segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O QUE É FADING?


Imagine-se dirigindo seu carro numa descida de uma serra, repleta de curvas. O carro está carregado, com malas e cinco passageiros a bordo. Quanto mais você pressiona o pedal de freio para conter o carro, mais o pé afunda...Isso é indício de que está ocorrendo Fading.

Fading, lêe-se feiding, é um termo em inglês que significa Fadiga. E é utilizado na indústria automobilística para identificar o fenômeno de perda da eficiência de frenagem devido ao excesso de calor.

Esse calor é gerado pelo próprio sistema de freios, através do contato entre os discos e as pastilhas. É que para parar um veículo é preciso transformar a energia cinética acumulada durante o movimento em energia térmica, ou seja, calor. Traduzindo, quanto mais calor gerado pelo sistema de freios mais eficiente será a frenagem.

Mas isso tem um limite. E quando esse limite é atingido ocorre o Fading. É que tão importante quanto gerar calor é poder dissipá-lo, pois a concentração de calor reduz abruptamente o coeficiente de atrito, reduzindo a capacidade de frenagem do veículo.

Esse superaquecimento do sistema de freios pode ser ocasionado por sobrepeso, velocidade excessiva ou ausência do freio motor em descidas. Por isso, reduza a velocidade em uma descida, sempre utilizando o freio motor de modo a otimizar a frenagem. Respeite ainda o limite de carga do seu carro, além de evitar manter velocidades elevadas. E, é claro, não esqueça de manter o sistema de freios com a manutenção em dia.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço


  • A velocidade na descida deve ser a mesma caso fosse subir.

  • Substitua as pastilhas de freio ao menos a cada 40.000 Km.

  • Em uma descida utilize sempre o freio motor.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

COMO FUNCIONA A PARTIDA A FRIO NO CARRO FLEX – PARTE I


Quem teve carro à Álcool deve lembrar, ou pelo menos tentou esquecer, da dificuldade de partida com o motor frio. Cada motorista tinha uma receita caseira. “ Pisa no acelerador três vezes antes de ligar”, uns diziam. “Puxa o afogador até a metade” outros afirmavam.

Fiquei sabendo até de um caso curioso em que do dono do carro mantinha uma extensão elétrica com uma lâmpada de 100W no vão do motor durante a noite toda com o objetivo de facilitar a partida no dia seguinte. Uma espécie de “chocadeira automotiva”. O mais interessante é que funcionava !!

Mas afinal de contas, porque o motor à álcool possui essa dificuldade de partida a frio? Bem, o problema não está no motor, mas sim no combustível. É que o Álcool exige temperaturas elevadas para mudar de estado físico, ao contrário da Gasolina que evapora rapidamente. Daí a necessidade de se utilizar um sistema paralelo para ajudar na partida.

Esse sistema auxiliar consiste em um pequeno reservatório contendo gasolina ligado ao coletor de admissão através de uma tubulação flexível. Uma pequena eletroválvula se encarrega de controlar a quantidade de combustível injetado. Essas injeções de gasolina ocorrem segundos antes da injeção de álcool, facilitando a partida do motor.
Os veículos Flex por serem descendentes diretos dos veículos movidos à Álcool da década de 80 herdaram também o sistema de partida a frio. Nesse caso, o sistema entra em funcionamento nos primeiros instantes de funcionamento quando há um grande percentual de álcool no tanque.

Nos próximos Posts falaremos um pouco mais sobre o Sistema de partida a frio.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Evite acelerar durante a partida do motor.
  • Não é preciso esperar o motor aquecer para sair rodando.
  • Adicionar um pouco de gasolina ao tanque de álcool ajuda na partida.

domingo, 21 de setembro de 2008

DIMINUIR A VELOCIDADE DO AR CONDICIONADO REDUZ O CONSUMO?


O tema do Post de hoje pode não parecer tão interessante, mas experimente levantar o assunto numa roda de amigos para surgirem as mais diversas teorias. Digo isso porque tenho percebido a algum tempo que muitos motoristas dirigem seus carros, mesmo em dias quentes, com o seletor do ar condicionado na posição “ 1 “ ou “ 2 “. - “É pra economizar combustível” – diz a maioria!!

Nós motoristas sempre associarmos velocidade a consumo. Quanto mais rápido o carro anda, maior será o consumo de combustível. Até aí tudo bem, mas não há relação direta da velocidade do ar condicionado com o consumo. Para o motor é indiferente se você mantém o botão na posição “4” ou na posição “ 1 “.

Explicando melhor, o seletor de velocidade do ar condicionado define apenas a rotação do ventilador da caixa de ar, ou seja, quanto maior a velocidade do ventilador maior o fluxo de ar saindo pelas aletas de ventilação. Portanto, a velocidade do ventilador em nada interfere no consumo.

O aumento do consumo de combustível está diretamente relacionado ao acionamento do compressor do ar condicionado. Uma vez ligado, o sistema aumenta um pouco o consumo de combustível por exigir um esforço maior do motor.

Algumas pessoas defendem a afirmação de que quanto maior a velocidade do ventilador maior a corrente elétrica gerada pelo alternador. Daí o aumento no consumo de combustível. Devo admitir que o raciocínio está correto, mas temos que levar em consideração que o aumento do consumo de corrente elétrica para acionar o ventilador é tão pequeno que pode ser considerada desprezível, não influenciando em nada no consumo.

Até o próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • A velocidade do ventilador não interfere no consumo.
  • Utilizar o ar condiconado na velocidade "1" aumenta o rendimento.
  • Ao entrar no veículo, abra os vidros e ligue o ar na posição "4 " apenas para retirar o ar quente do habitáculo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

TUDO SOBRE ÓLEO DO MOTOR – NORMA SAE




No Post anterior sobre óleo do motor ( Tudo sobre óleo – Norma API ) vimos a classificação do lubrificante em função de seu nível tecnológico. Hoje, vamos entender a classificação em função da viscosidade, seguindo a Norma SAE ( Sociedade dos Engenheiros Automotivos ).


Primeiramente, é preciso entender que Viscosidade é uma característica típica de fluidos, e determina a resistência que uma substancia oferece ao escoamento. Isso que dizer que quanto mais viscoso um líquido, mais “grosso” ele é.

Em um motor, seja ele a gasolina, ou mesmo a Diesel, é imperativo que o óleo circule com grande facilidade por entre os dutos de lubrificação no momento da partida, já que, é nos primeiros segundos de funcionamento que ocorre o maior desgaste do motor. Daí a necessidade do óleo ter baixa viscosidade com o motor frio. Já em altas temperaturas, o óleo deve ser mais viscoso, mantendo sua liga e garantindo o filme lubrificante.

Óleos que variam sua viscosidade em função da temperatura são chamados de Multiviscosos e são classificados por dois números, intercalado por uma letra. Veja o exemplo:
SAE SJ 20 W 50.

Nesse caso, a legenda acima indica que a viscosidade do óleo varia de 20 a 50 durante o funcionamento do motor. A letra “W” refere-se a winter, inverno em inglês, indicando a presença de um aditivo que evita o congelamento do óleo em baixas temperaturas, o que seria fatal para o motor.

Na próxima semana iremos falar sobre aditivos no óleo.

Até o próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Combustível de má qualidade altera a viscosida de do óleo.
  • Troque o óleo a cada 5.000km ou 6 meses.
  • Respeite a especificação do óleo do motor prescrita no manual do prioprietário.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O QUE SIGNIFICA A SIGLA DOT 3 PRESENTE NO FLUIDO DE FREIO?


O sistema de freios de um automóvel utiliza um fluido cuja função é transmitir o movimento do pedal às pinças de freio, além de ampliar a força aplicada pelo motorista. Esse fluido é incorretamente chamado de óleo, já que sua composição química, à base de Etilenoglicol, torna-o mais próximo de um álcool.

Parte do calor gerado pelo sistema de freios é transferido ao fluido, elevando sua temperatura. Por isso, é muito Importante evitar que o fluido atinja uma temperatura limite acima do qual ocorre a mudança de estado físico, formando bolhas. Em condições de frenagens bruscas, as bolhas implodem, resultando na perda da capacidade de frenagem.

Esse tipo de fluido é regulamentado pela Norma internacional do Departamento de Transportes
Americano, ou Department of Trasnportation, daí o termo DOT. Essa sigla é acompanhada por uma numeração, que nos veículos atuais, varia de 3 a 5, classificando o fluido em função da temperatura de ebulição. Dessa forma, um fluido de freio classificado como DOT 3 apresenta uma temperatura de ebulição de 205° C, enquanto que o DOT suporta até 230° C. O fluido DOT5 recorre ao uso de silicone de modo a suportar temperaturas superiores a 250°C.

É importante respeitar a classificação do fluido de acordo com o especificado no Manual do proprietário. É possível utilizar um fluido com classificação DOT superior, mas nunca inferior. Ou seja, pode-se utilizar um fluido DOT 4 em um veículo que utiliza DOT 3. Porém, utilizar um DOT 3 onde é exigido o de classificação DOT 4 torna-se perigoso por comprometer a segurança.

Até o próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • O Fluido de freio absorve umidade. Por isso, mantenha o reservatório sempre bem fechado.
  • Substitua o Fluido de freio ao menos 01 vez por ano.
  • Respeite classificação DOT do fluido de freio.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

POSSO COLOCAR UM VEÍCULO COM INJEÇÃO ELETRÔNICA PARA “PEGAR NO TRANCO”?


Imagine que ao tentar sair de casa seu carro não funciona. Você gira a chave na ignição e percebe algum sinal do motor. Talvez se desse um empurrãozinho...

O problema em fazer o carro pegar através do empurrão não está relacionado ao sistema de injeção eletrônica, mas sim ao catalisador. O que ocorre é que, durante a partida, partículas de combustível não queimadas serão lançadas pelo Sistema de alimentação através do escapamento do veículo, atingindo o Catalisador.
Até aí, nada de preocupante, não fosse a temperatura interna de trabalho do Catalisador que muitas vezes supera os 700° C, suficiente para provocar a queima do combustível. O calor gerado é tão intenso que funde o material cerâmico, danificando sua Colméia interna. Com o passar do tempo, ocasiona seu entupimento, reduzindo a vida útil do equipamento.

Portanto, em caso de dificuldade de partida, o mais correto é utilizar um cabo de bateria ou solicitar ajuda através de um Socorro mecânico.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Se a suspeita é de bateria descarregada utilize um cabo tipo “ Chupeta “.
  • Não force o motor de partida dando solos muito longos.
  • Caso motor não funcione, evite empurrar o carro para pegar no tranco.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O QUE É AQUAPLANAGEM?


A Aquaplanagem ou Aquaplaning é o resultado da formação de uma película de água sobre a superfície da pista, localizando-se entre o pneu e o solo. A água, por ser um fluido incompressível, mantém uma fina camada sob o pneu, reduzindo o contato do veículo com a pista.


A Aquaplanagem é percebida quando as marcas dos pneus sobre a película de água desaparecem, indicando que o que o veículo não está em contato com o solo. Neste momento, o recomendado é retirar levemente o pé do acelerador e segurar o volante firmemente, sem realizar mudanças bruscas de direção, evitando ainda, pisar no freio. Qualquer mudança de trajetória pode levar à perda de controle do veículo.

Os principais fatores para a ocorrência da aquaplanagem são a velocidade do veículo e o estado dos pneus. Ou seja, quanto maior a velocidade, maior a dificuldade de drenar a água presente na pista, aumentando a espessura da lâmina d´água sob o pneu.

E, quanto mais desgastado os pneus, menor o volume de água escoado a cada rotação do pneu. Sendo assim, ao perceber a presença de poças de água á sua frente, reduza a velocidade e mantenha, sempre, os pneus em bom estado, reduzindo assim, a deficiência de eliminação da água pelos sulcos do pneu.

Até o próximo Post.

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Mantenha os pneus com no mínimo 1,6mm de profundidade dos sulcos.
  • Reduza a velocidade antes de atravessar um trecho alagado.
  • Durante uma chuva olhe pelo retrovisor. O rastro dos pneus deve estar visível.

sábado, 6 de setembro de 2008

EM UM CARRO FLEX POSSO MISTURAR DOIS COMBUSTÍVEIS?


Conceitualmente, um carro dotado da tecnologia Bi-combustível permite o uso de 100% de gasolina, 100% de álcool ou a mistura dos dois combustíveis, em qualquer proporção. Não há qualquer restrição quanto ao combustível utilizado. Mesmo assim, muitos motoristas optam pelo uso de um único combustível.

Talvez esses motoristas ainda estejam tomados por uma “monocultura” onde um único combustível tem espaço no tanque. Lembre-se que o que motivou o desenvolvimento dos motores Flex foi garantir ao motorista o direito de escolher o combustível da maneira que mais lhe convém. Se por exemplo, o Álcool está no período da entressafra, e o preço não ajuda muito, opte pela Gasolina. Se por sua vez, a Gasolina está pela hora da morte, utilize o combustível “verde”. Esse é o raciocínio do carro Flex.

O fato de misturar combustível no tanque em nada prejudica o sistema de injeção. Apenas não ficam tão evidentes as características dos dois combustíveis, como o melhor desempenho no álcool ou a maior autonomia da Gasolina. Por outro lado, misturar os combustíveis pode trazer alguns benefícios, como por exemplo, adicionar Gasolina ao Álcool com o objetivo de facilitar a partida a frio.

O software instalado na Central de injeção é tão sofisticado que é capaz de “aprender” o combustível presente no tanque, mesmo em caso de mistura, ajustando os parâmetros de funcionamento do motor. Isso corre de forma tão rápida e precisa que a transição entre combustíveis se torna imperceptível.

Lembre-se, o que danifica o motor Flex, não é a mistura de combustíveis, mais sim, o uso Gasolina ou Álcool fora dos padrões de qualidade.

Até o Próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço
  • Adicionar um pouco de Álcool a Gasolina minimiza o acúmulo de resíduos no motor.

  • Utilize sempre combustíveis de procedência e qualidade comprovada.

  • Adicionar Gasolina ao Álcool facilita a partida a frio.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

É PRECISO ESPERAR A LUZ DA INJEÇÃO APAGAR PARA DAR A PARTIDA?


Ao girar a chave no contato da ignição, percebemos o acendimento de diversas luzes no painel de instrumentos. Cada uma dessas luzes ou leds é responsável por uma função específica no veículo. Essas luzes indicam um procedimento chamado de “Check”, que é a verificação do correto funcionamento dos sistemas do veículo.

Dentre todas as luzes de advertência uma das mais importantes é, sem dúvida, a luz espia da injeção eletrônica. Sempre que se gira a chave na ignição a luz espia acende, permanecendo acesa por cerca de um a dois segundos, que é o tempo da verificação do sistema, apagando em seguida. Durante esse tempo, a bomba de combustível é acionada de modo a pressurizar a linha de combustível e facilitar a partida.

Daí surge uma dúvida muito comum – “É preciso esperar a luz espia apagar para dar a partida no motor ?” Digo que não, pois o acendimento da luz espia no momento da partida apenas serve para indicar que está sendo realizada uma verificação do sistema de injeção, não impedindo a partida do motor, pois a checagem permanecerá sendo realizada mesmo após o funcionamento do carro. Caso haja um defeito elétrico no sistema de injeção a luz permanecerá acesa, indicando a falha ao motorista.

Portanto, não espere a luz apagar. Entre no carro, gire a chave na ignição, dê a partida e saia dirigindo. Simples assim !!

Até o próximo Post

Alexandre

Dicas AutoServiço



  • Não precisa esperar a luz espia da injeção apagar para dar a partida

  • Se o motor só funciona após a luz espia apagar é porque pode haver problemas com o regulador de pressão ou bomba de combustível.

  • Caso haja um defeito elétrico a luz permanecerá acesa, indicando a falha.