sábado, 31 de janeiro de 2009

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE FREIOS - PARTE I


Em 1770,Nicolas Joshep Cugnot, inventor francês, estava tão obcecado pela idéia de colocar o primeiro veículo a vapor do mundo para andar que acabou esquecendo de um pequeno detalhe – como fazê-lo parar !!! O colosso de metal e madeira que pesava quatro toneladas e se deslocava a 3,6 Km/h sobre três rodas se chocou contra um muro em sua estréia.

Desde então, credita-se a Cugnot, não somente a criação do que viria a ser o tataravô dos carros modernos, mas também a criação do primeiro acidente automobilístico de que se tem notícia !! E, foi graças a esse fato histórico que a indústria dos freios ganhou impulso...

O princípio que rege um sistema de freio está ligado à capacidade de converter energia cinética em energia térmica. Isso que dizer que quando nos deslocamos com um veículo acumulamos energia cinética, que é a energia do movimento, e que para pará-lo é preciso converter essa energia em outra forma de energia. No caso, energia térmica em forma de calor.

Portanto, quanto mais calor gerado pelo sistema de freios mais eficiente será a frenagem. Só que não é tão simples assim...surge aí a limitação dos materiais utilizados no sistema. É que grande maioria dos matériais metálicos apresentam perda de eficiência causada pelo excesso de temperatura, fenômeno conhecido como Fading.

O material mais utilizado é o ferro fundido, que apesar de muito pesado, possui custo reduzido de produção, boa resistência mecânica e é um excelente condutor de calor. Esse material é utilizado na confecção dos discos e tambores de freio. Já em veículos de competição e em alguns carros esportivos estão sendo utilizados discos de freio de compostos cerâmicos por serem mais leves e mais resistentes à fadiga.

Nos próximos Posts veremos como surgiram os discos de freio, porque as pastilhas de freio não utilizam mais amianto na sua composição, além de dicas de manutenção.

Alexandre

Dicas AutoServico


  • O ferro fundido é utilizado nos discos de freio e tambor.
  • Quanto mais calor um sistema de freios gera, mais eficiente é.
  • Fading provoca a perda de eficiência dos freios.
Saiba mais sobre o assunto:

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

PORQUE É PRECISO LIMPAR OS INJETORES?


Os eletroinjetores, também conhecidos como bicos, são pequenos componentes de acionamento elétrico responsáveis pela dosagem do combustível. E, apesar de pequenos, são de grande importância para o correto funcionamento do motor.

Mas para que o motor funcione realmente bem, é preciso que o combustível seja injetado no formato de minúsculas gotículas. Isso exige que os orifícios na extremidade do injetor sejam muito pequenos. Tão pequenos que uma simples sujeira, da espessura de um fio de cabelo, pode obstruí-los.

Essas impurezas entopem, total ou parcialmente, os injetores prejudicando a vazão do combustível para o motor. Isso acarreta aumento no consumo, falhas na aceleração e perda de potência.

Mas afinal, de onde vêm as impurezas? A resposta é: do próprio combustível !! Isso mesmo, o maior inimigo do injetor é o combustível que você usa no seu carro. Não. Não estamos falando de combustível adulterado. Estamos na verdade nos referindo a um resíduo existente na composição da gasolina nacional conhecido como Goma é o principal responsável pelo problema.

A Goma é resultante de deficiências no processo de destilação da Gasolina, e quando exposto às altas temperaturas no interior do motor transforma-se em Borra, que é aquela incrustação escura que você observa na extremidade do injetor.

Observe que a Goma está presente tanto na Gasolina Comum, quanto na Aditivada. Portanto, o correto é realizar, de forma preventiva, a limpeza dos injetores por ultra-som a cada 10 ou 15 mil quilômetros. Não podendo esquecer também do cuidado com a qualidade da Gasolina utilizada, além de substituir o filtro de combustível regularmente.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Ao limpar os injetores troque também o filtro de combustível.
  • Alternar um tanque de gasolina comum com um tanque de aditivada solta a sujeira do tanque, obstruindo os injetores.
  • A limpeza mais eficiente de injetores é por ultra-som.
Para saber mais sobre o assunto:

domingo, 25 de janeiro de 2009

COMO FUNCIONA O CARRO FLEX - PARTE IV



Antes de darmos continuidade à série de Posts sobre o Funcionamento do Carro Flex devemos relembrar alguns conceitos. Primeiramente, lembre-se que “Aprendizado” é termo dado a estratégia adotada pela Central de injeção para identificar o combustível que está no tanque. Em segundo lugar, apenas é possível “aprender” o novo combustível após determinar quando ocorreu um abastecimento.

Tendo esses dois conceitos em mente fica fácil entender que a estratégia de Aprendizado não ocorre constantemente, mas sim, em condições pré-determinadas. Ao todo são cinco condições na qual o aprendizado deve ocorrer. E, de modo a facilitar o entendimento, vou tratar cada uma dessas condições separadamente.

A primeira condição é também a mais importante, pois determina que na primeira partida após um abastecimento, o Aprendizado deve ser realizado. Isso significa que a Central de injeção irá “ler” os gases expelidos pelo escapamento nos primeiros segundos de funcionamento do motor logo após um abastecimento.

O interessante em tudo isso é que enquanto o Aprendizado é realizado a mistura de combustíveis no tanque ainda não foi determinada, e o motor está funcionando com os dados do aprendizado anterior.

Parece complicado? Vou tentar explicar de forma mais clara. Imagine que o tanque do seu carro está com um pouco de gasolina e você abastece com álcool. Nos primeiros instantes de funcionamento, o motor estará funcionando com os parâmetros de funcionamento da gasolina até que o sistema aprenda o novo combustível presente no tanque, no caso o álcool, e altere esses parâmetros. Fácil não?

Nem tanto... Nos próximos Posts daremos continuidade ao assunto.

Alexandre
Dicas AutoServico
  • O Aprendizado demora em média 15 segundos
  • Após um abastecimento é realizado o Aprendizado para determinar o combustível presente no tanque.
  • Carros Flex são mais sensíveis a combustíveis adulterados.
Saiba mais sobre o assunto

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

RUIDO COM O MOTOR FRIO É NORMAL?


A maioria dos motores possui um componente pouco conhecido - o Tucho. E é esse ilustre desconhecido que possui a nobre missão de transmitir o movimento do comando de válvulas para as válvulas do motor. Além disso, possui a função de limitar a folga entre o comando de válvulas e as válvulas.

Basicamente, há dois tipos de tucho: o “mecânico” e hidráulico”, mas todos eles possuem a mesma função. A diferença é que o tucho mecânico utiliza uma pastilha metálica enquanto que o hidráulico utiliza óleo para movimentar o tucho

Com o motor frio, o óleo está completamente acumulado na parte inferior do motor chamado de cárter. Isso inclui também o óleo que preenche os tuchos hidráulicos. Ocorre que ao dar partida nessa condição, o óleo, ainda muito viscoso em função da temperatura, tem dificuldade de circular pelo motor e atingir o cabeçote para realizar a lubrificação. Os tuchos, por estarem descarregados, aumentam a folga entre o comando de válvulas.

O barulho no motor, nessa situação, assemelha-se a uma seqüência de pequenos batidos, lembrando um pouco uma máquina de escrever. Na verdade é o ruído causado pela folga excessiva entre o tucho e o comando de válvulas. Mas não há o que temer pois à medida que o óleo aquece e a lubrificação é retomada, o óleo consegue circular por entre as canaletas, preenchendo os tuchos e reduzindo a folga.

Portanto, se escutamos um ruído com o motor frio, semelhante a batidos, por alguns breves minutos, podemos considerar normal. Mas, se o ruído permanece, mesmo com o motor aquecido, é preciso ir a uma oficina. O problema pode estar na bomba de óleo ou na viscosidade do óleo lubrificante.


Até o próximo Post.
Alexandre
Dicas Auto Serviço
  • Escutar leves batidos com o motor frio em um carro multiválvulas é normal.
  • O período de troca do óleo de um motor multiválvulas deves ser de 5.000Km.
  • Ruído constante, mesmo com o motor quente, é indício de problemas de lubrificação.
Saiba mais sobre o assunto:

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SAIBA MAIS SOBRE O NOVO EXTINTOR DO TIPO ABC.


Equipamento obrigatório em automóveis desde 1968, o extintor de incêndio portátil é um dispositivo de segurança capaz de retardar a propagação das chamas, ou até mesmo, extinguir um pequeno foco de incêndio.

Desde então, a classificação para esse tipo de aplicação atendia pelas letras “B”, para líquidos inflamáveis e “C”, para equipamentos elétricos. Mas, a resolução número 157, de 22 de abril de 2004 do COTRAN, alterou significativamente os padrões para utilização de extintores, estendendo a aplicação para um nível mais elevado de segurança – a classificação ABC. Isso significa maior eficiência no combate ao fogo.

Essa regulamentação, vigente desde 1° de janeiro de 2005, obriga a substituição dos extintores do Tipo “BC” por novos modelos do tipo “ABC” até 2009. Mas o que muda afinal?

Bem, basicamente, o que muda é o tipo de pó utilizado. No modelo anterior era utilizado um pó químico seco feito à base de Bicarbonato de sódio, enquanto que o novo modelo utiliza base de fosfato monoamônico, que apesar do nome complicado, não é prejudicial à saúde.

Mas a principal vantagem reside no fato do novo extintor ser capaz de extinguir a chama em incêndios de Classificação “A”, provocados em materiais como madeira, papel e borracha. Isso amplia a capacidade do extintor e aumenta a segurança do motorista. Outra vantagem é que o extintor possui cinco anos de validade contra 03 anos do modelo convencional.

Alguns podem afirmar que a substituição pelo novo extintor é bastante cara, já que o preço praticado para o modelo anterior, à base de troca, era em torno de R$ 10,00 contra os R$ 100,00 pedidos pelo do Tipo ABC. Isso é explicado pelo fato de não ser reaproveitado, sendo descartado após o uso ou expiração do prazo de validade.

É bom lembrar que caro mesmo é a multa de R$ 127,69, somados a perda de cinco pontos na carteira, para aqueles que não portarem o extintor no veículo, ou que apresentem prazo de validade vencido, carga de pó baixa, ou sem o lacre de proteção da trava.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • A data de validade deve estar visível e assim com o selo do INMETRO.
  • O indicador de carga não pode estar na escala vermelha, indicando carga baixa.
  • É obrigatória a presença do extintor de incêndio no veículo sob pena de multa de R$ 127,69.

DAR "CHUPETA" NA BATERIA PREJUDICA A INJEÇÃO ELETRÔNICA?


Quem nunca ficou com o carro parado por causa de uma bateria descarregada? É no mínimo constrangedor tentar funcionar o carro e perceber que o motor de partida não dá sinal de vida...

Há um tempo atrás escrevi um Post que fala sobre
problemas que podem surgir ao colocar o carro para pegar no tranco. Mas, quando a carga da bateria está muito baixa empurrar o carro não adianta nada. Nesse caso, é necessário utilizar um cabo auxiliar para recarregar a bateria.

Esse procedimento, mais conhecido como “Chupeta”, utiliza um cabo de cobre com garras para ligar a bateria descarregada em uma outra bateria. Mas não basta simplesmente ligar o cabo e dar partida no motor. É importante respeitar a seqüência de ligação de modo a evitar centelhas e faíscas, que podem provocar curtos ou princípio de incêndio.

O correto é funcionar primeiramente o veículo que servirá como “doador”, ligando o cabo no pólo positivo da bateria e em seguida no pólo negativo. Uma vez ligado o cabo no carro em funcionamento devemos realizar a ligação no carro parado, obedecendo à mesma seqüência.

NOTA IMPORTANTE: Com o cabo ligado ao veículo em funcionamento não podemos encostar a garra positiva com a negativa, sob o risco de provocar curto-circuito que pode danificar seriamente a central de injeção eletrônica.

Uma vez feita a ligação do cabo não devemos funcionar o motor de imediato. É preciso que a bateria acumule uma certa carga que será utilizada para acionar o motor de partida. Para facilitar a carga da bateria, a dica é manter o carro doador acelerado em cerca de 2/3 da capacidade do alternador, ou seja, em tono de 2.000 rpm. Assim a tensão aumenta otimizando a recarga.

Após alguns minutos dê a partida no motor, desconectando os cabos da bateria, retirando primeira a garra do borne negativo e em seguida o positivo.

Até o próximo Post.

Alexandre
Dicas AutoServiço
  • Antes de dar a partida, mantenha o carro "doador" em torno de 2000 rpm.
  • Evite por um carro com injeção eletrônica para pegar no tranco.

  • Siga a sequência correta para ligação dos cabos da bateria. Isso evita centelhas e curtos.

Saiba mais sobre o assunto:

sábado, 10 de janeiro de 2009

CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE TRAÇÃO.


O comportamento de qualquer carro está diretamente ligado à maneira como o torque do motor é transmitido às rodas. Para tanto, é preciso dimensionar o tipo de tração de acordo com A utilização ao qual se destina o veículo. Nesse Post veremos as características da tração dianteira, traseira, 4x4 e integral.

A Tração dianteira, por exemplo, é a mais utilizada em carros de passeio de pequeno e médio porte por favorecer o melhor aproveitamento do espaço interno, já que não há árvore de transmissão para o diferencial. Esta configuração está mais adaptada a uma disposição transversal do motor, tornado o conjunto bastante compacto. O curioso, é que durante muitos anos, o carro mais vendido do País adotava uma configuração longitudinal do motor, menos comum, sendo o único modelo compacto do mundo a utilizar essa disposição!

Já a Tração traseira é recomendada para motores de maior capacidade ou veículos de carga, onde o trem dianteiro teria dificuldade em digerir potências acima de 200 cv, afetando a dirigibilidade. Este conceito é bastante utilizado em modelos de alto luxo e esportivos, que desta forma garantem um excelente comportamento dinâmico determinado pela melhor distribuição do peso ( motor dianteiro longitudinal e tração traseira ).

A Tração 4x4, bastante difundida em veículos off-road, permite elevada capacidade de tracionamento nas quatro rodas. Através de um mecanismo conhecido como “roda livre” é possível determinar apenas tração traseira ou nas quatro rodas, de acordo com as condições do piso. Nos veículos mais modernos, esta alteração pode ser realizada através de um botão no painel, sob o comando do motorista, ou automaticamente, através de controle eletrônico. Este tipo de tração exige uma Caixa de redução e um diferencial central que permite a utilização de marchas reduzidas, necessárias em terrenos difíceis.

Diferentemente da Tração 4x4, o objetivo da Tração integral é a distribuição uniforme e permanente do Torque nas quatro rodas, favorecendo o comportamento dinâmico do veículo. Este Sistema é bastante difundido em Provas de Rallye onde a distribuição do Torque é normalmente de 40% na dianteira e 60% na traseira, passando a ser assimilado por alguns veículos de luxo e esportivos de primeira linha.


Até o próximo Post

Alexandre

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

UM CARRO COM HODÔMETRO DIGITAL É MAIS CONFIÁVEL?


O hodômetro é um dispositivo mecânico cuja função é registrar a distância percorrida pelo veículo em metros e quilômetros. E, por tornar possível a identificação da quilometragem do carro, passou a servir como uma espécie de “ atestado de uso” na hora da revenda.

No sistema convencional, o hodômetro é acionado por um cabo que também é utilizado para acionar o velocímetro. Este cabo conta com uma pequena engrenagem ligada ao diferencial do veículo, que através de uma relação de transmissão, converte cada giro do diferencial em metros, sendo a distância indicada em um mostrador do painel. Pela simplicidade do sistema é possível desconectar o cabo e alterar o mostrador no painel.

Alguns carros com injeção eletrônica possuem um hodômetro digital, onde a informação é mostrada em um display no painel de instrumentos. Neste caso, um sensor montado no diferencia produz sinais elétricos reconhecidos por uma central eletrônica que os converte em dados numéricos indicando a quilometragem.

É importante saber que em alguns veículos com hodômetro digital a informação da quilometragem é registrada no próprio painel de instrumentos, o que facilita a adulteração, pois basta substituir o painel completo. Já os carros mais modernos apresentam recursos bastante confiáveis, pois as informações sobre a quilometragem do veículo ficam armazenadas em uma memória na própria central de injeção eletrônica, o que impede qualquer tipo de fraude.

Até o próximo Post

Alexandre


Dicas AutoServiço

  • Adulterar o hodômetro de um veículo é considerado crime.
  • Hodômetros analógicos não são confiáveis por serem adulterados com facilidade.
  • Hodômetros digitais modernos registram a quilometragem real na central de injeção.

sábado, 3 de janeiro de 2009

O QUE CAUSA O MAU CHEIRO NO AR CONDICIONADO?




Muitas vezes, ao ligarmos o ar condicionado, sentimos um mau cheiro saindo pelas aletas de ventilação. O odor desagradável, semelhante a algo podre, invade o habitáculo, incomodando o motorista e passando uma má impressão aos passsageiros.

Na verdade é difícil fugir desse problema. O mau cheiro ocorre em qualquer sistema de climatização, seja veicular, residencial ou industrial. As causas do problema são as mais diversas...mas, nesse Post vamos nos concentrar nas três principais ocorrências em um automóvel.

Um dos problemas mais comuns é o acúmulo de folhas no interior da caixa de ar. Isso ocorre normalmente em veículos que ficam estacionados embaixo de árvores. Essas folhas caem pelas entradas de ar na parte superior do capô, apodrecendo e liberando odores indesejados.

Outro grande causador de mau cheiro é a formação de colônias de bactérias sobre a superfície do evaporador. Essa região é favorável à proliferação de bactérias, por ser quente e úmida. E, por está relacionado a uma condição do próprio ar condicionado, é difícil de evitar.

Para finalizar, temos o
Filtro de cabine que quando saturado de impurezas apresenta odores que são levados ao interior do veículo. A ocorrência desse problema é maior quando extrapolamos o prazo de troca do elemento filtrante, em torno de 30.000 km.

Mas afinal de contas como evitar o mau cheiro no ar condicionado?
Bem, aí já é assunto para outro Post.

Alexandre