sábado, 29 de novembro de 2008

APRENDA A IDENTIFICAR VAZAMENTO DE GÁS NO AR CONDICIONADO.


Essa semana recebi alguns e-mails relatando problemas com ar condicionado. Mais especificamente, sobre vazamento. Resolvi então, elaborar um Post sobre o assunto com o objetivo de ajudar os leitores do Blog. São dicas que podem esclarecer a perda de eficiência do sistema de ar condicionado.

- Funcione o motor e ligue o botão do ar condicionado. Após um ou dois segundos devemos escutar o acoplamento da embreagem magnética do compressor. Um ruído semelhante a um " plac". O não atracamento do compressor é um forte indício de quantidade insuficiente de gás refrigerante.

- Ainda com o motor funcionando, verifique se o compressor entra e sai, repetidas vezes. O acoplamento e desacoplamento da embreagem do compressor também é um forte indício de gás em excesso ou em falta.

- Agora, se ao ligar o ar condicionado você percebe um cheiro diferente no interior do carro, isso é vazamento na certa. Principalmente, pelo evaporador, que é um componente do sistema que fica por trás do painel. É que o gás possui um odor característico, sendo percebido nos primeiros instantes de funcionamento. É difícil descrever o odor, mais um técnico especializado com certeza é capaz de identificar.

- Para ser caracterizado o vazamento é preciso que a perda de eficiência seja gradativa, deixando aos poucos de resfriar. Pois quando há vazamento, a perda de gás é lenta...reduzindo a eficiência gradativamente. Já no caso de um problema elétrico, a perda de eficiência é instantânea.

Se o seu carro se encaixa em uma das questões acima é indício de vazamento. Nesse caso, o recomendado é dar uma nova carga de gás, acompanhada por um líquido especial chamado contraste. Esse líquido permite identificar vazamentos quando exposto à luz ultravioleta.
Mas afinal de contas, porque ocorrem os vazamentos? Bem, isso já é assunto para um próximo Post.

Alexandre

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

É NORMAL O AIR BAG NÃO ACIONAR EM UMA COLISÃO?


O Air Bag, é um dispositivo de segurança passiva, ou seja, entra em ação no momento do acidente. Seu objetivo é proteger os passageiros, formando uma proteção que reduz o impacto contra o interior do veículo em caso de colisão.

Mas para que esse dispositivo possa realmente proteger, é necessário que certas condições sejam atendidas. A primeira exigência é que a colisão seja frontal. Em caso de colisão lateral, traseira, ou mesmo um capotamento, os air bags não são ativados. É que nesses casos, o acionamento das bolsas poderia provocar graves lesões aos passageiros.

A segunda condição é que a desaceleração provocada pela colisão atinja um valor mínimo, justificando a abertura das bolsas. Para tanto, sensores de desaceleração instalados dentro de uma central eletrônica realizam constantes medições, a fim de determinar o momento exato do acionamento.

A terceira condição é que os cintos estejam atados. É que, diferentemente do modelo americano onde o cinto não é obrigatório, no Brasil, seguimos o padrão europeu conhecido como Euro Bag, onde o Air bag apenas torna-se eficiente atuando em conjunto com o cinto de segurança.

Entendemos então, que para que haja o disparo dos Air Bags é preciso atender a determinadas condições. Isso irá garantir a máxima eficiência do sistema e a melhor proteção dos ocupantes do veículo.

Apenas no caso de um defeito é que o acionamento das bolsas será inibido. Nesse caso uma luz espia permacerá acesa no painel de instrumentos informando ao condutor sobre a anomalia.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – NÍVEL DE ÓLEO


Por diversas vezes presenciei motoristas cuidadosos, que verificam semanalmente o nível do óleo, pressão dos pneus e nível da água do radiador, procurando manter o veículo em condições de uso. Uma iniciativa com certeza louvável.

Mas tenho percebido também, que durante a verificação, alguns motoristas fazem questão de manter o óleo do motor sempre no nível máximo. O importante, na verdade, é que o nível esteja compreendido entre a marcação de máximo e o mínimo, pois o óleo ao aquecer, expande, aumentando consideravelmente de volume. Caso o nível esteja muito elevado, o aumento de volume pode resultar no aumento do consumo de óleo.

Por isso, atenção na hora de trocar o óleo. A indicação de mínimo e máximo está gravada na vareta de óleo do motor. Essa medição deve ser feita sempre com o motor frio, retirando a vareta e limpando sua extremidade. Ao introduzir novamente a vareta no motor, sua extremidade entrará em contato com o óleo acumulado no cárter. A viscosidade do óleo garante que se forme uma película sobre a vareta permitindo a leitura do nível.

Algumas varetas não possuem indicação de máximo e mínimo, mas sim, uma pequena superfície estriada na extremidade. A indicação de máximo representa exatamente o comprimento dessa parte estriada.

Medir o nível do óleo com o motor quente não é recomendado, pois irá apresentar uma falsa indicação do nível. Com o óleo está aquecido, o nível se eleva indicando uma quantidade maior de óleo.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço

  • Mantenha o nível do óleo entre a indicação de máximo e mínimo.
  • Verifique o nível do óleo sempre com o motor frio.
  • Verifique o nível do óleo, ao menos, duas vezes ao mês.

sábado, 15 de novembro de 2008

COMO FUNCIONA O CARRO FLEX - PARTE II


No primeiro Post da Série “ Como funciona o carro Flex” vimos quais as principais alterações técnicas em relação a um modelo a gasolina. A seguir, veremos como o sistema funciona.

Basicamente, precisamos entender que o coração do Sistema Flex é um Software instalado na Central de Injeção. Esse software permite que a Central seja capaz de aprender. Isso mesmo, aprender. Essa condição é necessária para permitir ao Sistema poder aprender a mistura de álcool e gasolina presente no tanque, para em seguida, ajustar a quantidade de combustível a ser injetado no motor.

Em primeiro lugar, o sistema de injeção precisa identificar se houve abastecimento. Isso é muito importante, pois é no abastecimento que pode ocorrer mudança no combustível. Mas como a Central eletrônica sabe quando houve abastecimento? Simples, através do Sensor de Nível.

Esse sensor é uma espécie de bóia montada dentro do tanque, que informa ao painel de instrumentos o nível de combustível. Nos carros Flex, a informação desse Sensor é compartilhada também com a Central de injeção.

Sempre que desligamos o carro para abastecer, a central memoriza a última informação do sensor, ou seja, o nível do combustível no tanque. Ao girar a chave após o abastecimento, o sensor de nível irá informar que houve variação, para mais, no nível do tanque.

Sempre que houver abastecimento maior que três litros no tanque, a central irá utilizar a estratégia de aprendizado para identificar a mistura presente no tanque, podendo ser álcool puro, gasolina pura, ou a mistura dos dois em qualquer proporção.

E é sobre a estratégia de aprendizado que falaremos nos próximos Posts.

Alexandre

Dicas AutoServiço


  • O Sensor de nível de combustível é fundamental para o funcionamento do sistema Flex.
  • O veículo Flex pode rodar com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis.
  • Cuidado ao abastecer, pois os veículos Flex são mais sensíveis a combustível de má qualidade.
Para saber mais sobre o assunto:

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

APRENDA A IDENTIFICAR O LIMITE DE DESGASTE DO PNEU.


Talvez muitos motoristas desconheçam essa informação, mas é possível saber o momento para realizar a troca dos pneus de um carro. E essa informação está no próprio pneu.

É que existe uma marcação que indica o desgaste máximo admitido. Esse desgaste é limitado pelo Código Nacional de Trânsito que determina que a profundidade mínima nos sulcos de um pneu não seja inferior a 1,6 mm, medido da base do sulco a parte mais externa da banda de rodagem.

Essa profundidade mínima é exigida de modo a garantir a remoção da película de água sobre a banda de rodagem, além de permitir a dirigibilidade e o controle do veículo. Abaixo dessa especificação o pneu terá dificuldade de expelir impurezas e água acumuladas sobre a pista.

A medição da profundidade pode ser realizada em uma loja especializada utilizando um equipamento conhecido como profundímetro, que indica, em milímetros, a profundidade do sulco.

Porém, esta medição também pode ser realizada no próprio pneu através de um indicador chamado TWI ( Tread Wear Indicator ), que pode ser traduzido como indicador de pegada. O TWI nada mais é que uma pequena saliência no sulco do pneu. Observe que quanto maior o desgaste da banda de rodagem, menor será a profundidade do sulco, tornando a saliência do TWI mais próxima da superfície do pneu. E quando esta saliência se igualar à banda de rodagem, estará sendo indicado o momento da troca dos pneus.

Esta indicação do nível de desgaste do pneu pode ainda ser percebida através de uma pequena gravação, no formato de um triângulo, existente no ombro lateral do pneu indicando o desgaste máximo permitido.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • O TWI indica o desgaste máximo admitido pelo pneu.
  • A profundidade mínima do sulco do pneu é de 1,6mm.
  • Realizar o rodízio dos pneus garante o desgaste regular da banda de rodagem.

domingo, 9 de novembro de 2008

O QUE É AQUELA AGUA QUE PINGA PARA FORA DO CARRO?


Quem nunca foi questionado sobre uma poça de água que se formou embaixo do carro? Seria um problema no radiador ou uma mangueira estourada? Alguns motoristas ficam intrigados com o suposto vazamento.

Mas não há motivo para sustos. O que acontece na verdade é um dos fenômenos mais corriqueiros de nosso dia-a-dia. O pinga-pinga nada mais é que condensação, e é o resultado de uma troca térmica entre a umidade presente no ar e as partes frias do sistema de ar condicionado.

É que, assim como um copo de cerveja gelada “sua” sobre uma mesa na beira da praia, o ar, ao entrar em contato com o evaporador do ar condicionado no interior do painel, cede calor, resultando na condensação do vapor de água.

Dependendo da umidade relativa do ar na ocasião, o acúmulo de água na parte inferior do painel é considerável. Por isso, um pequeno dreno no fundo do painel direciona a água condensada para o exterior do veículo através de uma pequena mangueira flexível.

Com o motor em funcionamento e o ar condicionado ligado percebemos o gotejamento por baixo do carro. Esse efeito é bem mais perceptível em cidades litorâneas, onde a umidade relativa é maior, sendo menos percebido em cidades de clima seco.

Portanto, o gotejamento deve ser considerado normal, sendo um indício que o dreno está desobistruído e a mangueira está removendo o excesso de água do interior da caixa de ar.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas Auto Serviço
  • Gotas de água na parte interna do veículo é indício de dreno obstruído.
  • A obstrução do dreno é causado, normalmente, por folhas que caem das árvores quando o veículo está estacionado ao ar livre.
  • O gotejamento de água por baixo do veículo é normal com o ar condicionado ligado.

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – TIPO DE MOTOR


Quando iniciei a série de Posts intitulados “Tudo sobre óleo do motor” minha preocupação era repassar informações que considero mais importantes. Apresentamos a classificação do óleo quanto à qualidade e viscosidade. Nesse Post vamos entender que para cada tipo de motor recomendamos um período de troca distinto.

De modo a facilitar o entendimento, identifiquei três tipos de motores com características distintas. Não importa se o motor é de quatro, seis ou mais cilindros. Muito menos se o motor está disposto em linha ou em “V”. Essas características não influenciam no período de troca. O que é determinante para a substituição do óleo é o número de válvulas do motor, e se o motor é aspirado ou turbocomprimido.

Motores multiválvulas
Esses motores são caracterizados pela presença de mais de duas válvulas por cilindro. Por contarem com um número maior de peças, tornam o motor mais sofisticado e complexo. O maior número de componentes nesse tipo de motor exige uma melhor lubrificação. Em função disso a troca do óleo deve ser realizada a cada 5.000Km, seja em circuito urbano ou em estradas. Uma atenção especial deve ser dada principalmente aos motores multiválvulas de baixa cilindrada, como os 1.0 16v. Esses motores apresenta maior tendência de carbonização e degradação do óleo quando em uso na cidade.

Motores TurboNo caso dos motores sobrealimentados o rigor com o período de troca do óleo é ainda maior, devido à necessidade de lubrificação da turbina. O período de troca deve se limitar a 3.500 Km na cidade, estendendo até 5.000 Km em percurso rodoviário. A justificativa para um período tão curto é o fato da Turbina possuir mancais flutuantes, ou seja, é a película formada pelo óleo que apóia o eixo da Turbina. Logo, se a qualidade do óleo estiver comprometida afetará diretamente a vida útil do turbo.

Motores 8 válvulas
Já no caso dos motores com 8 válvulas, por serem mais simples mecanicamente, podem ter seu período de troca estendidos até 7.500 Km quando utilizado em condição de estrada. Em uso urbano, recomenda-se substituir o lubrificante a cada 5000Km em uso exclusivamente urbano.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Os custos com a troca de óleo e filtro são irrisórios quando comparadas a um problema no motor.
  • Reduza pela metade o período de troca de óleo informado no Manual do veículo.
  • Troque sempre óleo e filtro. Evite estar apenas completando o nível.

sábado, 1 de novembro de 2008

RETIRAR O CATALISADOR AUMENTA A POTÊNCIA DO MOTOR?


A preparação de motores é uma das áreas mais instigantes da mecânica. Conseguir extrair alguns cavalos a mais de potência é um desafio para qualquer preparador experiente. Para conseguir esse feito é preciso seguir uma receita básica - Aumentar a entrada de ar e combustível no motor e facilitar a saída dos gases de escape.

E quando falamos em facilitar a saída dos gases de escape muitos entendem como retirar o catalisador. E aí está um grande erro. É que ao contrário do que muitos pensam, o conceito de retirar o Catalisador para que o motor “respire” melhor é distorcido. Esta prática, ainda bastante difundida, não traz benefício algum ao motor. Pelo contrário, resulta em aumento do consumo e perda de desempenho, além, é claro, do risco de Multa e apreensão do veículo.

O que ocorre na verdade, é que, devido à constituição interna em forma de Colméia, o Catalisador restringe o fluxo de gases, dificultando sua saída. Porém, como isto é determinado ainda na fase de projeto, esta perda de carga é compensada pela programação do Sistema de Injeção e Ignição.

Portanto, a simples remoção do catalisador, além de proibida por lei, exige alterações profundas no Sistema de Admissão e descarga, através do retrabalho nos coletores ou substituição por um conjunto dimensionado, além da necessidade de remapeamento do Sistema de Gerenciamento Eletrônico do motor para compensar esta alteração.

Até o próximo Post.

Dicas AutoServiço
  • Retirar o catalisador aumenta o consumode combustível
  • A vida útil de um catalisador é de 80.000 Km
  • Velas de ignição gastas prejudicam o Catalisador.