determinação é válida para veículos com até oito lugares, e os de carga com peso de até 3,5 toneladas. Para micro-ônibus, ônibus e caminhões a obrigatoriedade começa em 2013, para 40% dos veículos, sendo 2014 o prazo final para a instalação em toda a frota nova.

Afinal, daqui a cinco anos teremos carros realmente mais seguros.

Até o próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto:

APRENDA A IDENTIFICAR AS CAUSA DO CONSUMO ELEVADO- PARTE II


Hoje, vamos falar de mais um grande vilão do consumo – o Filtro de Ar, que pode ser considerado um caso clássico de desvio de comportamento. Quando o Filtro de ar está limpo, não há nada que desabone sua conduta. Ele é capaz de realizar o seu trabalho de reter partículas sólidas, impurezas e poeira impedindo que os mesmos cheguem ao interior do motor de forma honesta.
Mas sua face obscura vem à tona quando o elemento filtrante está saturado de impurezas. A restrição causada pela saturação do elemento filtrante é comparado à experiência de respirar colocando um pano grosso sobre o rosto. Em pouco tempo você irá ficar cansado, com o fôlego curto. É mais ou menos o que ocorre no motor.

Quando o período de troca do filtro é extrapolado o acúmulo de impurezas sobre o elemento filtrante é tão grande que a passagem do ar fica restringida. Com menos ar a disposição o motor sua potência será reduzida, exigindo do motorista uma maior pressão sobre o acelerador. Ou seja, mais combustível será injetado, e consequentemente o consumo de combustível irá aumentar consideravelmente.

Há ainda outro agravante. O Filtro de Ar sujo não é apenas vilão do consumo, mas também das emissões. É que com menos ar admitido e mais combustível queimado para compensar a perda de potência, maior será o nível de poluentes lançados na atmosfera.

Agora, fazendo o papel de Advogado do Diabo, posso afirmar que o Filtro de Ar na verdade, é mais vítima que bandido. Afirmo isso porque ele nunca age sozinho. Na verdade é induzido por um comparsa – o proprietário do veículo. Isso mesmo. É ele quem desvia o Filtro de ar de sua nobre função, passando de herói a vilão.

Portanto, para evitar que isso ocorra é preciso respeitar o período de troca do Filtro estabelecido
pelo fabricante do veículo. Agindo assim, você estará protegendo seu próprio bolso.

Até o Próximo Post.

Alexandre

Saiba mais sobre o assunto: